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𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗹𝗼

Senti algo vibrando embaixo do meu travesseiro e isso me fez acordar meio atordoado. Abri meus olhos e percebi que Bárbara estava dormindo de costas para mim, com seu corpo colado ao meu, meu braço em sua cintura e nossas pernas entrelaçadas.

Com a minha mão livre, peguei meu celular embaixo do travesseiro.

Era a minha mãe ligando, com certeza ela queria saber como eu estava depois da briga de ontem.

Apertei em ignorar e coloquei meu celular novamente embaixo do travesseiro.

O cabelo de Bárbara estava próximo do meu nariz e tinha um cheiro gostoso de morango. A garota estava dormindo tranquilamente. Nem parece que não gosta de mim.

Eu continuei deitado, eu não queria acorda-la.

Ainda não entendi o motivo de ela ter me ajudado, ninguém nunca me ajudou com essa situação em específico antes. Me senti um pouco acolhido, é estranho...

Bárbara começou a se mexer, depois se virou para mim com os olhos abertos.

——— Oi. ——— sorriu de lado. ——— Que horas são? ——— ela perguntou.

Olhei no relógio que tinha na parede do quarto.

——— Onze e meia. ——— voltei a olhar para ela e a garota desviou o olhar, em seguida se sentou na cama.

——— Tenho que ir. ——— ela me olhou e colocou uma mecha do seu cabelo para trás da orelha.

——— Tem? ——— perguntei e toquei a sua bochecha. ——— Sabe, meus machucados estão doendo, talvez eu precise de alguém pra ficar de olho em mim...

Bárbara estreita os olhos e passa a língua pelos lábios. Usei golpe baixo, claro.

——— Tudo bem. ——— ela se levanta e caminha até a escrivaninha do meu amigo Arthur. ——— Olha, eu espero que ele não ache ruim, mas é que esse garoto tem uma farmácia embutida aqui.

Ela fuçou por alguns segundos em uma gaveta e depois veio até mim, com o mesmo remédio de ontem e uma pomada na outra mão.

Bárbara me entregou o comprimido e eu peguei a garrafa de água de ontem em cima da escrivaninha e tomei o remédio.

——— Senta para eu poder passar pomada nas suas costas. ——— ela pediu e assim eu fiz.

A morena se sentou atrás de mim e eu logo senti o gelado da pomada. Bárbara começou a espalhar pelos meus machucados e estava doendo. Um tempinho deles ela se levantou novamente e guardou a pomada onde tinha pegado.

Ela se abaixou e pegou algo nas mãos, depois consegui perceber que era o saquinho de cocaína.

——— Me dá. ——— tento pegar mas ela não deixa. ——— Bárbara...

——— Isso aqui não vai te ajudar com nada, só vai fazer você ficar mais na merda ainda. Não vou dar coisa nenhuma! ——— ela falou de uma forma brava e entrou no banheiro, segundos depois ouvi o barulho da descarga.

Ela não deu descarga, né?

Me levantei e fui até ela.

——— Você deu descarga na minha cocaína?

——— Sim. ——— Bárbara deu de ombros e sorriu de lado.

——— Eu gastei dinheiro com aquilo, tá? Você é muito enxerida, eu não mandei você dar descarga!

𝗝𝗨𝗦𝗧 𝗠𝗜𝗡𝗘 Onde histórias criam vida. Descubra agora