PRIMEIRA NOITE

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NATASHA•

Depois de eu ter comido o lanche tom e Bill pegaram uma coberta e um cobertor para mim.

- aqui - tom me entrega - deita e não diz um pio.

A noite se arrastava pelo apartamento, e lá estava eu, jogada no chão frio com uma coberta e um travesseiro que mais parecia uma pedra.

Se eu pudesse resumir a vibe desse lugar em uma palavra, seria "bleh".

Bill e Tom, esses dois caras estranhos, me deram essas coisas e disseram algo como: "Toma, aí o seu novo quarto chique." Chique, meu pé.

A vibe era tipo: "Agora você vai dormir no chão e vai gostar, senão já sabe, né?" Eles eram uns insuportáveis.

E lá fui eu, tentando me enrolar nessa coberta que era maior que eu, parecendo uma minhoca fazendo acrobacias.

O chão, que antes era um inimigo distante, agora tava mais amigo do que nunca...

É, galera, a vida dá voltas.

Lá fora, a cidade continuava fazendo barulho, mas aqui dentro era só o som da minha própria respiração e o eco das palavras dos gêmeos.

Eles tinham dito algo como: "Você vai ter que se acostumar com isso, Natasha." Mas sério, eu preferiria me acostumar com a ideia de que travesseiros normais existem.

Fechei os olhos, tentando ignorar o frio que subia pelas minhas costas e me abraçava. Tudo tava meio confuso na minha cabeça.

Eles diziam que essa era minha vida agora, mas eu não pedi por isso. E se tivesse pedido, teria pedido uma cama decente, pelo menos.

- ainda não dormiu? - Bill falou.

- eu já ia dormir... - falei mal olhando para ele.

Finalmente o sono chegou e eu pude dormir...

A luz pálida da manhã começava a espreitar pelas frestas das cortinas,  um novo dia no apartamento dos Kaulitz's.

Ao abrir os olhos, percebi que Bill e Tom não estavam no quarto.

Curiosidade misturada com uma pontinha de receio tomou conta de mim.

- Será que eles  sairam? E se sim, por quê? - falei me levantando.

Levantei-me do chão, me esticando como se estivesse acordando de um pesadelo.

Olhei ao redor, e o quarto estava vazio. A única coisa que me encarava era um bilhete deixado pelos gêmeos sobre a mesa.

"A gente saiu, deixamos o seu café da manhã em cima da mesa. Se ousar fazer alguma coisa, vai se arrepender de ter nos desafiado."

Levei um tempo para absorver as palavras, e a ameaça velada deixou um gosto amargo na boca. "Desafiado"? Parecia que eu tinha entrado em um jogo sem saber as regras.

Caminhei até a mesa e lá estava um prato com ovos mexidos, torradas e uma xícara de café.

Pelo menos eles não estavam tentando me envenenar... ou estavam?

- espero que não tenha nada de estranho aqui... - falei olhando o café da manhã de perto.

A situação era bizarra, mas a fome falou mais alto, e eu comecei a comer.

A cada garfada, pensava no que diabos tinha acontecido para eles saírem tão cedo.

Eu mal tinha acordado e já estava no meio de um mistério estilo detetive.

Depois de terminar o café da manhã, a pergunta era: o que fazer agora? Eu estava trancada aqui, e a ameaça de "se aprontar alguma coisa" pairava como uma nuvem negra sobre mim.

Decidi explorar um pouco o apartamento que era diferente do que eles me mantiam a alguns meses atrás, mesmo sabendo que eles podiam voltar a qualquer momento.

Abri uma porta aqui, outra ali, até dar de cara com um pequeno escritório.

- Será que tinha alguma  sobre o que esses caras faziam da vida?, eu sei que eles são assassinos e criminosos... Mas está que tem algo a mais? - me questionei olhando aquele escritório.

Foi quando ouvi o som da porta se abrindo. Meu coração deu um pulo, e eu corri para o quarto como se estivesse fugindo de alguma coisa.

O que será que eles iam achar se me vissem bisbilhotando por aí?

Os gêmeos entraram no apartamento, e a atmosfera mudou instantaneamente. - Você se comportou enquanto estávamos fora? - Tom me encarava com um olhar penetrante.

- Claro, eu só... estava explorando um pouco. Não achei que fosse um problema, - respondi, tentando parecer inocente.

Bill soltou uma risada irônica. - explorando, é? Melhor tomar cuidado com os lugares onde mete o nariz, Natasha. Não somos do tipo que gosta de surpresas desagradáveis.

Fiquei quieta e refletindo...

- agora me diz uma coisa Natasha... Você estava explorando oque? - tom cruzou os braços.

- a...a cozinha... - eu falei nervosa.

- nossa, que estranho a porta do meu escritório está aberta, oque será que aconteceu para ela se abrir né Natasha? - tom disse irônico e bravo.

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