Um dia nos clubes

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~ Louis pov ~

Depois daquele dia, eu me perguntava o porquê de uma pessoa me fazer me sentir assim tão rápido. Eu acabei deixando de pensar nisso e fui desenhar alguma coisa. Só que aí eu lembrei do meu bloqueio criativo; daí fiquei encarando o papel em silêncio. Eu estava no completo silêncio, quando, derrepente, minha porta é aberta; eu olho pra mesma, e vejo a minha irmã parada na frente dela.

- Que foi? - Pergunto, esperando a mesma falar. Ela me olha, e dá um pequeno sorriso.

- Como foi com o Finn, em? - Ela perguntou com um sorriso convencido. Como resposta eu revirei os olhos e me deitei na cama, olhando pras estrelas no teto.

- Nada demais ué; a gente só fez o trabalho e ficou conversando. - Eu disse sem a olhar; ela então se sentou na minha cama, também olhando pra cima.

- Que pena; pensava que ia rolar alguma coisa... - Ela disse, e eu bati no seu braço, a fazendo dar risada. - Mas enfim...conseguiu se inscrever no clube de artes cênicas??

- Na verdade não... - Eu a respondi me sentando na cama, ficando ao seu lado. - O Finn até disse que seria bom eu entrar; mas...eu não sei se é a escolha certa pra mim.

- Mas por que você acha isso? Claro que é a escolha certa! - Ela me disse com aquele sorriso reconfortante no rosto, me fazendo sorrir pequeno. Mas, eu ainda estava um pouco desanimado por essa ideia. Sei lá, teriam pessoas novas; talvez elas não fossem que nem o Finn...poderiam não gostar de mim.

- Não é só por isso... - Bom, eu sempre tive mais facilidade em desabafar com minha irmã, então era só eu fazer isso. - Eu só...tô com medo das pessoas não serem que nem ele...sei lá, vai que elas não gostem de mim, ou tenham uma péssima impressão, ou...

- Louis, me escuta. - Eu fui interrompido pela minha irmã e a olhei. Ela tinha uma cara severa, como se me estivesse repreendendo; e é isso que ela iria fazer agora. - Você, meu irmão, é uma pessoa incrivel; não tem como alguém não gostar de você. - Eu sorri pela maneira da minha irmã de falar comigo. Era impressionante o quanto ela sempre se esforçava pra me ver bem; eu amava isso nela. - E outra, você tem que vencer esse medo das pessoas! Você não tem que pensar que todo mundo vai te tratar mal.

- É, mas se você for pensar em tudo que eu passei, não vai achar exagero eu achar isso. - Eu a respondi cabisbaixo. Vendo isso, ela deu um pequeno sorriso.

- Tá, ok, algumas pessoas foram idiotas. - Ela riu após terminar a frase, junto comigo. Quando acabamos, ela me olhou com um sorriso maior. - Mas olha só pra o Finn; ele se tornou tão legal com você em um dia só...por que outras pessoas não poderiam fazer o mesmo?

Eu parei um pouco para refletir nisso. Talvez ela pudesse estar serta; mas também poderia estar errada. Só que, a gente só descobre isso arriscando né? A vida não é nada sem arriscar; talvez podemos nos machucar, mas temos que aguentar firme.

- Eu sei...existem pessoas más; mas nem todas elas são...você tem que dar uma chance a elas. - Ouvir suas palavras foi como tirar um peso enorme das minhas costas. Sempre me fazia me sentir melhor.

- Tábom, talvez você esteja certa. - Eu digo pra ela com um sorriso ladino, e ela me responde com um sorriso convencido.

- Eu sempre tô certa. - Ela disse num tom convencido, me fazendo rir um pouco. Quando me recuperei do riso, eu a olho sorrindo, e ela faz o mesmo. Ficamos assim por uns segundos até que ela se levanta da cama e vai em direção a porta.

- Bom, eu vou indo... - Ela para na frente da porta e sorri. Pude perceber que ela parecia meio tensa. - Eu quero dar uma última treinada antes do meu primeiro dia no clube de esgrima... - A, então tá aí o motivo pra toda essa tensão dela. Eu então dei um sorriso pra ela.

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