A ajuda tão suplicada

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~ Nellie pov ~

O tempo que passei naquela ambulância foi extremamente estressante e exaustivo. Quando seus sinais vitais começaram a cair e os paramédicos começavam a bombear oxigênio pra ele....eu tentava ao máximo não olhar. Eu sabia que tinha que tentar ser forte para Kátia, caso.....o pior acontecesse.

E era algo muito torturante.

Autor: ( Eu imagino.... )

Quando menos percebi, eu segurava a mão dele com uma de minhas mãos, enquanto a outra acariciava as costas de Kátia, a medida que ouvia seus soluços. Mas eu; eu permanecia com uma cara séria, enquanto tentava segurar meu choro e controlar minha angústia.

Em alguns minutos, estávamos no hospital. A coitada da minha cerejinha parecia estar mais preocupada e angustiada com o Alex do que eu. Enquanto esperávamos na recepção, a mesma não conseguia parar de chorar desde que chegamos. Não importa o que eu fizesse; ela só chorava e chorava. Eu a entendo de certa forma. Afinal....nosso namorado chegou aqui quase sem vida e.....isso deve ter a deixado extremamente assustada.

Mas....vai dar certo. O Alex vai sair bem dessa.....não é?

~ 1 hora depois ~

Depois de uma hora, meu irmão e minha mãe chegaram. Os pais de Kátia tentavam a acalmar, enquanto ela continha uma cara abatida e eu os deixava a vontade. Perdida em meus pensamentos, eu nem mesmo vi minha mãe buscar um copo de água para mim. Só notei após ela o colocar na frente dos meus olhos. Eu sorri minimamente.

- Obrigada, mãe... - Eu falo, enquanto tomo um gole da água e suspirava demoradamente. Louis, sentado ao meu lado, colocava a mão em meu ombro, tentando demonstrar seu apoio. - O papai não vem...? - Eu pergunto enquanto levanto meu olhar devagar.

- Aconteceu uma emergência com um cachorro no trabalho. Mas ele garantiu que virá assim que resolver. - Ela me garantiu com confiança. Não que eu pensasse o contrário; meu pai nunca deu mais importância para o trabalho do que a família.

Eu olhava silenciosamente para a água no copo, com vários pensamentos rondando minha mente e com medo de o pior acontecesse. Minha mãe parece ter notado isso, pois se aproximou.

- Meu amor....vai dar tudo certo....ele vai ficar bem.... - Ela falava com um tom calmo, tentando me convencer do contrário. No entanto....eu não conseguia pensar positivamente.

- E se ele não ficar? - Eu falava com os olhos quase transbordando pelas lágrimas. - Mãe.....ele só fez isso por minha culpa. Se eu tivesse pelo menos falado com ele antes.... - Não consigo mais terminar a frase e então começo a chorar em silêncio, sendo abraçada pelo meu irmão, que não sabia o que falar para me ajudar. Minha mãe respirou fundo, antes de pegar minhas mãos e então me fazer olhá-la.

- Talvez você tenha razão.... - Ela começou e eu ouvia confusa. - Mas....tem coisas que não podemos prever e fazer muita coisa pra ajudar. Você entende? - Eu concordo com a cabeça timidamente e então a abraço, deixabdo todas as minhas lágrimas caírem.

Ela me abraça devolta e eu apenas desabo. Deixo de esconder meu choro no calor dos braços da minha mãe. Acho que não era só Kátia que estava assustada com isso. Aquela visão.....do Alex deitado no banheiro e sangue....me assustou muito.

Enfim.....ficamos na recepção até um médico entrar nela e olhar ao redor. Nesse mesmo momento, eu e Kátia o olhamos atentas. Ele também olhou para a gente e se aproximou um pouco mais.

- Vocês duas são as garotas que chegaram junto com o garoto de mais cedo? - Ele pergunta com calma pra nós duas e então ambas nos levantamos.

- Sim, somos nós. - Eu falava enquanto secava as lágrimas do meu rosto. - O Alex tá bem? - É a primeira coisa que penso em perguntar. O mesmo demora um tempo pra me responder, mas então logo o faz.

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