JISOO
Ainda estou entorpecida com choque enquanto as duas Ciclope me conduzem aos meus aposentos. Elas não sorriram quando lhes dei minha resposta, que sim, Jennie me satisfez na cama. Gosto delas imensamente por isso. Então sou enviada de volta para meus aposentos e estou sozinha. Sento na beira da cama e olho para fora do meu quarto, atordoada.
Mesmo que este é o mesmo quarto que deixei apenas um curto tempo atrás, sinto-me uma pessoa diferente. Os cobertores e roupas de cama são feitas em Yshrem, mas pego o manto de pele no pé da minha cama e toco a fiação macia, porque o branco dela me lembra a capa de Jennie. Olho a bandeira na parede. Uma vez a crista da família do meu pai pendia lá, e uma tapeçaria de lendas de Yshrem cobria a outra parede. Aquelas se foram, e em seu lugar, bandeiras estão como se me lembrando que a casa reinante da Yshrem será unida a Rainha Ciclope amanhã.
Como se eu pudesse esquecer.
Aperto as coxas juntas e tremo. Ainda estou úmida e latejante de onde Jennie me tocou. Se fechar meus olhos e pensar forte o suficiente, quase posso sentir sua língua lá, explorando minhas dobras e fazendo coisas que nunca sonhei. É exatamente como no livro, e me senti melhor do que imaginava. Meus mamilos enderecem com a lembrança e resisto ao impulso de passar a mão sobre eles. Se esta "degustação" foi tão boa, não posso imaginar quão maravilhoso o leito conjugal será.
Na verdade estou... Excitada com a perspectiva. Não posso parar de corar, também. Jennie não parece se importar que sou oito anos mais velha do que ela e, provavelmente, passei de meus melhores anos férteis. Tudo o que ela se preocupa é... Comigo. Beijar. Falar. Provar. Jennie me chama de seu amor. Estou absolutamente deslumbrada com ela. Sei que deveria estar pensando estrategicamente sobre como posso usar o trono para governar por Yshrem, garantir que eles não sejam completamente invadidos por guerras e costumes Ciclope, mas tudo que posso pensar é Jennie. Seu sorriso. Seu beijo.
Sua língua.
Deuses do céu, estou totalmente apaixonada por ela. Eu me jogo de volta na minha cama e suspiro como a jovem que já não sou.
— Vadia. — Alguém grita em mim.
Sento ereta na cama, olhando ao redor do quarto. Pensei estar sozinha. Medo me atravessa e fico rígida conforme uma mulher idosa emerge de meu banheiro privado e para meus aposentos. Ela não carrega uma faca, mas isso não significa que não está aqui para me fazer mal.
— Quem é você? — Minha voz é calma e firme. — O que está fazendo no meu quarto?
— Sou uma de seu povo. — Ela faz uma carranca para mim como se eu fosse a sujeira sob seus pés, o lábio franzido com desdém. Ela anda por meu quarto como se o possuísse, apressando-se em minha direção para apontar um dedo velho em meu rosto. — E você deveria estar envergonhada!
Estou muito chocada para dizer qualquer coisa. Há guardas fora dos meus aposentos. Posso gritar e eles levarão esta mulher num instante. Ela será enviada para as masmorras, ou simplesmente executada por colocar minha vida em perigo. E, no entanto... Ela não carrega nenhuma faca com ela, sem corda para me estrangular, e nem pode me ferir com seus braços enrugados. E ela é de Yshrem, como eu.
— Envergonhada?
— Por espalhar as coxas para aquela ciclope! Ela e seu povo assassinaram seu pai! Roubaram nossas terras! — Seus olhos brilham com lágrimas. — Destruíram tudo o que nosso povo representava. Meus filhos morreram naquela guerra. Dezesseis anos e odiamos os invasores Ciclopes com cada batida de nossos corações. Imagine como sentimos ao ouvir que a princesa Jisoo, última da linhagem real de Yshrem, casaria-se com a besta que matou seu pai.
— Jennie não… — Sussurro, mas ela me corta com um olhar maligno.
— Ela é a semente do Rei Seung-ho, não é? Você pode muito bem cobrir sua cama com o sangue do seu pai.
Estremeço, porque suas palavras são cruéis.
— Não é assim.
— Não é? Você acha que ela te quer, porque você é jovem e adequada? — Ela me dá outro olhar de desprezo. — Porque você é rica? Ou simplesmente porque é uma maneira fácil para ela acabar com qualquer tipo de revoltas? E você é idiota o suficiente para se apaixonar por uma coisa dessas!
Suas palavras são como punhais. Eu me inclino para longe enquanto ela paira sobre mim, e sinto-me uma criança travessa.
— Não é assim. — Digo fracamente. — Jennie me ama. Ela disse.
— Claro que ela disse isso. Você teria que ser uma idiota monumental para casar com ela se Jennie te tratasse como se te odiasse. — Ela levanta o queixo e me dá outra carranca. — Espero que a boca dela valha a vida de seu povo.
Estou chocada com o sarcasmo em sua voz. Simplesmente olho para ela, horrorizada, até que ela cruza os braços sobre o peito.
— Você irá chamar os guardas para mim? Irá me executar por dizer a verdade?
Minha boca move-se em silêncio por um momento.
— Não. — Digo finalmente. Como posso quando ela é uma de meu povo? Ela não entende como é entre mim e Jennie. Quão gentil e atenciosa ela é. O quanto Jennie me ama e me faz sentir bonita.
Você teria que ser uma idiota monumental para casar com ela se Jennie te tratasse como se te odiasse.
Sou uma idiota? Enquanto permaneço na cama, em silêncio, ela limpa a garganta e retorna ao meu banheiro e fecha a porta atrás dela mais uma vez. Ouço algo que soa como o raspar de pedra. Uma passagem secreta, então. O castelo de Yshrem é cheio delas. Eu me levanto e tranco a porta, em seguida, arrasto o grande tronco de madeira contra a parede até que esteja na frente da porta.
Volto à minha cama, minha felicidade drenada instantaneamente.
Estou me apaixonando por palavras bonitas e uma língua talentosa simplesmente porque é uma maneira fácil de subjugar a revolta crescente de Yshrem? Jennie é realmente assim tão desonesta?
Posso me casar com ela? Devo? Pego o manto com a fiação de pele branca e o acaricio, mas já não me dá prazer. Tudo o que posso pensar é Jennie e seu sorriso... E imagino se estou traindo meu povo.
Tenho um dia para decidir.
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The Barbarian Love - Jennie G!p
FanfictionDezesseis anos atrás, Princesa Jisoo de Yshrem salvou a vida de uma menina bárbara de oito anos de idade e assistiu seu reino ir à ruína, tudo no mesmo dia. Agora, ela é uma esquecida num templo tranquilo, vivendo seus dias em solidão. A última de s...