capítulo 24

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Dando, porém, num lugar de dois mares, encalharam ali o navio; e, fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa abria-se com a força das ondas.

De longe Jack observava que o outro navio também estava para se partir e os tripulantes desesperados, por Deus, ele não sabia como eles haviam suportado, mas somente de vê-los de longe mesmo que desesperados estava feliz.

Então, Gastón que estava próximo a Jack e a Gerard, declarou:

- Melhor matarmos estes prisioneiros, - falou olhando para Bela que tremia de frio e também de medo por todos os seus amigos naquele momento - eles não servirão para nada mesmo.

- Não vamos matar ninguém! - Jack disse cerrando os punhos enquanto olhava para Gastón - Eles são minha responsabilidade, você não precisa se preocupar com eles.

Gastón nada mais falou mas a raiva era nítida em seu olhar. Ele odiava aquele homem com todas as suas forças.

- Marujos? - Jack gritou - Todos aqueles que sabem nadar lançassem se ao mar e os demais se agarrem em tábuas e em outras coisas do navio.

Assim que Jack deu a ordem todos os tripulantes que sabiam nadar começaram a saltar do navio, os demais pegaram várias tábuas e demais coisas para conseguir boiar, quando avistaram os demais pulando do Navio, os marujos do outro navio fizeram o mesmo.

Josefina, Bruno, Marília, Edu, Luana, Otávio e Lourenço sabiam nadar, menos Anabela.

- Não se preocupe, - falou Lourenço segurando na mão dela - eu te ajudo.

- Certo. - ela disse e olhou para trás vendo Jack a olhando enquanto se preparava para pular do navio.

Em questão de segundos ambos pularam do navio. Logo nadaram até a praia e como Deus havia dito, todos chegaram sãos e salvos.

- Chefe? - chamou Guilherme ofegante.

- Que aconteceu, Guilherme? - perguntou o pai de Jack que estava em sua casa quando o homem chegou correndo.

- O Jack... - Guilherme respondeu enquanto puxava o ar - Ele chegou.

- Meu filho! - disse ele e saiu correndo as pressas até a praia.

Ao observar a situação do filho e dos demais tripulantes, logo ordenou que uma grande fogueira fosse feita e que as mulheres preparassem sopa e iguarias para todos.

Lourenço que possuía ainda alguma força começou a recolher galhos juntamente com o pai e Edu, enquanto Bruno cuidava das meninas para que ninguém as fizesse mal.

Quando Lourenço foi depositar as vides na fogueira uma víbora que estava entre os galhos picou lhe a mão.

Os homens da ilha olhavam atentamente para Lourenço naquele momento e sem saber quem eram declaravam:

- Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver.

Mas, Lourenço sacudindo a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal. Deixando até mesmo seus pais e os demais maravilhados e gratos pelo livramento que mais uma vez Deus havia o dado.

Os homens esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito de sorte que todos já estavam bem aquecidos pela fogueira e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando o parecer, diziam que era um deus.

- Pai? - chamou Jack que tremia de frio - Chame Públio para mim e peça que ele prepare a minha segunda casa para que os meus convidados lá se hospedem.

- E quem são eles? - perguntou seu pai desconfiado olhando para o pequeno grupo.

- Depois lhe explico tudo. - respondeu Jack cansado demais para aquela conversa.

Assim seu pai chamou o seu servo e ele os levou até a casa que Jack havia falado, levou também a comida e roupas secas.

- Vocês irão ficar aqui e Jack me pediu para dizer-lhes que não saíssem da casa até a sua ordem. - declarou Públio - Há dois guardas na porta.

- Obrigado, Públio. - falou Lourenço estendo lhe a mão.

- De nada! - respondeu Públio com um sorriso amigável apertando a mão do mesmo e saiu.

Logo todos se trocaram e se alimentaram sem mais aguentarem as mulheres dividiram as camas ali presente e os homens dormiram no chão.

Mais um capítulo pra vocês ☺️

Me contem o que estão achando?

Finalmente chegamos a Malta 🎉🥳

Que Deus abençoe vocês ❤️

A Ilha de Malta Onde histórias criam vida. Descubra agora