conheci essa poeta por acaso e ela me disse que nada na juventude tem que ser sagrado.
passei tanto tempo me prometendo agir com menos sentimento
que apavorei a parte inconsciente da minha mente
tentei fugir e me prendi aqui
almejando, desejando aquilo que jurei reprimir.
não vejo graça nenhuma em artes plásticas
mas adoro o cinema.
me inspirei em lendas mortas e fracassadas simplesmente porque
pensei que fosse divertido ser de fora.
não existe nada mais gostoso do que ser turista, estrangeiro nas milhares de vidas.
me apresento com nomes diferentes para cada pessoa que eu gosto
é refrescante não ter medo de ser enganada, porque estou desempenhando tempo demais
mentindo para as vozes graves que dizem "você até que é bonita".
eles gostam disso, e eu tolero aquilo,
eu não minto, eu atuo.