Oliver Pov's
Sábado,
Nos últimos dois dias nada de novo ou no mínimo interessante aconteceu.
Para atualizar vocês: o professor de artes quebrou o braço e cancelou a peça, minha mãe concordou em me deixar passar um fim de semana na casa de praia da tia do Arthur com ele a Gina, sexta não tivemos aula por causa do conselho de classe e sábado de manhã foi a entregada dos boletins.
Minhas notas estavam boas, não ótimas, porém na média. Como nem eu, nem a Gina e nem o Arthur precisávamos ficar para as provas de recuperação, logo depois do almoço minha mãe nos botou no carro para nos levar até a casa da "dinda Melly", como o Arthur disse para chamá-la.
Fiquei no banco de trás, na janela, do lado da Gina. Ficamos conversando por mais ou menos trinta minutos.... Aí uma hora ela bocejou, então fiquei com vergonha por provavelmente estar sendo muito chato, concordei com o que ela estava falando me virei para encarar a janela.
Ela estava com sono, encostou a cabeça no meu ombro e dormiu. Primeiro eu fiquei nervoso e me perguntei se devia acordá-la, depois eu decidi que não. E a observei dormir.
–"É perto". – falei irônico, imitando Arthur depois já estar a umas duas horas no carro.
Ele estava sentado no banco da frente, do lado da minha mãe. Virou o pescoço para me olhar e disse:
–Agora estamos quase chegando.
–Estamos mesmo. – mamãe falou sem tirar os olhos da estrada.
–Ela tá dormindo? – Arthur perguntou olhando pra Gina.
–Tá sim, por que? – respondi.
–Acorda ela, já vamos descer. – falou e virou pra frente – A casa azul. – ele disse a minha mãe estacionou em frente a uma casa enorme de dois andares.
–Gina? Oi, oi... – falei baixinho tentando acordá-la.
–Oi? – ela disse esfregando os olhos.
–Dinda! – Arthur gritou saindo carro. Do lado de fora uma mulher loira, um pouco fortinha, mas bem bonita e de uns vinte e poucos anos sorriu pra ele.
Nó saímos todos do carro e ela nos cumprimentou:
–Oi, sou Mellyane, a dinda do Arthur. – ela disse sorrindo e abraçou a mim e a Gina.
Ela parecia ser legal, pediu para que entrássemos e começou a conversar com minha mãe.
A casa parecia maior ainda por dentro. Tinha muita mobília, três sofás, televisão, uma mesa grande, duas estantes cheias de livros, prateleiras com dvds, uma cadeira de balanço.... E tudo parecia novo.
"Não devem ter crianças aqui" pensei, vendo que tudo estava incrivelmente organizado, e como que para contradizer o meu pensamento, uma menina apareceu na sala reclamando para Melly sobre não achar sua sapatinha nova.
–Está na lavanderia, querida espere um pouco, primeiro as cumprimente visitas. – Mellyane falou.
–Arthur? Melly disse que você viria, a quanto tempo.... – ela o abraçou e depois veio falar comigo e com Gina que estava do meu lado, elas pareciam se conhecer pois a menina a chamou pelo nome.
Ela se chamava Marina, tem a nossa idade e estava muito ocupada para fazer-qualquer-outra-coisa e saiu atrás da sapatinha.
Por alguns minutos ficamos sentamos no sofá, minha mãe e a tia do Arthur conversam e nós três brincávamos do jogo do sério.
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Um pedido de socorro
Misteri / ThrillerEla não falava com ninguém e era excluída por todos, alguns a odiavam, outros pareciam ter medo dela. Ninguém me explicava o porquê disso... ela era somente uma garota que gostava de sentar na classe perto da janela e matava os períodos de matemátic...