Capítulo vinte e um

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O vento batia levemente em meu rosto fazendo cócegas no meu nariz, a mão de Tom estava firma em minha cintura. Ambos observando as estrelas, uma coberta me cobria do frio, um pequeno calor exalava de seu corpo me aquecendo um pouco mais.

Já havia se passando alguns dias des da primeira vez que Tom dormiu aqui, ele sempre inventava uma desculpa para dormir no meu quarto novamente... eu gostava disso

— o que significa a tatuagem em suas costelas— digo quebrando o silêncio, me lembrando de todos os detalhes que já vi em seu corpo

— "A maior conquista não é nunca fracassar, mas se levantar sempre que cair." É do Vince Lombardi."— sua voz soou calma e rouca.

Me identifiquei com a pequena frase, como se tivesse relação direta com a minha vida. Fechei os olhos e vi as palavras girarem na minha cabeça, se passando por cada momento que cai, mas consegui me levantar

- é lindo... Esse filósofo Vince Lombardi deve ser muito bom, por que nunca ouvi falar dele?

A risada dele preencheu o local

— o que foi dessa vez ?
— ele foi um técnico de futebol americano. Um técnico muito famoso
— ahh... eu preciso aprender mais sobre esse futebol

Ele apertou mais minha cintura

— prefiro que não. Gosto de você assim, sem se impressionar com as coisas sobre o futebol, quero que continuei assim
— voce não quer mesmo que eu te chame de rei do futebol americano ?
— não
— ok
— vamos para dentro Shakespeare, está tarde e frio
— só mais uma pergunta
— você está abusando da minha boa vontade

Me lembro das outras tatuagens em seu corpo, um pequeno calor surge no meio das minhas pernas

— porque um dia?— sussurro

Ele ficou tenso. Passei o dedo sobre sua mão e ele relaxou, dando um beijo no alto da minha cabeça.

Um dia eu vou sair deste lugar. Um dia eu vou ser eu mesmo. Um dia... eu vou fazer o que eu quero — ele disse tão baixo que tive de me esforçar para ouvir.

Meus olhos se encheram de lágrimas com aquela resposta de partir o coração.

— Sempre foi tão ruim assim para você?
— Já são duas perguntas, Shakespeare. Concordei com uma só. Agora, vamos apenas entrar.

Desisti, me levantando junto com Tom, enquanto íamos em direção ao quarto.

Após nos deitarmos me permito acomodar-me em seus braços musculosos. Depois de cinco minutos decido declarar algo

— Tom? Não quero que todos saibam do nosso relacionamento. Quero manter segredo

Seus braços se afrouxaram em minha volta

— entendo... você  tem vergonha de ficar comigo. Sou o quarterback agressivo e mulherengo. Não sou para namorar, só servo para algumas transas em segredo

— não estou com vergonha! Estou apenas... nervosa

— nervosa com o que — Tom me puxou para mais perto dele, roçando levemente minha bunda em sua virilha

— bom... eu não sou o tipo de garota que você costuma ficar. As outras são todas bonitas, estilosas e com a visão perfeita — me viro para ele antes que acontecesse algo que não deveria acontecer agora

Ao observar seus olhos, percebi um divertimento neles— por favor, podemos pelo menos esperar um pouco até toda a universidade ficar sabendo? Só preciso de um tempo para me habituar

— Quero mostrar para todo mundo que estou com você. Não irei ficar me escondendo e estou pouco me fudendo para os outros. Eu quero você, só você. Eu quero mais do que meu passado! Você não entende ?

— por favor. Você é o Tom holland... eu preciso de um tempo. Sua reputação me assusta um pouco

— cacete sn

— por favor

— por você, por você eu irei fazer isso. Mas continuo  não gostando nada disso

Tom me vira novamente, colando minhas costas em seu peito, sua mão vai em direção da minha cintura, me puxando para mais perto, até nossos corpos estarem colados o suficiente para eu sentir cada detalhe dele.

Eu apenas deixo ele me proteger dos monstros que ainda vivem debaixo da minha cama

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