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𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼

Bárbara leva uma colherada de sorvete até a boca e olha ao redor, parecendo pensar em algo.

——— Não sei se é impressão minha, mas parece que as pessoas estão evitando falar comigo, como se eu não existisse. Bom, as pessoas não, os homens! ——— ela fala e olha pra mim. ——— Meus colegas de turmas nem estão se sentando ao meu lado.

——— Deve ser impressão sua. ——— dou de ombros e mordo um sorriso.

Bárbara franze o cenho e deixa o sorvete na mesa, apoiando os cotovelos na mesa e cruzando os dedos.

——— Por que isso está me cheirando coisa sua? ——— ela pergunta. ——— Você fez alguma coisa, Victor?

——— Não. ——— falei e ela relaxou os ombros, voltando a pegar seu sorvete e levando uma colher até a boca. ——— Só deixei um aviso no vestiário masculino que se alguém chegasse perto de você eu iria cortar o pau fora.

——— Você o que? ——— ela perguntou exaltada e abriu a boca, parecendo surpresa com aquilo. ——— Você tem problema, sério mesmo. ——— Bárbara aponta a colher na minha direção. ——— Precisa procurar um psiquiatra urgentemente!

——— Não exagera, Bee. Eu estou sendo cuidadoso com você, deveria me agradecer por ter tal preocupação.

——— Agradecer você? Senhor. ——— ela bufa. ——— Isso não é preocupação, é o seu ciúme doentio!

——— Ciúme? Não tenho ciúme. ——— fui irônico.

——— Ah, imagina se tivesse então. Coitada de mim! ——— pego a colher da sua mão e levo um pouco de sorvete até a minha boca, depois entrego a colher para ela novamente. ——— Você foi assim com todas?

——— Como assim? ——— pergunto.

——— Todo esse ciúme, obsessão e possessividade.

——— Não. Claro que sempre gostei de exclusividade, mas não durava nem três dias. Com você é diferente, é automático minha loucura por você. ——— falo.

——— Por que? ——— ela pergunta.

——— Sinceramente eu não sei. Senti algo na primeira vez que te vi, algo que eu nunca tinha sentido antes. ——— confesso. ——— Eu só não sei o que é esse sentimento.

——— Eu entendo...——— ela fala e desvia o olhar. ——— Gosto de você mais do que eu deveria gostar. Eu sei que não deveria, você não é saudável para mim e ainda vai me machucar muito. Mas eu não consigo mais me afastar.

——— Nem se você quisesse se afastar, não poderia, eu não deixaria! ——— lembro ela e Bárbara confirma com a cabeça.

——— É...eu sei. ——— ela respira fundo.

Seguro seu queixo de leve e faço ela voltar a olhar para mim.

——— Eu estou tentando, por você. Não quero te machucar mais.

——— Sei que está tentando.

——— Que bom.

Selo nossos lábios em um beijo calmo. Sua mão larga o pote de sorvete e segura minha nuca, aprofundando o beijo.

——— Parem com essa trocação de saliva porque vou comer minha rosquinha. ——— escuto a voz da Carolina e separo meus lábios dos de Bee.

——— Para de ser chata, loirinha azeda. ——— implico Carol e ela revira os olhos.

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