Capítulo 7

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Ao sair do meu alojamento, fui explorar a reserva que passaria a viver. Era uma cidadezinha localizada ao fundo de um bosque depois de um pântano. As casas eram todas de madeira. As ruas estavam cheias de pessoas e tavernas. Às vezes, podia-se encontrar uma festa, com música e dança. Havia muitas árvores e plantações que adornavam as calçadas, dando um sentido de tranquilidade e beleza ao local. Ítens artesanais e mercadorias locais podiam ser compradas nos comércios, e os restaurantes ofereciam refeições deliciosas.

Continuei a caminhar pela rua, e por momentos até parecia seguir um caminho sem rumo. Até que dois corpos resolveram andar ao meu lado.

-Fazendo uma excursão pela tribo, Adormecida?! - Perguntou Miles passando o braço em volta do meu pescoço

-Vocês tem um lugar bacana aqui! -admirei em volta

-Obrigado!- Desmond falou. -Sinto particulamente lisongedo, ja que metade dessas eu mesmo construí.

As casas que ele se referia eram realmente bem bonitas. Tetos quadrados e todas uniforme. Eles me mostram toda a vizinhança, escola, playgrounds...

-Todos aqui são lobisomens?

-Sim-Desmond respondeu com sorriso. - todos civilizados. Embora os filhotes tenham mais dificuldade em contolar os turnos.

Miles chega mais perto, inclinando a cabeça para vislumbrar meu rosto.

-Sente-se excluida? -ha uma pitada de sarcasmo no seu tom de voz.

-Não... é que eu...- aquilo me pegou desprevenida. -Eu so quero pertencer a um lugar pelo menos uma vez.

Minha voz cai e lágrimas querem sair da minha órbita ocular. Mas tento esconder o máximo que consigo.
Um pequeno sorriso surge no canto da boca de Desmond.

-Shhh-Ele sussurra -Não se preocupe, querida... Você pertence bem aqui, comigo.

Um frio na barriga percorre por dentro de mim. Des move sua mão até minha bochecha e acaricia a pele com seu polegar. Realmente ele se mostra uma pessoa atenciosa... E Provavelmente precisa de alguém que cuide dele tambem.

Caminhamos para o centro da vila e um chalé chama minha atenção.
Uma torre de madeira escura e pedra bruta, com vastas janelas de vidro

-Este é o lugar do Kristofer. -Comenta Desmond -Ele costumava fazer as reuniões ali, mas hoje não se tem muito uso

-Um desperdício -lamentou Miles -Mas uma vez acasalado, isso pode mudar.

-Acasalado?

-Tipo casado.

-Kristofer vai casar?

Minha pergunta fica sem resposta quando Miles aponta outro conjunto de edifícios.

-Ali esta o pub e do lado dele o campo de treinamento. Nada como uma briga no bar para melhorar o dia!

Ele caminha animado para dentro do pub e o cheiro de cerveja atinge o ar quando a porta é aberta.
O clima la dentro é um tanto hostil. A pouca iluminação que tinha era a partir de velas e tochas.
As dobradiças rangeram quando entramos, o piso era sujo de sangue e a musica alta doeram meus ouvidos.
Muitos homens conversavam e riam em voz alta, com garotas sentadas em seus colos. Algumas delas sem a parte de cima da roupa.
Não era um local que eu preze como agradável.

Desmond me ajuda a sentar e vai em direção ao barman. Logo volta com dois grandes copos de cerveja. Senta-se ao meu lado e bebe praticamente todo o conteúdo de uma vez.

-aconchegante... -Falei dando um gole na bebida.

Sinto um rubor subindo pelo meu rosto, sentindo a atenção dele em mim, mas o sorriso gentil dele faz sentir-me melhor.

-Eu costumava a ir em tavernas onde morava. Mas os pelegrinos não são nada comparados aos lobisomens. -dei um sorriso de canto.

Desmond olha, seus olhos encontrando os meus, e ele gentilmente coloca uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.
Posso sentir o calor de seu corpo quando ele se aproxima me pegando pela cintura.

-Sim... somos bastante únicos -O ouço rir

Ele pega na minha mão agora nossos dedos entrelaçados, não consigo desviar o olhar. Parece me hipnotizar.

O som da gritaria, rosnados, vidros quebrando, parecem ser abafados nesse momento. Uma áurea nos envolve fazendo me esquecer do resto do mundo.

Desmond se aproxima e sussura no meu ouvido com a voz rouca, fazendo os pelos do meu corpo saltar.

-Nunca quis tanto alguma coisa quanto quero você.

Esse foi o gatilho para eu perder o controle sobre mim. Puxei seu pescoço e o beijei.
Ele envolve seus braços em volta de mim, me segurando com força. Suas mãos percorrem suavemente as costas e ele me puxa ainda mais para perto.

Escuto-o ronronar e isso me faz sentir um tesão absurdo.
Ele me puxa para os fundos da taverna, onde tinha um bêco e pouca movimentação.
Nossos corações estão acelerados e respirações ficam curtas.

Ele beija meu pescoço, deixando um rastro pelo corpo, me fazendo estremecer.

Na entrada da rua sem saída que estavamos, escuto um par de figuras falando em voz baixa.
Olhei de relance e vejo Kristofer e Cassie, a herdeira, juntos.
Desmond acompanha meu olhar e fala:

-huh... Não parece um encontro muito romântico.

Meu corpo enrijece e minha mente corre em clara desaprovação. Por algum motivo me sinto desapontada de alguma forma.
Eles são a intenção um do outro, não é como se fosse necessariamente um namoro.

Quando os dois alfas percebem nossa presença, eles caminham até nós. Cassie abre um sorriso apertado e Kristofer franzi a testa.

-Estava justamente falando em você. -Kris direciona sua atenção a Desmond. -Fale com Miles para levar os caçadores para fora, precisamos de abastecimento.

-Sim, senhor! Alguma carne em específico? -falou Des sem me afastar de seu corpo

-É para a alcatéia, então a escolha é de vocês.

Desmond sorrir parecendo especialmente carnívoro quando olha para mim. Não pude deixar de notar que a mandíbula do alfa se aperta.
Olho para Cassie e a pego me olhando com intensidade repulsiva.

-Leve a humana para seus aposentos. -disse Kristofer dando meia volta.

-É melhor irmos, Em! -Des segura minha mão e me leva de volta ao meu quarto.

O caminho todo estava me perguntando o motivo daquele olhar de Cassie.

Mas tive uma sensação de que iria descobrir em breve.

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