Extra: Dissimulada

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Sasuke estava furioso, enfurnado há três dias em seu escritório sem comer e sem dormir, sendo movido à base de álcool e cigarros

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Sasuke estava furioso, enfurnado há três dias em seu escritório sem comer e sem dormir, sendo movido à base de álcool e cigarros.

Naruto bateu na porta do escritório e esperou. Precisavam resolver aquela situação, seus irmãos eram filhotes, bebês inocentes que não podiam carregar a culpa das atrocidades cometidas pela mãe desnaturada. Naruto recebeu a permissão de entrar, mas tão logo estava dentro do cômodo, se arrependeu amargamente de tê-lo feito.

A fúria de Sasuke estava impregnada em todos os quatro cantos daquela sala. Era sufocante. O pior eram os cheiros dos cigarros e das bebidas, que já pareciam ser parte da decoração, flutuando invisivelmente por aqui e por ali.

- Se destruir não irá fazer as coisas se ajeitarem, Sasuke. - Sua voz soava cansada. Ora essas, ele também estava exausto daquela situação. - Isso está começando a afetar nossa convivência. Nossos filhos estão sendo afetados, alfa - disse rápido enquanto fechava a porta e seguia até a mesa de madeira escura.

Sasuke sequer dirigiu um olhar ao ômega.

Naruto ficou parado diante da mesa, tendo suas narinas sensíveis agredidas pelo cheiro do cigarro que o moreno fumava no momento. Seu olhos ardiam pela fumaça. Sasuke não demonstrou nenhuma vontade de conversar, manteve seus olhos nos documentos.

- Não vai mesmo falar comigo? - indagou depois de muito tempo esperando.

Naruto revirou os olhos, murmurando palavras ásperas que não deveriam ser ditas por um ômega e saiu do escritório irritado, batendo a porta com força.

Após Deidara explicar os termos deixados por Kushina, Sasuke irritou-se o suficiente para que, em uma situação hipotética, caso alguém aparecesse em sua frente, ele cometeria assassinato. Não queria correr o risco de machucar física ou verbalmente alguém de sua família, então se trancou no escritório, como fazia em situações de extremo estresse e ficaria ali até que tivesse garantia que, apesar da raiva, não partiria para cima de ninguém.

Já ocorrera outras vezes e seus familiares respeitavam esse distanciamento que ele tomava para se acalmar, sabendo que era necessário para o bem estar deles mesmos e do próprio Sasuke. Contudo, esse afastamento durava um dia, ou um dia e meio, no máximo; já haviam se passado três.

Já do outro lado da porta, Naruto caminhava rápida e pesadamente pelos corredores, planejando descontar sua frustração pintando. Ele odiava pintar, e por isso ele pintava quando estava frustrado. Ele pintava tudo o que estava o frustrando ou tudo que desgostava em uma tela e depois a tacava na lareira.

Era recreativo e pouco agressivo. Perfeito.

Sasuke não tinha noção do tempo, apenas bebia e fumava. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo do lado de fora de seu escritório, até ouvir as vozes alteradas. Pela primeira vez em três dias, deixou o escritório e foi em direção às vozes. Imaginou que fosse Naruto e seus filhos, fazendo bagunça na cozinha novamente, mas estava errado.

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