capítulo 5- virar realidade

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fico pronta pro jantar logo, e Eris também, ajeita o cinto e as adagas rapidamente, e me beija antes de sairmos de mãos dadas, pelas ruas de meu vilarejo.
É uma cidade relativamente pequena e tranquila, e andamos calmamente, as pessoas cumprimentando Eris, sabem quem ele é, e sabem que estamos juntos.
recebo alguns olhares feios, e algumas pessoas comentam enquanto passo.
É um lugar bom pra viver, mas a algumas pessoas, que são especialmente desagradáveis.
Eris compra uma rosa pra mim, e me leva a um restaurante bem chique, e jantamos pratos que eu nem mesmo sei pronunciar, e muito menos ele, mas ele apenas aponta pro garçom "esse aqui" então, funciona.
conversamos e rimos o jantar inteiro, me sinto mais feliz do que me sentia há tempos.

conversamos e rimos o jantar inteiro, me sinto mais feliz do que me sentia há tempos

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depois do jantar, eris me leva pra dançar.
dançamos e dançamos por horas, os corpos quentes e suados se movendo em união por músicas e mais músicas a fio, enquanto murmuramos alguns "eu te amo" .
depois da oitava música, arrasto eris pro banheiro, disfarçadamente.

saímos do restaurante depois de pagar a conta, eris com o cabelo todo bagunçado, e os lábios vermelhos, e eu com o vestido levemente amarrotado.
vamos pra casa rapidamente, e quando ficamos sozinhos, repetimos a dose.

durmo nos braços de eris por horas, ambos descobertos, e a leve brisa da janela contribui pra que eu durma pesadamente por bastante tempo

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durmo nos braços de eris por horas, ambos descobertos, e a leve brisa da janela contribui pra que eu durma pesadamente por bastante tempo.
acordo ainda há noite, o braço de eris ao meu redor, e a mão acaricia a minha lentamente, perto das batidas do coração dele.
quando olho pro rosto dele, o encontro acordado, a respiração calma, e os olhos em um ponto fixo do quarto, como se a mente vagasse longe.
- ta tudo bem? - murmuro, e ele me olha, dando um sorriso bem pequeno.
- está sim, só estou pensando....
- em que?
- na minha infância - ele murmura me encarando, há um brilho diferente nos olhos dele.
fico em silêncio por um tempo, e só murmuro:
- oque você lembra?
- não muito. - ele susurra, se aconchegando melhor a cama, e ao meu corpo - me lembro de brincar no quintal. E de brigas, lembro de ter muitas brigas.
- sinto muito.
- não sinta - ele aperta minha mão levemente, e entrelaça nossos dedos com carinho - oque você lembra da sua infância?
- eu me lembro...da minha mãe, eu acho, e do meu pai também.
- você morava aqui quando criança?
- não, eu morava na corte crepuscular
-sério?
-sim, morávamos na floresta, meio afastados, era bem legal
- consigo imaginar.
- você ja foi lá?
- não, mas suponho que seja um lugar lindo.
- era sim.
- oque aconteceu com seus pais, merida? - ele sussurra receoso.
- foram queimados... minha mãe foi acusada de bruxaria, e meu pai foi cúmplice.
- eu sinto muito.
- tudo bem. - ele cobre minhas pernas, e me embrulha bem no cobertor. - assim você não pega um resfriado.
- obrigado, amor
- de nada, minha dama.
Sorrio pequeno com o apelido.
- quando você tem que ir?
- posso ficar quanto quiser.
- tipo um mês?
-até dois.
-seria um sonho.
- pode virar realidade
- estou torcendo pra isso - murmuro o beijando.
o beijo é lento e carinhoso, nos enroscamos na cama e nossos labios se tocam continuamente, um beijo emendando outro.
- deveria voltar a dormir - ele murmura contra os meus lábios, ainda de olhos fechados.
- você também.
- eu vou, eu prometo.
o beijo mais algumas vezes, e me aconchego no calor dele, adormecendo rapidamente.
ele canta baixinho, alguma musica que não conheço, que me faz cair num sono profundo e tranquilo.
mas sei que ele não dorme. Fica a noite inteira acordado, navegando, por seja lá qual as memórias que o deixam fora de órbita.

quando a manhã chega, eris finalmente consegue pegar no sono,e eu fico deitada com ele por mais algum tempo, apenas aproveitando a sensação de nossos corpos coladinhos

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quando a manhã chega, eris finalmente consegue pegar no sono,e eu fico deitada com ele por mais algum tempo, apenas aproveitando a sensação de nossos corpos coladinhos.
eris parece um pouco com meu pai.
levemente a aparência, mas mais a personalidade.
meu pai era loiro, dos olhos azuis esverdeados, um sorriso galanteador e piadas de duplo sentido, oque minha mãe diz que foi pelo oque ela se apaixonou.
acaricio o cabelo de eris, lembrando de quando conversamos sobre a minha infância.
era um dia chuvoso, e eris tinha acabado de chegar. tínhamos tomado um banho juntos, e estavamos sentados na sala, observando a chuva pela janela e nos beijando.
derepente começamos a conversar sobre quem puxamos nossas características físicas.
lembro de conversarmos muito sobre meus pais, e oque aconteceu com eles.
chorei muito aquele dia, com eris me abraçando e murmurando que tudo ia ficar bem.
eu não sabia de nada sobre a familia dele.
ele se recusava a me contar, e demorou meses ate que eu o fizesse falar.
quando ele finalmente falou, não esboçou nenhuma lágrima.
nem mesmo a voz tremeu, como se ele não sentisse mais nada sobre aquele assunto.
as vezes penso que há um lado do coração de eris, que é gelado, e nem mesmo eu, consigo ver esse lado por inteiro, muito menos esquenta‐lo.
ele acorda três horas depois de dormir, e limpamos a casa juntos, eu lavo a louça e limpo a cozinha e ele limpa e organiza o resto da casa.
ouvimos música, e dançamos juntos em meio a limpeza, e mesmo exausto, ele sorri e me abraça, dançando comigo ate que eu canse.
depois, sentamos juntos na varanda pra descascar algumas frutas e legumes, pro jantar que eu vou fazer pra nós.
ele tira a camisa, alegando sentir calor, e pisca pra mim quando meus olhos se perdem em meio ao corpo bronzeado.
- ei, tem problema se eu colocar magia na comida? - pergunto descascando uma tomate
ele trinca o maxilar e me encara.
- que tipo de magia?
-do tipo ....de descanso, pra você relaxar.....pra conseguir dormir a noite....
-acho que pode ser sim.
- tudo bem então - ele me da um pequeno sorriso, terminando de descascar a batata, e passando pra outra, ainda com uma cara de cansado.
ele se anima um pouco quando faço um chá pra ele, um chá calmante, do qual ele bebe três xícaras inteiras, alegando ser muito saboroso.
depois de lavar a louça, ele me leva aos tropeços pra cama, e fazemos amor no chão do quarto.

depois de lavar a louça, ele me leva aos tropeços pra cama, e fazemos amor no chão do quarto

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A DAMA DE VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora