VOLTAR

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O ar no apartamento tornou-se mais pesado à medida que Tom e Bill avançaram em minha direção.

- Natasha, achamos você, - repetiu Tom, sua voz misturada com uma intensidade que enviou calafrios pela minha espinha.

Eu recuei, um instinto primal de sobrevivência me pedindo para escapar, mas não havia para onde ir.

- Vocês não podem simplesmente me deixar em paz? - Supliquei, lágrimas inundando meus olhos. - Eu não quero voltar para aquele apartamento de novo!.

a decisão deles já estava tomada.

Bill avançou, segurando-me pelos braços com uma força que fez minha resistência parecer inútil.

A dor emocional misturou-se à dor física quando minhas tentativas de me libertar foram ignoradas.

- Por favor, eu imploro, não me levem de volta, - chorei, minha voz quebrada pela angústia.

Mas as palavras pareciam se perder na determinação impiedosa deles.

Tom segurou meu rosto, forçando-me a encarar seus olhos frios. - Você não pode escapar do que é seu destino, Natasha. Você pertence a nós.

Eles me levaram para o carro deles me segurando pelo cabelo.

Meus soluços  abafados eram ignorados pelos gêmeos, cuja determinação parecia inabalável.


fui empurrada para dentro do porta-malas de um carro estacionado.

- Por favor, parem! - Gritei, mas a tampa do porta-malas fechou com um estrondo, selando-me em um espaço claustrofóbico.

O ar ficou rarefeito, e minha mente girava entre a ansiedade e o medo.

A voz abafada de Bill penetrou no meu abrigo improvisado. -Você não teve escolha desde o início.

O carro roncou, e eu senti o movimento, cada curva e guinada uma pancada no meu corpo já dolorido.

As lágrimas continuavam a escorrer, um lamento silencioso pela liberdade perdida, pela esperança que se despedaçara.

E eu continuava a chorar.


- Chega dessa choradeira!-  A voz de Tom cortou o ar, áspera e impiedosa, Seu tom era como um punhal afiado, cortando minhas esperanças já frágeis. - Você acha que alguém se importa com seus lamentos?

As palavras dele eram como uma ferida adicional, uma confirmação cruel de que eu estava à mercê da vontade implacável dos gêmeos.

Eu recuei, engolindo meus soluços

O carro continuava sua jornada

Minha mente oscilava entre a resignação e uma centelha de resistência que ainda ardia em meu peito.

- Vai ser do seu jeito ou do nosso jeito. Você escolhe - A voz de Bill, agora mais suave, apenas intensificou a tensão. A dualidade da oferta era uma ironia cruel, pois eu não tinha escolha real.

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