Nada mal, César.

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Já eram quatro horas, essa festa era sim um evento especial, a empresa que organizava estava completando 100 anos, seria o maior festão, ainda bem que era sexta.

Luísa, Alice e Isadora acabam de chegar do cabeleireiro. Todas vão para seus quartos a fim de terminar de se arrumarem, Alice chega no seu quarto e pega seu vestido. Que vestido lindo! Solto, mas acinturado, era um vestido beje com manga comprida, a menina mais o choque despojado seria facilmente uma musa.

Isadora coloca um vestido vermelho vinho, não era solto, mas estava longe de ser colado. Um anel e um colar de ouro cingiam o dedo e o pescoço da jovem senhora. Cabelo solto, apenas com alguns cachos na ponta, parecia uma rainha em tomada de posse.

No quarto de Luísa ela ainda não tinha se vestido, estava sentada na cama pensando no que teria que encarar na festa, Gustavo e César, o clima ficaria extremamente estranho. Sem muito ânimo a menina vai até o seu guarda roupa e tira um vestido preto, o vestido tinha babado, era acinturado, um pouco de manga e muito pano, uns mais claros, outros mais escuros. Luísa o veste, coloca também duas pulseiras e um colar, todos de materiais preciosos. Ela tinha a toca do cabelo, ele faz o contorno perfeito de seu rosto, a franja e um pouco do cabelo da frente estavam presos para trás. A mulher estava com uma maquiagem leve, somente o delineado era mais pesado, o que deixava Luísa ainda mais bonita. A menina parecia uma princesa, exalava elegância, beleza e formosura, ao ponto que seria difícil que alguma moça superasse a mesma nesse evento. Mas a verdade é que já era esperado, Luísa sem esforço algum sempre ficava bonita, o que causava inveja em todas as outras garotas de pais importantes. Essas festas eram o cúmulo do ciúmes de Durval, Gustavo e Manoel, todos os rapazes olhavam e tentavam cortejar Luísa.

-- Até que tá legal. -- Diz a menina se olhando no espelho. -- Mas já foi melhor.

Na mansão 242, Marcelo estava arrumando seu cabelo, estava escovando-o. Depois que termina vai colocar seu terno. Uma camisa social branca simples e o paletó por cima. Pode parecer algo fútil, mas menos sempre era mais pro rapaz, ele tinha esse estilo despojado e era isso que atraía todas as meninas para perto dele. Marcelo se perfuma, o odor saía de sua pele e percorria o quarto todo, cheio marcante.

César havia acabado de sair do banho, ele se seca e começa a decidir qual terno iria usar.

Enquanto isso na sala da mansão chegava Judite, Raul e Gustavo.

-- Raul, que bom que você veio. Temos assuntos importantes, me acompanhe. -- Diz Richard

Ele leva o amigo até o escritório e ficam na sala somente Judite, Glória e Gustavo. As mulheres que já estavam prontas se juntam e começam a conversar, Gustavo sem ter o que fazer começa a andar pela casa procurando o quarto de algum dos conhecidos. Ao chegar em um bate na porta, mas não tem retorno, vai pra outro e bate.

-- Entra. -- Diz César

Gustavo entra no quarto, César estava com um terno quadrado, tradicional, e uma gravata borboleta preta.

-- Gustavo? -- Pergunta surpreso

-- Não, não. Charles Chaplin. -- Diz irônico

-- O que faz aqui? - Pergunta César

-- Meu pai veio falar com o Richard, aí no tédio decidi procurar o quarto de um de vocês e você foi o premiado. -- Diz sendo folgado e sentando-se na cama do rapaz

-- Ah tá. Bom, eu só vou passar um gel, já volto. -- Diz virando meio corpo

-- Vai estragar seu cabelo por que?

-- Que? - Pergunta se virando

-- Aí, César, você tá mó feião. Arruma esse vizu. -- Solta

-- Como? -- Pergunta incrédulo com a invasão de Gustavo

-- Vem cá.

Gustavo se levanta, pega uma escova e vai até César.

-- Fica parado. -- Ordena

Gustavo mexe no cabelo de César, tinha a repartição e o deixa meio bagunçado e bem charmoso.

-- Dá uma olhada no espelho.

César se olha e se acha estranho

-- Acho que não em.

-- Que acha que não o que, não tem essa, vai ser isso mesmo. Ou você quer na maior festona ser o nerd feio? Cheio de mulher bonitona lá.

-- Só isso?

-- Não, esse terno tá ridículo também, perai.

Gustavo abre o guarda roupa do César e procura o conjunto perfeito para o rapaz, preto, era o que combinava com ele. Ele pega a camisa social preta, uma gravata normal preta e o paletó preto. Joga tudo na mão de César e o manda pro banheiro se trocar. Depois de um tempo ele sai.

-- Tô me sentindo estranho.

-- Que estranho o que, você tá gatão, nem é o mesmo César. -- Diz sorrindo para o trabalho que ele tinha feito.

César realmente estava incrível, o terno que não era tão largo fazia se tornar possível ver os braços fortes do rapaz e o quão bonito era de corpo. O cabelo fazia o rapaz ficar desconfortável, porém a pouca franja que caia de lado na testa deixava o mais velho formoso.

Depois de um tempo a família Torres e Pendlenton já estava na festa, na mesma mesa que aguardava pelos Goulart e os D'Ávila. Pelo menos pelos pais e mães de família, os adolescentes ficavam em todo lugar menos na mesa.

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