Merida- acordou uma semana depois de sua chegada, está comendo bem, se recuperando bem, os machucados estão praticamente curados - a médica lista, anotando tudo em seu caderninho - receio que pode sair da cama em pequenos períodos, deve continuar a se alimentar adequadamente, e nada de extrapolias, senhor Vanserra. - ele assente, comprometido a tudo - logo logo vai melhorar completamente, se seguir tudo corretamente.
- obrigado doutora - murmuro, enquanto ela sorri pra mim, e nos deixa a sós.
- Eu te disse, estou forte como um leão - ele fala sorrindo, me abraçando pela cintura.
- Um leão pode levantar da cama - cantarolo e o olho sorrindo, enquanto ele me encara, os olhos brilhando.
- esse leão pode te fazer gemer mais alto que ontem a noite - ele sussura em meu ouvido, e beija meu pescoço, enquanto solto uma risada.
-aiai leãozinho , você sabe que também sei usar as garras - murmuro, e ele assente
- oh se sabe - rio o abraçando, e suspiro calmamente, me sentindo em casa.
Meu leãozinho sobreviveu.
[...]
sentada á poltrona, com um livro em mãos, me esforço para me manter acordada.
Eris já dormiu a tempos, sem camisa e profundamente. As cicatrizes espalhadas pelas costas dele brilham a luz das velas, juntamente com a pele levemente dourada. Ele dorme tranquilamente, a mão acariciando o travesseiro lentamente.
Não perguntei oque aconteceu. Ele também não comentou. Tem ignorado qualquer pergunta que remeta aos motivos de seu estado atual. Não insisto, pois no momento, tudo oque importa é que ele está bem, e melhorando.
Folheio o livro, que parece incrivelmente desinteressante, agora que tenho Eris pra observar. Observo com atenção a respiração calma, e o movimento lento e imperceptível dele ao respirar, o jeito como a mão acaricia o travesseiro lentamente, e os cabelos recentemente cortados, ainda desalinhados, secam imperceptívelmente ao olho nu. A paz que nos cerca é rara. Nem mesmo a cidade faz barulho, oque é estranho, dado o horario. A casa está silenciosa, não é possível ouvir nem sequer um ruído, alem do vento produzido pelas arvores.
Eris abre os olhos lentamente, e se vira de modo preguiçoso na cama, me encara com os olhos pequenos e respira fundo, retomando a consciência.- Por que não deita aqui comigo? - ele murmura, a voz rouca e sonolenta.
- Eu não deveria. Você está de repouso.
- Quero dormir com você.
- tenho medo de te machucar.
- se você nao vier sozinha eu vou te buscar. - abro um sorrisinho, e largo o livro, me deitando ao lado dele. Ele estica o braço, e me ajusto perto a ele, sentindo um beijinho em minha testa, e os braços dele em volta de meu corpo. Ele me cobre, e levanto o rosto pra ele, dando um beijinho no nariz dele, e ele sorri pra mim.
- eu te amo. Acha que pode me perdoar?
- Perdoar por que?
- Por deixar isso acontecer. Sei que te machuca me ver assim.
- Você sabe minha opinião sobre seu plano, Eris.
- Eu sei. Mas é maior que eu, Merida. Preciso fazer isso.
- Você acha que precisa. Mas não precisa provar nada, Eris. Você só precisa deixar tudo isso pra trás.
- Isso significa deixar ele vencer. - Respiro fundo, e balanço a cabeça negativamente.
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A DAMA DE VERMELHO
Fantasíaessa história acontece paralelamente pelos livros de acotar . "ele me encara, e encara merida atrás de mim, a olhando como se imaginasse, tudo oque fará com o corpo dela depois que me matar. merida fica rígida atras de mim, a mão roçando a minha, co...