END?

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* tom *

- PUTA QUE PARIU! - falei gritando - fala alguma coisa Natasha!...

- ela não vai tom! Ela está morta! MORTA!... - Bill falou aquilo chorando junto a mim.

- não...não...não... a gente...a gente conseguiu matar o Gabriel...não pode estar acontecendo isso...a gente fez de tudo...

- eu sei! Mas foi tudo diferente...

Olhei o corpo dela ao chão e só me deu raiva! Queria poder fazer Gabriel sentir as mesmas dores que ela sentiu!...

Me agachei no chão para sentir seu coração...

Não tinha sinais vitais... apenas um silêncio profundo...

- eu quero sair daqui... eu não quero ficar aqui sabendo que a pessoa que eu mais amei não está viva - falei me levantando do chão e limpando as lágrimas.

- oque a gente faz agora?...

- vamos chamar o resto das pessoas para levarem o corpo deles daqui, mas eu quero poder me despedir dela...

- eu também tom - Bill me olhou com os olhos vazios e triste.

O local estava imerso em um silêncio pesado, que parecia ecoar em minha mente.

eu me senti consumido por uma mistura de dor, raiva e desespero.

De fato Gabriel estava morto, mas isso não trazia consolo, pois ele havia levado Natasha consigo.

Bill e eu nos apressamos em sair do local, deixando para trás o rastro de destruição que aquele confronto havia causado.

Enquanto caminhávamos pelos corredores sombrios, a realidade da perda começou a se instalar de forma implacável em nossos corações.

A minha equipe foi chamada, e em pouco tempo, eles chegaram ao local.

Eles cuidaram do corpo de Gabriel e de Natasha, removendo-os daquele cenário pesado e cruel.

Era um contraste sombrio, aqueles corpos sendo levados embora, enquanto nós, sobreviventes, éramos deixados para enfrentar a devastação emocional.

Olhei para Bill que parecia sem reação e tristeza.

De volta ao nosso refúgio, Bill e eu enfrentamos a difícil tarefa de lidar com a partida de Natasha.

Não havia palavras que pudessem aliviar nossa dor, apenas a certeza de que a vida havia mudado irreversivelmente.

Nosso relacionamento com ela, apesar das circunstâncias, tinha se tornado uma parte significativa de nossas vidas.

- O que a gente faz agora? - Bill perguntou novamente, os olhos perdidos no vazio.

Eu olhei para meu irmão, e as lágrimas que havia segurado por tanto tempo finalmente caíram.

- Vamos honrar a memória dela, Bill. Vamos garantir que sua morte não tenha sido em vão. E, um dia, talvez possamos encontrar um pouco de paz.

Eu me levanto da cama e olho a cidade imensa de nova York... sentindo toda a dor que a garota sentiu.

Olhei para o quarto e revivi os momentos que tivemos dentro daquele lugar.

- ei - Bill chegou perto de mim - eu tenho certeza que agora ela está bem... se ela ficasse viva ela iria continuar triste e com muita solidão, iria viver com a gente aprisionada dentro deste quarto.

- eu sei...mas eu iria fazer tudo diferente...

- nós iriamos...

Eu e meu irmão olhamos para a cidade novamente....

Dois meses depois

Os meses que se seguiram à tragédia que nos custou Natasha foram um período de reflexão profunda.

Bill e eu nos distanciamos do mundo sombrio da máfia que havíamos conhecido por tanto tempo.

A gente não queria reviver as violências e as mortes cruéis...que antes eram nossos meios de sobrevivência começaram a nos assombrar.

Decidimos que era hora de abandonar essa vida de crime e destruição.

Não queríamos mais ser responsáveis por causar dor e sofrimento a outras pessoas.

Não queríamos que mais vítimas caíssem nas garras daquele mundo obscuro.

Com a ajuda de alguns aliados de confiança, começamos a traçar um plano para sair dessa vida.

Isso envolveu muitos riscos e negociações delicadas, mas estávamos determinados a seguir em frente.

Queremos deixar a vida de Natasha preservada em nossa memória de um jeito bom...não de um jeito ruim.


Dias após dias a gente fazia o possível para não lembrar de todos os momentos ruins.

- você está bem? - Bill questionou.

- estou... mas ainda estou me recuperando.

Era uma jornada difícil, cheia de desafios e arrependimentos, mas sabíamos que era a única maneira de nos redimir e tentar fazer o certo.

- agora que a gente abandonou a nossa antiga vida... eu queria poder terminar uma coisa...

- oque?...

- lembra daqueles sonhos que a Natasha tanto sonhava?

- sim.

- eu quero terminar eles, mesmo ela não estando mais aqui!.

- então vamos fazer isso juntos - Bill disse.

Seguimos a nossa vida ainda pensando em Natasha e o tanto que ela dominava a gente!...

Ela sim... ela era o único domínio de tudo e de nós!

A nossa garota... eterna naty

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Fim

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