Refúgio

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Depois de toda a euforia da festa encontrava-se Luísa com a cara lavada e de pijama na sua cama. A moça estava no meio de uma grande cama pensando no que ela fez Gustavo passar, ela o desmentiu na frente de todos...

E assim se passa o fim de semana, Gustavo com ódio, Luísa magoada com si mesmo e César preocupado com a moça.

Na escola, Gustavo assim que chega na sala da de cara com Luísa, ele revira os olhos e vai se sentar.

Estavam no meio da aula de português e Luísa passa um bilhetinho para Gustavo: "Podemos conversar?" Ele olha  aquilo e bufa. Vai até o ouvido de Luísa e sussura.

-- Luísa, me esquece, eu não quero mais saber de você.

Luísa se vira

-- Gustavo, me perdoa, por favor.

-- Luísa, me deixa em paz.

A professora chama a atenção de Luísa que vira pra frente logo em seguida.

A manhã de aula se passa, Luísa só queria ter aquele tempo de novo pra ela, a moça vai até a sala de artes e se senta, a menina pega um desenho de quando ela era pequena, olha pro mesmo, vê tantos defeitos, ela se via ali. Gustavo era como um irmão pra ela, eles podiam até ser alma gêmeas apesar de serem opostos, os opostos se atraem? Parece que sim.

César estava na biblioteca, sabia que Luísa não viria, então folheava alguns livros de literatura brasileira.

A moça deixava algumas lágrimas caírem no desenho

-- Por que eu sou assim? Por que?

A menina se levanta e vai até os quadros dos alunos, passa a mão por eles. Luísa estava realmente triste, depois de tudo que o Gustavo fez por ela... ela ainda o desmentiu na frente de todos.

Luísa precisava conversar com alguém, e ela sabia que César ainda estava ali. Ainda com os olhos marejados e num ato de fragilidade anda pelos corredores em busca da biblioteca, ao chegar vê a porta entreaberta e adentra a biblioteca, César estava de costas e com um livro na mão.

 Ainda com os olhos marejados e num ato de fragilidade anda pelos corredores em busca da biblioteca, ao chegar vê a porta entreaberta e adentra a biblioteca, César estava de costas e com um livro na mão

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-- Pendlenton... -- Sai quase como um sussurro

O rapaz se vira

-- Luísa, está tudo bem? -- Pergunta deixando o livro cair e indo até a mesma

-- Tá, tá sim. -- Diz deixando algumas lágrimas caírem

César passa o polegar por uma das lágrimas

-- Luísa... -- Diz com uma voz mole. -- Eu vi o que aconteceu, por que você tem medo deles?

-- Eles são homens... e todo mundo que eles conseguem tudo o que querem quando o outro lado é uma mulher.

-- Eu sinto muito, Luísa, mas você não precisa ter medo, eles não vão fazer nada com você.

-- Não tem essa, César, eles sempre podem fazer algo. -- Diz o encarando

-- Mas vocês se veem frequentemente?

-- Pelo menos uma vez por mês, eles sempre ajudam nos eventos que meu pai vai.

-- Eles falam com você sempre?

-- O mais novo sempre se atirou pra cima de mim, mas agora foi diferente.

-- E por que?

-- Eu não quero falar.

-- Luísa, eles não vão fazer isso com você. -- Diz já entendendo o que eles haviam falado para ela

-- Você não sabe... -- Diz deixando mais lágrimas caírem

-- Eles não seriam idiotas de mexerem com você, eles sabem que você não é uma coitada, você tem família, irmão, pai.

-- Mas do que me vale se eu tenho medo?

-- Você vai se render a isso, Lu? -- Pergunta César a encarando

Luísa em um ato de fragilidade abraça César, ele retribui e passa a mão pelos fios da moça morena

-- Eu não vou deixar eles mexerem com você.

Luísa se sentia protegida, se aconchega no abraço de César

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Luísa se sentia protegida, se aconchega no abraço de César. Depois de um tempo eles se soltam e se olham.

-- Obrigada. -- Diz com a voz embargada

-- Por nada.

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