Capítulo 4 - Borrão de acontecimentos

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Eris

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Eris

Saímos do castelo logo cedo, antes do sol nascer.
Cavalgamos até o meio dia, o sol escaldante aquece meu corpo, e acabo por permanescer com o casaco, já que minha pele facilmente se queima ao sol.
Decidimos almoçar perto de um riacho em meio a floresta. Os rapazes começam a dividir entre as tarefas necessárias, alguns colocam os cavalos para beber água junto a nascente, e o restante organiza uma espécie de pequenique, por mais que cada um tenha ficado responsável pelos próprios mantimentos.

Coloco minha égua amarrada perto de uma árvore com uma sombra gostosa, e a dou um afago, ela esfrega o rosto em mim, como se retribuindo ao carinho.
Ganhei íris quando tinha apenas dez anos, um presente de solstício de meus avós maternos, pouco antes de suas mortes. Desde então ela me acompanha em praticamente todas as minhas saídas da corte, e até mesmo em passeios por ela. É de uma raça pura, provavelmente pela grande intolerância de meus avós por raças mestiças, e qualquer coisa que não se encaixasse em seus padrões de qualidade.

A esta altura, pela vegetação e a mudança de clima, suponho que estamos quase na divisão com a primaveril, dou um sorriso, com a possibilidade de uma visita a meu irmão, nas terras humanas.

Pego minha comida, andando até o lençol de pequenique improvisado com casacos e mantas, e me sento entre as sentinelas, prestando atenção as conversas.

Pego minha comida, andando até o lençol de pequenique improvisado com casacos e mantas, e me sento entre as sentinelas, prestando atenção as conversas

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Depois do almoço, seguimos pela divisa de cortes, cavalgando lentamente, floresta a dentro. Paramos algumas vezes durante a tarde, para recalcularmos rotas e deixar os cavalos descansarem.

A noite cai, e continuamos a vasculhar a área, em busca de qualquer vestigio do que segundo meu pai seria "a pessoa necessária para empunhar os tesouros". A floresta escura nos obriga a vestir os casacos, já que um vento anormalmente frio derruba as folhas secas de seus galhos, e deixa o lugar com um aspecto agitado, como se realmente, essa floresta escondesse algo sombrio. Acima de nossas cabeças, a lua brilha como nunca, iluminando levemente nossos passos.
Começo a me sentir estranho, como se conseguisse sentir que algo está pra acontecer. Fico preparado e alerta, enquanto caminhamos.

A DAMA DE VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora