capítulo 13- Que tal um banho?

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Eris

verifico novamente toda a papelada, olhando em cada assinatura de meu pai, verificando cada contrato, e cada folha de pagamento.

Meus olhos doem, e meus ombros relaxam assim que vejo minha mãe se aproximar, uma bandeija com café e biscoitos em mãos.

- Aqui, meu filho, trouxe algo pra você comer enquanto trabalha - sorrio levemente, e a observo largar a bandeija, e se sentar na cadeira ao meu lado.

- obrigado mãe, mas a senhora poderia ter pedido pra algum serviçal trazer pra você.

- eu não perco uma oportunidade de te alimentar bem, meu amor - ela sorri pra mim, fazendo carinho em meu rosto. - e também queria aproveitar sua companhia.

-nesse caso, podemos dividir o lanche - arrasto minha cadeira pra perto da dela, e ela sorri, acariciando minha mão.

Ela me observa por alguns segundos, e sussurra, como se fosse um segredo:

- oque falta, meu amor?

- oque?

- consigo ver que você não está perfeitamente feliz, oque está faltando?

Meus olhos quase enchem de água, mas depois de ontem, da sensação do sangue quente em minhas mãos, demorarei um pouco a voltar a sentir de novo.

- Não falta nada, mãe. A senhora está feliz, então não me falta nada.

ela sorri, o sorriso como uma luz no escuro em que minha mente anda.

- agora anda, come um pouco, antes que o café esfrie.

obedeço prontamente, e ela acaricia meus cabelos lentamente, e beija minha testa, sempre protetora.

Sorrio levemente, a sentindo em paz.

Isso me passa paz, por hora.

Mantê-las seguras e felizes.

a qualquer custo.

o sorriso de merida brilha em minha mente, enquanto recebo o carinho de minha mãe, e como o café que ela me preparou.

Mantê-las seguras e felizes.

posso viver com esse propósito.

a encaro, e ela sorri pra mim, os cabelos soltos, como há tempos eu nao via.

- obrigado, mãe, obrigado.

- você não precisa agradecer, meu amor.

- ainda assim, obrigado.

ela sorri, e me abraça com força. Correspondo segundos depois.

- Meu pequeno eris - ela sussurra, a voz embargada - de nada, meu pequeno, eu faria tudo de novo.

- Eu sei - murmuro fechando os olhos, e relaxo em seus braços.

gravo em minha mente, bem la no fundo, essa memória. A sensação do abraço de minha mãe, o cheiro dela, e o gosto do café que ela fez pra mim.

Mantê-la segura e feliz, a qualquer custo.

[...]

depois de algumas horas conversando e tomando café, somos interrompidos por meu irmão, que vem me chamar, a mando de meu pai.

ando lentamente pelos corredores, ate o escritório de meu pai.
quando chegamos, beron está dentro da sala, meu outro irmão parado ao lado

franzo a testa pra cena, e entro.

- só faltava você, eris.

a porta é fechada, deixando apenas eu e tres de meus irmãos pro lado de dentro.

A DAMA DE VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora