Capítulo 28

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   Após o pico de adrenalina, Naruto foi examinado por Tsunade e sua ômega Shizune

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   Após o pico de adrenalina, Naruto foi examinado por Tsunade e sua ômega Shizune. Ambas médicas deixaram claro a necessidade repouso e boa alimentação. Ainda ressaltaram que Naruto não devia carregar Kakashi no colo de modo algum, trazendo desagrado ao ômega, que, com os instintos maternais aflorados, queria poder carregar Kakashi, e logo seu futuro filho nos braços o tempo todo. Permaneceu bicudo somente pelo tempo que Sasuke deu antes de arrancar-lhe um selinho dos lábios comprimidos para frente.

O alfa estava radiante. Sua fera interior estava cada vez mais conectada às proles, que o alfa tinha certeza que eram gêmeos. Sasuke podia diferir os dois batimentos cardíacos dentro do ômega sem contar o do próprio loiro. Seriam um alfa e um ômega; seus instintos diziam isso.

Os dias pareciam passar cada vez mais rápido. Por meio dos interrogatórios, Sasuke soube que seu sogro tinha uma enorme dívida com o banco de Londres. Um montante que resultou em hipotecar os bens da família levando de arrasto a propriedade onde Naruto cresceu. No entanto, não impediu o leilão. Tinha até cogitado uma ação, mas as palavras decisivas foram de Naruto, e ele as respeitou. Não era como se algo naquela casa significasse alguma coisa boa. Não tinha nada haver com aquela moradia, mas e Naruto? Ele havia crescido lá.

Mas pelo visto, nem mesmo as poucas boas lembranças haviam ganhado sua misericórdia. Ele queria que aquela casa deixasse-o; queria que ela não o pertencesse quando seus pais morressem; não queria o legado e nem os seus esforços que foram criados naquela residência; não queria que seus traumas tivessem um lugar para residir. Quando aquela casa deixasse de ter o sobrenome de seus pais, talvez, e só talvez, seu demônios criados lá dentro deixassem de pertencer a ele; deixassem de assombrar seu não mais sobrenome, já que era um Uchiha, mas que no sangue, sempre seria um Namikaze fadado ao sofrimento por um Uzumaki. 

Aquela casa não merecia salvação. Naruto não queria que Sasuke a salvasse, então Sasuke não a salvaria. Seu ômega havia dito, e ele obedecerá.

Flashback on

— Não quero que salve aquela casa, Sasuke, já disse. — disse irritado com o alfa por voltar naquele assunto

— Naru, meu amor, pense bem… — Sasuke tentou por inúmeras vezes apelar para o bom coração do ômega. Não que se importasse com a casa, mas se preocupava com o que aquilo podia interferir referente ao loiro. Se ele se arrependesse depois por não ter ajudado?

— Não há o que pensar. — estava determinado

— Ômega…

— Não! — Naruto o interrompeu de maneira firme e prosseguiu: —  Esse assunto está encerrado. — ele suspirou, e então, cansado e compadecido com a evidente preocupação de seu marido, sentou no divã aos pés da janela lateral à porta de vidro da varanda, e bateu com a mão duas vezes no estofado do assento, chamando pelo alfa, que foi ao seu encontro. — Meu bem, eu não tenho motivos pra salvar aquele lugar. — disse ao que já se encontrava ao seu lado, enquanto deitava a cabeça em seu ombro, com mão direita acariciando a barriga de quase cinco meses e a esquerda segurando a direita de seu grande amor  — Entenda, alfa, não tenho boas recordações ali. Não há lá algo que mereça ser salvo. Não agregará em nada para nosso futuro juntos. Não tenho boas histórias que venham de lá  para contar aos nossos filhotes. Minha infância naquela casa foi uma existência miserável repleta de desespero, que somente se segurava com um fio de esperança, esperando uma mudança; uma linha tão fina como um fio de cabelo que mal dava para ver, mas que com perseverança, resistiu até que crescessem e surgissem outros. Fui salvo por pouco, Sasuke. Se não tivesse morrido lá, certamente morreria nas mãos do tal Onõki. Aquela casa era… era…

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