Jungkook's P.O.V
01:37
Wednesday, 18, March– Quem é você?
Não podia responder com sua mão pesada me sufocando. Poucas palavras engasgadas saem na tentativa inútil de me fazer sobreviver.
– Eu... Eu só... – Tento respirar, mas minha garganta queima com o ar que não passa. – Eu só quero ajudar...
– Mentira. – grunhe perto do meu rosto.
Não tento rebater. Só fecho os olhos, fazendo tentativas falhas de afastar sua mão do meu pescoço. Vou desmaiar se ele não me soltar...
– Por favor...
Silêcio. Então um grito encontra espaço para escapar de minha garganta quando minha cabeça parece ser lacerada.
É uma dor surgindo de dentro para fora, minha mente parece fritar. Entre a escuridão, cenas começam a surgir feito sonhos, carregando a sensação de que meu cérebro está expandindo.
Primeiro vem a lembrança de quando chegamos ao parque, tão rápido quanto um flash. Vejo tudo se repetindo, as pessoas, os murmúrios curiosos, a luta para escapar, os protestos.
A dor de uma laceração e então estou em casa. A porta acabou de fechar e gritos ecoam. Jongin está aqui, a expressão furiosa.
– Nunca mais se meta no meu trabalho! Pode ficar com seus rabiscos, mas nunca mais tente interferir no meu serviço, nunca mais grite comigo na frente dos meus funcionários! – Ele está gritando, empurrando meu ombro, seu dedo está apontando para mim.
– Eu não interferiria se seu serviço não violasse todos os direitos humanos possíveis! Aquele homem precisava de ajuda, e vocês o trataram feito uma aberração! – Me vem a cena de ter rebatido, mais furioso que ele. Tão furioso que quebrei minhas próprias regras e o respondi, os punhos fechados.
– Ele não era humano! E não é da sua conta o que faço ou deixo de fazer! Papai me deixou um trabalho, e vou cumpri-lo como achar melhor, e você vai ficar de boca fechada quanto a isso! – Chegou mais perto.
Eu não quero lembrar... Por que estou lembrando? Pare, por favor...
– Nunca mais, Jungkook. Nunca mais se meta. Fique com seus desenhos, não me importo mais. Contanto que você fique longe do meu caminho. Você não é cego, viu com o que estamos lidando. Aquela criatura podia ser um monstro, e vou lidar com isso como bem entender.
– O único monstro que estou vendo aqui é você.
Jongin ergueu a mão. Meu coração parou na hora e sei que para agora também, pronto para o que viria.
Mas aquela mão nunca chega. Volto ao escuro, e a dor lacerante me puxa para fora de minha mente. Quando abro os olhos, estou de volta à sala de contenção e o homem desconhecido ainda está aqui, me olhando com olhos negros, tão escuros e sombrios que a própria morte parece morar neles, as sombras em volta provando que não há qualquer luz ali. É um lago de pesadelos.
Me encara tão fortemente que me pergunto se pode ver através de mim. Se meus pesadelos estão expostos em meus olhos para ele roubar.
Já não tenho mais ar para ser roubado, e toda a minha energia se foi junto com a lembrança.
Ele me solta então. Tossindo, puxo ar com tanta força que machuca. Não tenho forças para ficar de pé, então sem o sustento, caio de joelhos no chão, e não me importo.
Meu rosto arde como se tivesse levado o tapa agora. Meus olhos também ardem, fora do meu controle, e as lágrimas queimam as bochechas. O sentimento de humilhação também queima meu rosto, e rapidamente seco as lágrimas com o punho.
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Love is a Sin
Fantasy"Não pode ser real. Não pode ser real, mas Jungkook está me dizendo que é. Ele está bem aqui. Está me abraçando, está dizendo que está aqui e que vai ficar tudo bem e que vamos conseguir e que é real. É real, é real, é real. Não pode ser real, porqu...