Capítulo quatorze

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- ou, não é só porque sou atleta que sou burro - Tom soltou nossas mãos e logo em seguida envolveu meus ombros em seus braços- para seu governo, senhora Shakespeare, estou indo bem nessa matéria, se quiser posso te ensinar uma coisinha ou outra
- Por exemplo, Immanuel Kant era um pedante e imutável só no enfado

Abri um grande sorriso e gargalhei continuando a canção

- Heidegger, Heidegger, mamava steinhäger e refletia embriagado- ele começou a andar de um lado para o outro como se estivesse dando aula
- Aristóteles, Aristóteles, o mais bebum de todos eles, e Hobbes amava um trago- ele se abaixou em uma reverência brincalhona e indicou que eu continuasse
- E rené Descartes, dos bêbados um estandarte. Bebo, logo existo

Eu me sentia tão livre e solta, Tom com um sorriso lindo no rosto, levantou a mão para me cumprimentar. Toquei na mão dele com um pulinho

- então você é fã de Monty Python?- perguntei empolgada
- Bem, não dá pra estudar filosofia sem conhecer a canção dos filósofos
- Concordo, mas nunca imaginei que você gostasse de comédia britânica

Ele riu

- é Python, simples assim. Fala a verdade, eu já te surpreendi com meus conhecimentos sobre filosofia. Tenho certeza que posso te surpreender de novo
- Tanto faz. Você tem vinte e um anos. Eu ainda tenho vinte e já estou no mestrado. Duvido que tenha algo que possa me ensinar. Essa é a minha área de especialização

Em questão de segundos, Tom havia me jogado contra seu peito e pegado minha orelha entre o dentes

- talvez não em filosofia, mas com certeza posso te ensinar outras coisas, sn... da minha área de especialização
- E o que é?- sussurrei sem fôlego

Ele pressionou seus lábios persistentes sobre a pulsação do meu pescoço

- coisas muito mais... prazeirosas do que trabalho

Paralisei, ele continuou andando, fazendo eu voltar caminhar

- vamos, supercerebro, vamos pesquisar e dar uma arejada nessa sua mente suja

Tom ficou comigo na biblioteca durante horas, me ajudando a pesquisar, anotar para o trabalho

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Tom ficou comigo na biblioteca durante horas, me ajudando a pesquisar, anotar para o trabalho. Pareceu estar bem nessa matéria.

A companhia dele me acalmou, descobri que gostava daquilo. Porém, isso significa que eu voltaria a pensar constantemente nele

Tive que voltar a biblioteca no dia seguinte. Fui a sala da professora, e tranquei a porta. Quando virei encontrei Tom com as pernas sobre a mesa, os braços atrás da cabeça, e um sorrisinho no rosto

- já passou da hora Shakespeare. Deu tempo de escrever uma tese enquanto eu te esperava
- O que está fazendo aqui?- perguntei com um sorriso no rosto

Ele estava com os lábios menos inchados, seus dedos estavam todos enfaixados. Tom tirou as pernas da mesa e se levantou

- estou aqui para dar a assistência a assistente. Me coloque para trabalhar, sou todo seu

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