A luz fraca da manhã invadiu o quarto silencioso, despertando-me de um sono intranquilo.
Estava sozinha na enorme cama que, até ontem a noite , era compartilhada pelos gêmeos Kaulitz.
Meus olhos buscaram o relógio no criado-mudo e revelaram que eram dez da manhã.
Um suspiro escapou dos meus lábios enquanto eu esfregava o rosto, tentando acordar completamente.
Tom e Bill, haviam saído cedo, como sempre.
Não sabia ao certo o que faziam, mas podia imaginar que envolvia negócios escusos, conspirações e rivalidades mortais.
E eu, a refém no meio desse perigoso jogo, estava destinada a ser apenas um peão.
Ao me levantar da cama, minha visão pousou no único guarda que permanecia ali comigo.
Ele era alto, musculoso e usava um traje escuro que o fazia parecer ainda mais intimidante.
Acho que ele era um daqueles seguranças dos meninos.
Seu olhar estava fixo em mim, como se eu fosse uma prisioneira de alto valor que ele deveria proteger a qualquer custo.
Não era a primeira vez que o via; ele estava sempre presente, um espectro nas sombras, uma presença incômoda que me lembrava constantemente da minha situação precária.
Caminhei lentamente até a grande janela do quarto e olhei para fora.
As ruas de Nova York pareciam distantes, um mundo onde a liberdade era uma realidade distante.
Suspirei novamente, a sensação de impotência pesando sobre mim como um fardo insuportável.
O som abafado de passos se aproximou da porta, e eu me virei abruptamente para encarar o guarda.
Ele permaneceu impassível, observando-me com um olhar inescrutável. Aquilo só aumentou minha sensação de claustrofobia.
A porta se abriu, revelando mais um dos seguranças dos Kaulitz's.
Ele era um homem alto, de cabelos escuros e barba por fazer.
Agora eram dois seguranças cuidando de mim...
Seus olhos, no entanto, eram calculistas, como se estivessem sempre alerta para qualquer ameaça.
- Natasha, você está bem? - ele perguntou, sua voz áspera, mas com um traço de preocupação.
Balancei a cabeça, sem saber realmente como responder àquela pergunta. Estava viva, pelo menos por enquanto, mas não podia dizer que estava bem.
- Onde estão os gêmeos? - perguntei, tentando mascarar minha ansiedade.
Eu encarava aqueles dois homens estranhos...
O segurança lançou um olhar cauteloso ao seu colega, como se avaliasse o que poderia ou não dizer.
- Eles tiveram que sair para resolver alguns assuntos urgentes. Não devem demorar muito.
Eu olho de cima a baixo e fico pensando.
Eu sabia que "assuntos urgentes" era uma forma vaga de descrever as atividades obscuras dos Kaulitz's.
- Você precisa de alguma coisa? - o segurança perguntou, aparentemente tentando ser gentil.
Balancei a cabeça novamente, sentindo-me relutante em confiar em qualquer um dos homens que faziam parte desse mundo sombrio.
- Não, estou bem - eu falo apertando os dedos...
Ele assentiu e saiu do quarto, deixando-me sozinha com o guarda misterioso.
Eu não o conhecia, e ele nunca havia falado uma única palavra desde que fora designado para me vigiar.
Era como se ele fosse uma extensão das sombras, sempre presente, mas nunca revelando seu propósito.
Com cuidado, comecei a me arrumar, escolhendo uma roupa que me fazia sentir um pouco mais no controle da minha vida.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Enquanto me olhava no espelho, vi a expressão cansada nos meus olhos.
Havia tanto medo e incerteza no meu coração....Tudo o que eu queria era escapar dessa teia de segredos e perigos, mas sabia que a tentativa seria suicida...
Saí do quarto e explorei o apartamento silencioso.
Estava vazio, exceto pelos seguranças que guardavam as portas e as janelas. Era uma prisão dourada, onde eu tinha luxo, mas estava completamente aprisionada.
Enquanto eu me movia pelo apartamento, a sensação de que algo estava prestes a acontecer me deixava inquieta.
Eu sabia que os Kaulitz's estavam envolvidos em negócios perigosos, e não havia como prever quando a violência iria irromper.
Fui até a janela mais uma vez e olhei para a cidade lá fora.
A sensação de estar presa me atormentava, mas eu não podia arriscar fugir.
Eles haviam deixado isso claro.
Meu destino estava entrelaçado com o deles, e eu tinha que encontrar uma maneira de sobreviver nesse mundo sombrio de segredos e traições.
