O início da cura

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~ Alex pov ~

Bem....depois daquele dia....eu finalmente concordei em fazer terapia. Mas.....para isso, eu precisava da permissão de um responsável. Então....os pais da Katia, meio que...me acolheram na sua casa; e isso mecheu muito comigo.

Então, depois disso, comecei a frequentar uma psicóloga. E bom....não era tão ruim quanto eu pensava.

Eu....acho que me sentia bem confortável nas sessões até. A psicóloga falava comigo de um jeito....que eu podia me sentir acolhido. Todos aqueles pensamentos que eu tinha antes....eles sumiam nas sessões.

Às vezes ela me falava para fazer coisas que iriam me relaxar; como ouvir música, escrever meus sentimentos em um papel ou só fazer o que eu gostava.

E isso estranhamente estava funcionando.

Eu acho que, finalmente, eu comecei a me curar. E eu agradeço profundamente às duas pessoas mais importantes para mim.

Infelizmente, eu ainda não havia tomado coragem o suficiente para denunciar meu pai. Isso não era só por mim, mas também....eu tinha medo de ele fazer algo com as meninas. Mas bom....eu acredito que esse medo vai passar, uma hora ou outra...

Autor: ( Com em Deus )

Enfim, em um dos dias que eu voltei da minha sessão, eu e a Kátia decidimos passar o dia com a Nellie. Enquanto ela e Kátia faziam alguma coisa para comermos, eu estava concentrado em escrever no meu caderno. Como "lição do dia", minha psicóloga disse pra eu escrever sobre o que eu mais gostava; e bom....acho que a resposta tá bem óbvia.

Enquanto eu escrevia, também estava ouvindo música; então eu meio que estava desligado do mundo em minha volta. Só saí da minha concentração quando a Nellie puxou um de meus fones e eu a olhei. Ela tava com uma fatia de Brownie em uma das mãos.

- Toma. Morde. - Ela o coloca na frente da minha boca e eu sorrio antes de morder um pedaço e mastigar. - E então? Você gostou? - A garota me pergunta, quando eu acabo de comer o pedaço que mordi.

- Mhum. Tá muito bom... - Eu falo com um sorrisinho. Então ela chega mais perto de mim e passa o dedão no canto da minha boca ( Provavelmente tirando um pouco de chocolate ).

Era incrível o quanto....eu me sentia especial com elas. Não sei porque eu cheguei a....fazer aquilo....

Depois do que ela fez, nós ficamos nos encarando por um momento, ambos sorrindo um para o outro e sentindo a mesma coisa; a sensação maravilhosa de ser amado. Foi então que ela notou que eu estava escrevendo e iniciou um novo assunto.

- Sobre o que tá escrevendo hoje? - Ela pergunta, se apoiando na mesa.

- Sobre vocês. - Assim que digo isso, as duas olham para mim ao mesmo tempo. As duas pareciam estar interessadas e curiosas sobre isso. - Querem ver? - Eu estendo o caderno pra Nellie e ela e Kátia se sentam rapidamente á mesa, me fazendo sorrir.

E então....eu tentava esconder a minha timidez enquanto elas liam.

~ Nellie pov ~

Assim que peguei aquele caderno, a minha curiosidade foi á loucura. Apartir do momento que eu o tinha em mãos, comecei a ler em silêncio mesmo, pois eu sabia que o Alex não se sentiria tão á vontade se eu fizesse o contrário.

Então....eu e Kátia começamos a ler juntas.

Autor: ( Preparem seus corações kskksksks )

"Existem duas coisas que me fazem feliz e bem. Eu com certeza amo esporte e, especialmente, a esgrima. Mas....sem via das dúvidas, elas vêm primeiro....as duas garotas que me fizeram conhecer a sensação de ser amado; a sensação de ser importante para alguém. Eu realmente agradeço muito às duas, pois, sem elas, eu literalmente não estaria vivo. Se elas não tivessem sentindo a minha falta e me procurado naquele dia....eu estaria me culpando até hoje por fazê-las sofrer, nãoimporta se eu estivesse no inferno ou no além. Elas, minhas namoradas, são minha casa, minha felicidade, meu viver....com elas....eu me sinto especial, acolhido e, principalmente, muito, mas muito amado. Eu não me arrependo de ter aceitado meus sentimentos. Não me arrependo de ter a coragem que tive naqueles dias, para contar para as duas que as amo. Acho que o antigo Alex estaria orgulhoso de mim; pois, agora, temos alguém para chamarmos de família. E, principalmente agora, nós temos um lar e podemos nos sentir, em fim, livres...."

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