Juventude Em Chamas

Quase...

Luísa colocava sua última caixinha de chiclete na bolsa e desce as escadas, ao chegar lá pega uma maçã e já sai de casa com o irmão a pé que já tinha terminado o café.

Ao chegarem na escola, Luísa vai até a quadra, faltava longos minutos pra aula começar. Os meninos do basquete estavam treinando de um lado e as líderes de torcida do outro, logo começaria os escolares.

Ao ver a amiga Ruth corre até Luísa.

-- Tá bem? Tá no mundo da lua? -- Pergunta Ruth se sentando ao lado dela na arquibancada

-- É... um pouco. -- Diz saindo do transe

-- Mas o que aconteceu?

-- Nada de mais, bobagem.

-- Ah, tudo bem. Enfim, eu vou deixar minhas coisas aqui e vou treinar a nova coreografia.

-- Vai lá, Rû.

Ruth deixa sua mochila com Luísa e vai até as líderes de torcida.

Marcelo e César que estavam observando o treino basquete dos meninos, quer dizer, César né, porque Marcelo... digamos que a dança das meninas era mais chamativo. Marcelo ao ver Luísa sozinha e meio no mundo da lua na arquibancada se levanta.

-- Se liga na D'Ávila, Cecê, toda perdidinha, acho que vou lá.

César olha pra Luísa.

-- Vai lá. -- Responde

Marcelo se levanta e vai até Luísa.

-- E aí, D'Ávila. -- Diz se sentando do lado da moça

-- Ah, oi, Marcelo.

-- O que faz de bom?

-- Nada, só olhando o treino e você?

-- Também, também.

Eles conversam um pouco, Luísa percebia o tanto que Marcelo se atirava pra cima dela, mas não ligava e achava até engraçado.

Depois daquele cansativo dia de aula, Luísa pensa muito bem se queria ver César, não queria ficar em um clima constrangedor, então prefere ficar na sua. Luísa vai até a sala de dança, sabia que ele não ia procurar ela lá. César estando na sala de artes acha estranho Luísa não ter chegado ainda, eles tinham combinado ali. Ele vai pra biblioteca, mas também não tinha ninguém. Anda por toda a escola, mas não acha a moça.

Depois de um tempo ele decide ir embora e Luísa decide a mesma coisa. Luísa saindo da sala de dança caminhava até a porta principal.

-- Luísa? --Pergunta César que se aproximava do corredor

Luísa se vira.

-- Ah, oi...

-- Você tá me evitando hoje?

-- Eu? Eu não, impressão sua. -- Mente a moça

-- Por que não foi na sala de artes, então?

-- É... eu... é...

-- Eu fiz alguma coisa?

-- Não, não, é só eu que não tô muito legal.

-- Eu sou seu amigo, você sabe que pode falar pra mim.

-- Não é nada de mais.

-- Se não é nada de mais por que fugir?

-- Eu tô incomodada com uma coisa, mas não quero contar, só isso.

-- Tudo bem. Mas essa coisa é comigo?

-- Não. -- Mente Luísa

-- Ufa. -- César suspira. -- Quer se distrair um pouco?