Capítulo doze

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- guarde esse tipo de conversa quando pegar Lexi de novo.- digo com desgosto
- Eu já te disse que não encostei nela, porra - Tom fala bravo 
- Não é isso que ela anda dizendo
- Não estou nem aí pro que ela anda dizendo. Achei que você fosse diferente, sn. Por que ficar insistindo em falar sobre Lexi ou futebol depois que te falei sobre as coisas que ando vivenciando ?- ele parecia realmente decepcionado comigo

Culpa e dúvida me invadiram. Tom me olhava como se fosse me rasgar em duas com suas próprias mãos, que me mantinham encurraladas com seu grande corpo. Tentei desviar, mas ele segurou meu braço

- aonde pensa que está indo?

Suspirei calmamente

- estou indo embora. Cansei disso... cansei de nós e do que quer que tenha acontecido aqui

Tentei passar por ele novamente e ele gritou, sua voz rouca preencheu o lugar

- você está me enlouquecendo, Shakespeare- ele envolveu minha boca, me puxando para frente e me envolvendo em seus lábios

Ele não foi gentil, cuidadoso ou atencioso. Ele estava pegando oque queria, sem pensar em mim. E eu não queria que ele parasse, amei ele ter assumido completamente o controle e dominado meu corpo

Meus livros automaticamente caíram no chão, minhas mãos só eram capazes de agarrar sua blusa e esperar pelo oque viria

Com um longo suspiro, ele me apertou mais contra a parede, batendo minhas costas contra o cimento duro, deixamos-me sentir sua excitação na minha barriga. Sua língua lutava contra a minha, ele extraiu todo o meu desejo latente com cada movimento.

Após soltar um gemido baixinho, ele se afastou de mim, seus lábios inchados  brilhavam

- cacete, s/n, porque não consigo te tirar da minha  cabeça ? Eu só penso em você, e sinceramente não sei oque fazer
- É verdade?- pergunto baixinho achando que ele provavelmente não teria escutado

Seus olhos fogosos se fixaram aos meus

- todos os minutos. De. Todos. Os dias

Ele me abriu espaço para sair dali. Eu precisava sair dali. Por mais que meu corpo não queria, minha mente necessitava. Abaixo para recolher meus livros.

Assim que levanto Tom estava me olhando com as pupilas dilatadas, ele passou a língua lentamente pelos lábios. Eu simplesmente o desejei mais que tudo naquele lugar

- não sei oque fazer em relação a você. Está me deixando agitado, e não gosto disso. Nunca fiquei assim por nenhuma garota - ele ajeitou o boné - mas não acho que você seja uma garota qualquer. Pensei nisso no primeiro minuto que te vi toda atrapalhada no corredor, no primeiro dia de aula. Minha nossa, não conseguia sentir o gosto de nada, além de você, desde que nos beijamos naquela maldita iniciação - seus olhos suplicavam por mim, eles quase me fizeram gemer de desejo

Fiz oque sabia fazer de melhor

Sai correndo

- eu... eu preciso ir para a biblioteca- gaguejei de nervosismo, corri para a saída. Eu estava tão irritada, confusa, zangada, mas extremamente excitada. Fiquei preocupada por ter gostado de deixá-lo no controle. De tudo o que havia acontecido, aquilo era o que mais me preocupava

Assim que abrir a porta para sair da universidade, decido olhar para trás

Grande erro

Tom estava no canto do corredor, encostado, me observando, com os braços musculosos cruzado

Sua voz grossa chegou até meus ouvido

- isto está longe de chegar ao fim, Shakespeare... bem longe -

Entrei em pânico, e novamente uma onda de desejo de formou dentro de mim, resolvi largar a biblioteca e ir para casa

Ele não tinha dormido com Shelly. Ele só pensava em mim, não pude conter uma onda de felicidade no meu coração.
Que eu não sentia a muito tempo

Que eu não sentia a muito tempo

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Uma semana depois

Eu já estava deitada na cama havia quatro horas, nesse longo tempo eu não conseguia dormir, apenas observava as sombras das árvores através da minha janela. Já era a quarta noite que acontecia isso. Motivo: Tom "canhão" Holland

Eu estava com insônia, meio frustrada, e tão confusa, que simplesmente não conseguia dormir.

Ele ficou a semana inteira com o time, deixando-me sem saber em que pé estávamos. Não ajudou nada quando eu vi os garotos do time todos agarrados com algumas meninas, em um bar, por uma  foto do Instagram. Passei mal só de pensar que Tom poderia estar fazendo a mesma coisa

Desisto de tentar dormir, eu não conseguia racionar, nada passava na minha cabeça além dele.

Que droga...

Jogo o cobertor para o lado e vou ao banheiro, entrando debaixo do chuveiro, apenas deixando a água quente cair sobre minhas costas. Mudo a temperatura para gelada, logo acordo de verdade.

Encostei as costas na parede gelada, arrepio pelo toque. Eu não saberia o que faria quando o visse de novo. April disse que o time voltaria hoje, resolvi me esconder em um lugar que nenhum atleta entraria

Biblioteca

Em alguns minutos, me vesti, peguei meus livros e celular. Atravesso o grande gramado do pátio, aproveitando da luz de início de manhã. Sete horas era o momento perfeito para caminhar pela passagem cheia de árvores; era um lugar isolado que me deu a oportunidade de pensar, relaxar e recarregar as energias

Quando estava na metade do caminho, um som de discussão chamou minha atenção. De início, só vi uma Discovery preta estacionada e um homem mais velho e alto parado na frente do carro.

Ele estava de frente para Tom, gritando raivosamente com ele.

Apenas observe atrás da grande árvore, a discussão, protegida no meu esconderijo. Dava para ver que Tom estava bravo, seus punhos estavam cerrados. O homem mais velho usava um terno escuro e balançava os braços com agitação, bem na cara de Tom, enquanto gritava uma série de palavrões horríveis. Ele deu um passo mais à frente, levantou a mão, e eu testemunhei Tom levar um belo soco na cara. A força do golpe, fez sua cabeça de inclinar para trás

Ele não revidou, apenas permaneceu parado, aguentando a forte pancada

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