DOMÍNIO | Kaulitz's

" SE APRONTAR, JÁ SABE"

Ao acordar naquela manhã, percebi que a casa dos gêmeos estava ainda mais suja e bagunçada do que o habitual.

Além disso tinha uma cartinha dos meninos em cima da cama.

" A gente saiu, se aprontar já sabe!"

Deixei a cartinha de lado e pensei no que fazer pois estava no tédio.

Decidi que era hora de tomar as rédeas da situação e trazer alguma ordem a esse caos.

Fui até o banheiro, escovei os dentes e troquei minhas roupas por algo mais confortável.

Eu só estava com uma camisa longa e de calcinha, afinal os meninos não estavam.

Fazer um coque no cabelo era a opção mais prática, afinal, eu não estava ali para desfilar.

Você deve estar pensando " arrumar a casa desses dois por que?" Bom...eu odeio viver em um lugar sujo e desorganizado, se for para mim morrer ali eu prefiro morrer em um local limpo e organizado.

Os meninos não tinham muitas coisas de limpeza, mas tinham o suficiente para deixar o ambiente " respirável" digamos assim

Cada movimento era uma pequena vitória sobre a desordem que permeava aquele lugar.

Eu estava determinada a criar um ambiente mais habitável, mesmo que fosse temporário.

Organizei a sala, arrumei os móveis e limpei o que podia.

Eu notei também os cacos de vidro no chão... Aquilo me trouxe uma lembrança ruim... Foi exatamente nesse dia que tom perdeu a paciência comigo.... Prefiro esquecer isso.

Depois de minha pequena sessão de faxina, permiti-me um momento de descanso no sofá.

Os meninos até eram chatos, mas me deixavam ver TV...porém, alguns canais de jornais, informações e etc ele não me deixava ver... Mas pelo menos eles deixaram a Netflix para mim.

Olhei ao redor da sala, observando a diferença que um pouco de arrumação fazia.

No entanto, a sensação de estranheza persistia, pois a casa nunca deveria ter sido meu lar...

Eu também havia notado que na mesa tinha meu café da manhã e meu almoço.

Dirigi-me à cozinha e aproveitei a comida preparada para mim.

O silêncio pairava, criando uma calmaria momentânea em meio à tensão constante.

Horas se passaram antes que a porta se abrisse novamente.

Os gêmeos, ao entrar, ficaram visivelmente surpresos ao encontrar a casa em uma condição diferente da habitual.

A expressão momentânea de Tom quase revelava reconhecimento, mas logo ele voltou à sua típica indiferença.

- Você arrumou isso?  - indagou Tom, sua incredulidade evidente.

Concordei com a cabeça, sem querer demonstrar o quão exausta estava.

- Não precisava fazer isso, sabia? - comentou Bill, sua surpresa estampada no rosto.

- Eu só queria... um pouco de ordem, eu acho....  E também não tinha nada para fazer... - respondi, tentando ocultar minha vulnerabilidade.

Os gêmeos trocaram olhares, como se estivessem debatendo silenciosamente algo que eu não podia compreender.

- De qualquer forma, não se acostume com isso. A bagunça é o nosso estilo. -  Tom advertiu, reafirmando sua postura.

- percebi - eu falei aquilo mas logo me arrependi.

- você disse que a gente é bagunçados? - tom caminhou ate mim.

- n..não, não é isso, mas foi você mesmo que disse que a casa " estava bagunçada " eu só concordei - falei aquilo já preparada para o pior.

Mas tom só resmungou e caminhou até seu quarto.

Bill veio até mim.

- se você fez isso para " amolecer " o coração de tom, saia que ele ainda está bem furioso com você.

- não, eu não fiz nada para " amolecer " aquele coração de pedregulho dele... Eu só fiz isso por que eu gosto de um ambiente limpo - falei olhando pata a TV enquanto Bill compreendia a minha fala.

- tá - ele se afasta - depois a gente conversa.

Suspirei aliviada ao saber que até o momento estava tudo indo bem...