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                         𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿 𝗔𝘂𝗴𝘂𝘀𝘁𝗼

Bárbara não falava comigo a dois dias, não literalmente, porque ela falava algumas coisas básicas, mas apenas isso.

Eu não queria ter dado aquele tapa nela, mas quando ela me bateu, foi meio que automático eu bater nela também. Agora estou me sentindo péssimo, só de vê-la machucada, machucado por mim, está acabando comigo.

No momento estamos sentados na sala. Bárbara está com a cabeça apoiada no encosto do sofá e com os olhos fixos no desenho animado que passa na TV.

Sua mãe entrou na sala e deixou um beijo na bochecha dela.

——— Estou indo para o trabalho filha, vejo vocês mais tarde. ——— ela acena pra mim e eu abro um sorriso de lado.

O telefone de Bárbara tocou e ela atendeu, sorrindo conforme o que a outra pessoa do outro lado da linha falava.

——— Ah, Claro. Será muito divertido. ——— ela aumentou o sorriso. ——— Estou esperando vocês.

Ela desligo o telefone e voltou a assistir o desenho, cutuquei ela com a perna e ela me olhou.

——— O que? ——— ela pergunto.

——— Quem era?

——— Tainá. Ela e Lara vão vir passar o ano novo comigo, chegaram lá pelas sete da noite. ——— explicou e pegou o controle da tv, mudando de canal.

——— Bee...——— chamei e ela resmungou um "hum", olhando para mim em seguida. ——— Vamos conversar.

——— Sobre o que, Victor?

——— Sobre nossa briga. Já faz dois dias e você nem está olhando pra mim direito. Vamos conversar...

——— Não temos o que conversar. ——— ela se levanta. ——— Eu te bati e você fez o mesmo, não foi nada demais...

——— Nada demais? Então por que está esquisita? ——— me levantei também.

——— Não estou esquisita, Victor...

——— Sim, você está esquisita. Me diga o porque.

——— Porque você me assustou, poxa! Eu fiquei com medo de você, ainda estou, estou com medo de fazer novamente ou fazer pior. Meu maxilar está doendo e minha boca está cortada...——— sua voz falhou. ——— Eu...eu ainda não estou preparada pra continuar normalmente com você, me de um tempo.

——— Eu pedi desculpa inúmeras vezes, você não está totalmente certa nessa história, também me bateu!

——— Mas...minha força nem se compara com a sua. ——— Bárbara morde os lábios e depois suspira. ——— Mesmo assim, peço desculpas, eu não deveria ter te dado aquele tapa.

——— Eu desculpo, e você? Me desculpa ou não? ——— pergunto e ela abaixa a cabeça, mordendo os lábios. ——— Ei. ——— me aproximo e seguro seu rosto, levantando e fazendo ela me olhar. ——— Eu estou muito arrependido, você não tem ideia do quanto. Eu nunca machucaria você de propósito, foi no automático, quando eu vi já tinha acontecido e partiu meu coração ver você machucada.

——— Victor...——— ela desviou o olhar.

——— Olha pra mim. ——— pedi e ela me olhou. ——— Eu amo você. ——— beijei o canto da sua boca, onde estava machucado. ——— Me desculpa por ter feito isso.

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