Dezessete

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Carlos Rossi

As fotos ainda rondam minha cabeça, Nádia sorri como se soubesse todos os meus pensamentos. Ela realmente transou com Eric, e Sirena vai usar isso contra a Cosa Nostra, não queria está com raiva sobre isso. Mas estou. Maldita Nádia!

— O que foi amor? Tá tão quietinho — Nádia diz ao fazer biquinho e passar a mão em meu rosto. Não falo uma palavra enquanto fecho minha mala, comecei a arrumar para a viagem até Los Angeles, vou seguir direto para lá, o restante da equipe vai seguir para Nova York.

— Não gostou do que viu? — Seguro seus pulsos quando tenta tocar novamente em mim, a empurro devagar até que fique encostada na parede.

— Te disse que nenhum homem poderia encostar em você — Falei, agora próximo dela sinto o seu perfume.

— Teoricamente ele não encostou em mim, e isso chega até a ser deprimente para a pobre Anelise. Deixar que a mulher faça todo o trabalho? — Ela estalou a língua — Como eu disse, deprimente.

— Você é meu carma, senhorita Davenport — Saiu como um sussurro, e não tinha como não, estou embriagado pelo seu perfume.

— Gosto de como isso soa — Disse no meu ouvido.

— Sei que você gosta, você é uma cobra.

— Quer saber de mais uma coisa? — Perguntou no meu ouvido. A encarei nos olhos.

— Eu não senti nada com ele, e foi apenas um trabalho, e nem tenho o porquê de me explicar para você — Sorri cheio de marra. Suas mãos passearam pelo meu abdômen.

— Diga que só eu te dou prazer e sou todo seu — Declaro. Nádia abre a boca um pouco surpresa.

— Não faz nem uma semana que você disse outra coisa! — Ela tem um ponto. Mas, eu passei anos esperando por ela, posso esperar um pouco mais. Estou arriscando muita coisa aqui. Ela pode nunca mais querer algo comigo e com razão, mas, vou arriscar.

— Isso foi antes, hoje a água do rio já não é a mesma — Seu olhar de desejo e irritação me diz que a deixei com tesão e com raiva. Ótimo, ótimas combinações.

— Sou seu Nádia, basta você pedir — Sei que ela não vai, não agora, mas vai. Ela levanta o queixo orgulhosa e se vira, deixando que seu cabelo bata em meu rosto.

— Vamos ver quem vai pedir a quem primeiro. Péssimas escolhas, Carlos, vou fazer você comer na minha mão — Já faço isso cobra, pense em algo melhor.

Ela saiu do meu quarto, e observei sua bunda. Isso vai ser difícil.

N&C

Estou em Nova York, contra minha vontade. Achei que fosse direto para Los Angeles, mas mais uma vez Sirena tinha outros planos. Bebo um pouco da minha água quando vejo uma criatura pequena correndo (tá mais para cambaleando) pelo jardim. Ária cai no gramado e chora, seu irmão pega em seu ombro e ela se cala, como se só a presença dele fosse suficiente. Virgínia a levantou e não demorou muito para cair novamente.

— Bom dia, tio Carlos — A cópia exata da Charlotte sentou ao meu lado, Luna é uma graça, o cabelo castanho, os olhos meigos, mais com um certo poder igual aos da Charlotte.

— Bom dia, Luna, está cada dia mais bonita — Ela sorriu ao pegar um copo de suco.

— Obrigada — Falou educadamente. Ela se daria bem com Aurora. Ana se sentou ao meu lado na mesa no jardim, seu cabelo solto e com os cachos definidos, o cabelo dela está maior do que da última vez que a vi. Ela me encarou e deu um sorrisinho de lado.

Dois lados opostos - spinoff de um grupo em Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora