Nossas Novas Memórias

19- Futuro!

Quando acordei pela manhã, ao abrir meu olhos lentamente, tentando me acostumar com a luz do sol que adentrava o quarto, pelas grandes janelas, vi os olhos castanhos de João, encarando os meus, seguindo sem pressa por cada detalhe em meu rosto, como se estivesse escaneando cada centímetro, guardando tudo em seu HD que apesar de formatado, agora continha novas informações e arquivos importantes.

– Eu amo você. — João sussurrou, e junto de sua fala, um vento frio soprou as cortinas, fazendo com que o corpo dele se arrepiasse.

– Eu também te amo. — Eu sorri, e deixei escapar uma lágrima que foi acolhida pelos dedos de João sobre o meu rosto.

Não demorou para que esse toque, fosse seguido de um beijo lento, onde nossas línguas se encontravam e se tocavam sem pressa, ou qualquer afobação envolvida. O corpo de João se moveu para cima do meu, senti o peso de seus quadris sobre a minha animação matinal, e quando me peguei pensando no passado, ele pareceu entender que eu estava me desligando do presente, e moveu o quadril para frente e para trás, me arrancando um gemido abafado pelos seus lábios fartos.

As mãos atrevidas dele, entraram por dentro da minha camisa e a tiraram com uma destreza que mal pisquei e já estava sem ela. Não foi diferente com o short que eu usava, e em pouco tempo estava completamente à mercê da língua e das mãos de João que passeavam pelo meu corpo.

Ele me levou a loucura quando me envolveu com sua boca quente, e me perdi completamente quando senti sua garganta se contrair diversas vezes.

Senti saudade do corpo dele, quando o mesmo se afastou para que cada pedacinho de pele fosse revelado a mim, deixando o tecido de suas roupas desgostosos por serem deixados ao chão e não terem mais a oportunidade de poder tocá-lo. Confesso que invejei essas roupas por um bom tempo.

João se moveu novamente para cima de mim, meu coração acelerou quando os lábios dele tocaram os meus, e quase fui dessa pra melhor, quando dois de seus dedos se afundaram em minha boca, saindo tempos depois para adentrar outro lugar, agora, no corpo dele. Eu não consegui, ou melhor, eu nem tentei segurar a minha surpresa e excitação por estar vendo ele se preparar para mim, e ouvindo seus gemidos despreocupados e prazerosos próximos ao meu ouvido, eu poderia chegar ao ápice sem nem mesmo ser tocado.

A surpresa maior, foi quando senti ser posicionado entre as pernas dele, e seus gemidos se intensificaram à medida que deslizavam para dentro. Minha respiração foi completamente cortada quando ele apoiou a testa em meu ombro, e os movimentos lentos e repetitivos começaram junto de gemidos e palavras desconexas.

Senti como se com isso, João afirmasse para mim, que melhor que focar no que já passou, é viver e aproveitar cada segundo do que está acontecendo no presente. E eu foquei!

Os movimentos foram acelerando conforme ele se sentia confortável, minhas mãos o ajudavam a subir e descer com mais força, e vez ou outra eu impulsionava o meu quadril para cima, para ir mais fundo e poder ouvi-lo gemer mais alto. Me concentrei e me deliciei em seus beijos, gemidos, em cada movimento, em seus apertos, em sua boca, em sua respiração... Me concentrei tanto, que quando chegamos juntos ao limite, foi que percebi meu celular tocando incansavelmente sobre a mesa de canto.

Com o corpo de João, suado e ainda sobre o meu, atendi o celular quando vi o nome do meu pai brilhando na tela, preocupado que pudesse ser algo importante para ele decidir ligar ao invés de mandar uma mensagem como sempre faz.

Permaneci em silêncio quando deslizei o dedo pela tela do celular para atender a ligação, digamos que essa é uma péssima hora para ele ligar, eu estou tão desnorteado, ainda tentando recuperar meu fôlego e voltar para o planeta Terra... Se eu não fosse um filho tão preocupado, continuaria fora de órbita com o João por toda a manhã.