Capítulo dezenove

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— Eu-eu não posso. Estamos indo rápido demais — sussurrei e desviei os olhos, constrangida.
Ele suspirou, tirando a mão de baixo de minha camisola, e segurou meu queixo entre o indicador e o polegar.
— Não faça isso — ele declarou com firmeza.
— O quê?
Não se sinta mal por querer parar. Nunca se sinta mal por isso. Eu vou te ter no momento em que você estiver se contorcendo de desejo, suplicando para eu te comer. Nunca se sinta mal por querer parar. Quando você se entregar a mim, vai estar tão molhada que não conseguir se segurar
— quando eu me entregar a você ?— perguntei um pouco irritada por ele achar que eu não conseguiria resistir a ele, mas eu estava tão excitada que não consigo sentir outra coisa
— quando você se entregar a mim— Tom diz com certeza em sua voz

Respiro fundo

— voce é confiante, eu poderia muito bem não te querer

Ele nem ligou, apenas passou a mão na minha coxa em direção ao joelho e ficou fazendo círculos naquele lugar

isso vai acontecer. Nos dois sabemos que é verdade e estou contados os dias até entrar em você e te fazer gozar... repetidas vezes - ele passou a língua nos lábios- estou contando os minutos

Ele respira profundamente e solta um suspiro um pouco triste

- eu não deveria ter te pressionado- ele olha nos meus olhos- você não está pronta
- Você não me pressionou... é que... que... eu não tenho muita experiência... e eu...

Ele arregalou os olhos e se afastou um pouco

- merda, você é virgem?

Arrumei a camisola e me ajoelhei na cama. Seus olhos surpresos não deixaram os meus em momento algum

- não, eu não sou virgem. Só que não tenho muita prática. Só dormi com uma pessoa ano passado- falei tão rápido que não deu tempo nem de respirar.

Ele fez uma cara de possessivo

- quando isso aconteceu ?
- Quando eu estava em Londres... Oliver e eu..
- Oliver?- ele perguntou frio, sua voz era dura
- Sim, Oliver Bartholomew - digo como se fosse óbvio

Ele segurou um sorriso

- que foi?
- Oliver Bartholomew é... muito britânico
- ELE É BRITÂNICO! IGUAL A MIM E A VOCÊ ! PARE DE ZOAR- falo alto, sem chegar a gritar

Cruzo as pernas e os braços, fechando a cara e fazendo um bico. Ele me puxou de volta para olhar para ele, não conseguindo esconder que estava achando graça

- ok, ok! Me desculpa - descruzei os braços pegando na sua mão - esse Oliver era seu namorado ?
- Era... ou pelo menos acho que era...
- Acha?
- É! Ficamos meses sem se ver... eu não sou muito de conversar, nem ele, então não rolou. Tentamos segurar o máximo possível, até porque ele era legal e bonito, mas faltava algo. O sexo não foi grande coisa

Ele recuou assustado

- você não gostou do sexo?
- Não, foi estranho, atrapalhado e nada excitante

Tom passou seus dedos delicados sobre a pele da minha coxa vendo ela se arrepiar

- Oliver não fez as coisas direito - ele disse rouco

Uma onda de arrepiou se espalhou no meu corpo todo. Tom percebeu e deu um sorrisinho safado

Imagino que com você, Shakespeare, vai ser diferente de qualquer outra coisa. Nunca desejei tanto algo em toda a minha vida... sentir seu gosto, sentir você... te ouvir gritar meu nome.
— Tom... — Eu me mexi para abrir espaço entre nós dois antes que as coisas fossem longe demais.
Ele segurou meu braço.
Eu vou parar, mas não vou esconder o fato de que desejo muito isso, Shakespeare. Desejo pra caralho.

Resmunguei, fazendo drama e colocando o travesseiro sobre a cabeça, ouvindo a risada de Romeo ao meu lado. Ele puxou o travesseiro para  baixo expondo meus olhos, levantando a sobrancelha como se questionasse meu comportamento estranho.
— Temos que encontrar alguma coisa para fazer, Holland. Eu preciso muito de uma distração neste momento.

Ele abriu um grande sorriso, mostrando seus dentes brancos
— Você roubou o que eu ia dizer, Shakespeare. Não era eu que devia falar isso para você?

Ele da uma risada tão gostosa

— Provavelmente, mas estou prestes a pular em cima de você e preferiria não fazer isso esta noite, se puder ser evitado. Queria muito não passar de quase virgem a vadia depois de uma noite em sua companhia!

Ele se deitou na cama encostado na cabeceira enquanto ria. Me juntei a ele, sentindo sua mão agarrar a minha

— O que devemos fazer então, quase virgem, para que você não pule em cima de mim? Embora seja tentador para mim simplesmente deixar você fazer o que quiser.
Dei um tapa de brincadeira no peito dele.
— Tenho uma sugestão perfeita, se você topar.

Tom deu um tapinha em minha bunda quando saltei da cama. Sacudi a cabeça negativamente colocando no Prime Vídeo. Voltando para o colchão dei um beijo comportado em Tom

Ele me cutucou enquanto via o filme começar

- after? O que é isso?
- Um filme
- Sério ?- ele diz ironicamente. Mostro a sinopse para ele
- Se não posso ficar dentro de você agora, acho que o Hardin é uma boa opção

Não era uma boa opção. Assim que ele falou senti o desejo primitivo

- cer-certo.. - ele caiu na gargalhada quando gaguejei

Levantei da cama e arrumei minha camisola

- não saia daí Holland! Vou pegar algo para a gente comer

Tessa tinha acabado de descobrir o segredo de Hardin, lágrimas escorriam pelo meu rosto

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Tessa tinha acabado de descobrir o segredo de Hardin, lágrimas escorriam pelo meu rosto.
Tom riu da minha desgraça comendo toda a minha pipoca, quando fui tirar o pote de sua mão não restava mais nada
- voce é atleta ! Não pode ficar comendo tanta porcaria e carboidrato ! Você comeu tudo seu guloso !

Ele mexeu os braços flexionando os músculos

- eu sou uma máquina Shakespeare, pipoca não é páreo para mim- disse sorrindo. Tom tinha acabado de comer a minha e a pipoca dele, sem contar que tinha comido metade da minha barra de chocolate e a dele inteira

- desculpa- levantei às mãos em formato de redenção- esqueci que estou falando com o HOLLAND O MELHOR QUARTERBACK DE TODA A HISTÓRIA UNIVERSITARIAAA

Tom levantou os braços, agarrou meus pulsos e ameaçou
- não faça isso - disse frio

Não parei, achando que ele estava brincando

- Los Angelesssss !!! A TORCIDA VIBRA JUNTO COM ELE ! VAI HOLLAND!! TODOS DE PÉ PARA RECEBER NOSSO QUARTERBACK FAVORITOOO ! CORRE HOLLANDD, VAII NÚMERO SEEETEEE - imitei o narrador

Tom não gostei nem um pouco me empurrando, cai sobre seu torço quase batendo o nariz

- para com isso Shakespeare, porra !

Franzi as sobrancelhas e me sentei

- só estava brincando. Não precisa ficar bravo comigo
— Eu sei, desculpe, mas odeio toda essa merda. Você não sabe o quanto. Não quero ser o Holland quarterback para você. Você é a primeira pessoa que não se deixa afetar pela minha fama no futebol. — Ele olhou mais uma vez para mim, segurando meu rosto entre as mãos. — Para você... quero ser apenas o Tom


Notas da autora:
É galera... o Tom finalmente mostrou um pouco do seu lado safado para a gnt 🤡
Desculpem os erros, n se esqueçam de votar e comentar ! Caprichei nesse capítulo

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