Capítulo 3

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— É sério Sasuke! — A mulher falou pela segunda vez, deixando o alfa mais irritado do que já estava.

Sasuke respirou fundo, massageou a testa e lambeu os lábios secos, na tentativa de não esganar a alfa de com um desinteressante cheiro de rosas.

— Quando vai marcar esse ômega? — perguntou enjoada. — Se realmente escolheu ele, já era pra tê-lo marcado. — cruzou os braços.

— Não irei tocá-lo de forma sexual a menos que ele dê consentimento. — Os alfas do local arregalaram os olhos diante da frase de seu líder. — Sou um assassino, não um estuprador.

— É um ômega! É pra isso que servem! — Konan voltou a rebater. Não foi assim que a ensinaram.

Ômegas devem ser submissos. Ômegas machos são folguedos¹. Konan não consegue pensar em nada além do que a ensinaram.

O alfa Uchiha se levantou e parou em frente a mulher. Sua presença ali era tão acentuada que fez a alfa de cabelo roxo se encolher na poltrona e desviar os olhos.

— Meu ômega não será tocado a menos que ele me permita. — a voz estava pesada e raivosa, era assustadora. Os olhos da mulher arderam. — Se não concorda com o meu jeito de fazer as coisas, peço que saia da minha casa e que não se envolva com os meus negócios.

Era impossível.

No mundo do crime, a única saída, é a morte. Não dá para sair limpo ou sem inimigos. Konan é uma duquesa da alta sociedade, se envolver com o tráfico era apenas um ganho extra no seu bolso.

Ela entrou naquele mundo porque quis, não porque precisava. Mas não conseguiria sair nem se quisesse. Agora tinha inimigos, e morreria nas mãos deles se não tivesse a proteção dos negócios de Sasuke Uchiha.

— Se acalme, Sasuke. — disse Pain enquanto bebia chá.

Pain era o tipo de alfa que não gostava de se meter nos assuntos de outras pessoas. Preferia observar as coisas, e absorver as informações.

— Da próxima vez, não terá autocontrole que me segure. — disse voltando a se sentar

A mulher sentia que suas mãos tremelicavam um pouco. Sasuke não era do tipo de alfa que esquecia as coisas, e com certeza, a atitude de Konan traria consequências futuras para ela mesma.

— Acho melhor nós irmos, não? — disse Kisame  — Temos coisas a fazer, e já incomodamos demais os recém casados.

O alfa de cabelo azul e cheiro de mar deu um sorriso pequeno e se retirou, sendo seguido pelos outros.

Uma das criadas acompanhou os alfas até a porta, e antes de sair, Konan fez uma mesura em um pedido mudo de desculpas pelas suas ações e saiu. Sasuke se levantou e subiu as escadas na direção de seu escritório, mas parou no meio do corredor quando viu a porta da biblioteca aberta. Mudou de rota.

Naruto estava sentado em uma das mesas com um livro grosso nas mãos, aparentemente distraído. Entrou no cômodo e fechou a porta. Se aproximou do ômega e sentou-se ao seu lado.

— O que está lendo?

Naruto levou a mão ao pé do pescoço ao tomar um susto. O Uchiha riu levemente e apontou para o livro.

— O nome da rosa

— Não era de meu conhecimento que você sabe ler. — murmurou enquanto admirava o rosto do ômega e as bochechas avermelhadas

— Meus pais queriam que eu fosse o ômega perfeito, então contrataram um professor particular para me ensinar a ler e a escrever.

Isso fez Sasuke lembrar da antipatia por seus sogros que passou a sentir. Apenas assentiu e se levantou, olhando os livros até achar o que queria.

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