O remédio em mãos erradas pode virá veneno
Nádia Davenport
Cruzo os braços e me encosto no batente da porta, daqui dá para escutar o Carlos batendo na porta da frente. De repente a porta na qual estou é aberta e um homem alto, magro e assustado para na minha frente e a cor do seu rosto some lentamente e me divirto com isso.
Abro um sorriso vendo o quão assustado ele está.
- Oi, Brian - Cumprimento o cara que me fodeu várias vezes, era até bom. Mas, traição é traição. E ele traiu a Camorra e merece morrer.
- Nádia - Meu nome em sua boca saiu com tremor. Ele está com medo e gosto disso.
- Gosta de crianças, Brian? - Pergunto, descruzo meus braços e deixo que ele aviste a tatuagem em meu braço. E é o que faz, seu olhar percorre o desenho e engole em seco.
- Não sou do tipo paternal - Deu um passo para trás, dei um para a frente.
- Imaginei que não - Ele correu para tentar sair pela porta da frente e deu de cara com Carlos.
Carlos abriu um sorriso e até mesmo fingiu ser alguém que não era.
- Desculpa, eu estava por perto e meu carro quebrou. Poderia usar seu telefone? - Carlos perguntou com uma expressão inocente. Isso me lembrou de um "bom moço", uma coisa que sei que ele está longe de ser.
- Não é uma boa hora cara - Comecei a caminhar em sua direção.
- É rápido, preciso avisar que estou bem - Quase achei graça da cara que fez.
- Como eu disse, não é uma boa hora.
- Ah, qual é?! Não vai deixar o Rossi entrar? - Perguntei. Brian de branco, ficou mais branco ainda.
- Rossi? - Carlos só precisou erguer as mangas. Brian deu um passo para trás, me aproximei e falei baixinho em seu ouvido.
- Bu!
Ele se atrapalhou ao tentar pegar sua arma e ela caiu no chão fazendo um barulho um pouco alto.
- Dá para imaginar que esse é o homem por trás de milhares de tráficos? - Pergunto enquanto pego minha adaga.
- Pior que sim, é muito fácil ficar atrás da cortina e mandar alguns homens de verdade fazer o serviço - Carlos comentou ao se sentar na poltrona e colocar uma perna acima da outra.
- Estou intrigada, na verdade, quem começou com isso tudo? Meu pai? - Pergunto, já que ninguém sabe que não sou filha do Romero.
- Você não foi a primeira Nádia, e essas crianças não serão as últimas - É, parece que sabe.
- Está confessando para mim que há um plano? - Sorrio, adorando vê-lo nervoso.
- Sempre houve. Romero tentou pegar várias crianças ao nascerem, principalmente de homens que ele considerava inimigo. As Cassanis, a Rivera, a Connelly. Há, seria um bom dinheiro pela Luna Connelly. Branquinha, de olhos claros e cabelo castanho. As pessoas sempre dão mais por crianças assim.
Uma ânsia me sobe e sinto vontade de vomitar. A Luna! Ele queria sequestrar a herdeira da Famíglia e isso seria mais que traição. Ele não seria só morto, mais como esquartejado pelo Logan.
- Quem continuou o plano depois do Romero? - Carlos perguntou.
- Ganha um doce se adivinhar - Brian brincou. Peguei em seu queixo com a ponta da faca e ele engoliu em seco.
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Dois lados opostos - spinoff de um grupo em Nova York
Любовные романыNádia cometeu um erro e teria que pagar por isso. Condenada a trabalhar para a Camorra por um ano e sem ter acesso a suas contas bancarias vai ter que cumprir ordens de alguém que ela não gosta. Ela não é uma boa pessoa e não deseja ser. Ela é como...