Capítulo 1

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𝐎 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐮𝐥𝐚

𝐎 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐮𝐥𝐚

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𝐒𝐡𝐢𝐧𝐨𝐛𝐮:

Escutei o som do despertador de meu celular tocando pela segunda vez naquela manhã. Me levantei lentamente, ainda um pouco sonolenta, dando um longo e sonoro bocejo, e fui até o banheiro. Tomei um banho bem quente e coloquei o uniforme do colégio. Desci as escadas, indo em direção à cozinha e chegando lá, vi minha irmã preparando o café da manhã.

– Bom dia, irmãzinha! – Diz, olhando para mim com aquele sorriso encantador que só ela tem. Não sei como está tão animada em plenas seis da manhã de segunda-feira. – Pronta para seu primeiro dia de aula?
– Nem um pouco. – Suspirei, pegando o prato com algumas torradas das mãos de Kanae, o levando para a mesa.
– Ah, Shinobu, veja pelo lado bom... é seu último ano escolar, sei lá, talvez algo mude!
– É... talvez. Mas talvez não é um sim.
– E também não é um não. Deixe de ser pessimista.

Nós duas nos sentamos à mesa e começamos a comer. Percebi minha xícara estar cheia pela metade com um pouco de café. Tomei um gole. Estava bom. Não demoramos muito para terminarmos nossa refeição, não dissemos nenhuma palavra enquanto isso.

– Kanao ainda não acordou? – Quebro o silêncio.
– Não. Suas aulas são à tarde, esqueceu? Vamos deixar ela dormir enquanto pode.
– Ok, então... já vou indo. – Disse, pegando minha mochila e a colocando nas costas. – Tchau, Kanae.
– Tchau! Tenha um bom dia. Amo você.
– Eu também.

Saí pela porta da frente, observando como estava o dia. Talvez ficasse quente mais tarde. Ok, pelo menos isso era bom. Sem muito ânimo, caminhei até o ponto de ônibus mais próximo e esperei pacientemente até que ele chegasse para me levar até o colégio.

~

Ah, o Colégio Kimetsu... muito bom e muito ruim ao mesmo tempo. Onde estudam os filhos das famílias mais ricas do país todo. Por um lado, o ensino, professores e a gestão são excelentes. Por outro, os alunos, em sua grande maioria, não são nem um pouco agradáveis. Agora, a principal questão: por que alguém como eu, Shinobu Kochou, estudaria num local como aquele? Não, não venho de nenhuma família bilionária, e não, definitivamente não sou super-inteligente. Apenas fui indicada por um antigo professor meu à uma bolsa de estudos nesse colégio. Fiz as difíceis provas e todas aquelas entrevistas chatas, onde perguntam tudo sobre a sua vida, e no fim da história, acabei conseguindo a vaga. E agora, felizmente é meu último ano estudando nesse maldito lugar.

Os grandes portões com o brasão do colégio estavam abertos, diversos alunos passavam por eles, alguns um pouco apressados, provavelmente a cerimônia de abertura já fosse começar. Suspirei, juntando todas – absolutamente todas – as minhas forças para dar alguns passos e adentrar aquela estrutura imensa que eu já conhecia bem. Todos se reuniam no pátio, em frente a um pequeno palco, obviamente montado para a abertura. Me direcionei a um lugar com menos pessoas, não me importava muito com o discurso longo e chato que o diretor faria, era a mesma coisa em todos os anos. Esperava que aquilo começasse e terminasse o mais rápido o possível, para ir para a sala de aula. Pelo menos haveria silêncio lá dentro.

Olhei em volta, reconhecendo alguns de meus colegas do ano passado e avistei minha única amiga naquele lugar. Mitsuri Kanroji. Além de vir de uma das famílias mais ricas de todo o Japão, é também de uma descendência muito conhecida pela beleza surreal de todas as mulheres que fazem parte da família. Mas apesar de tudo isso, Mitsuri é o amor em pessoa. Foi a única garota da escola toda que teve interesse em me conhecer melhor. Eu era uma aluna nova, sem amigos, até que ela apareceu já perguntando tudo sobre mim. Depois de conversarmos um pouco, acabamos percebendo que tínhamos muitas coisas em comum e viramos amigas. Não tivemos ao menos uma fase "colegas", fomos direto de desconhecidas para amigas. Fui em sua direção, passando por muitos alunos até chegar onde Mitsuri estava. A primeira coisa em que reparei nela foi em seus cabelos rosados. São lindos. Assim que consegui me aproximar, ela me abraçou. Fazia tempo que não nos víamos.

– Oi. – Ela me solta do abraço, dei um sorrisinho.
– Oi Shinobu! Como você está?
– Estou... bem. Eu acho. E você?
– Ótima! Que bom que veio. Achei que não iria aparecer hoje.
– Tive que vir. Não podia perder o grandioso primeiro dia de aula, não é? – Usei o tom mais sarcástico que consegui para dizer essa última frase.
– Amiga, não fica assim não. Você sabe que algo talvez mude esse ano.
– Olha que engraçado, minha irmã me disse exatamente a mesma coisa.
– Shinobu, se anime, só por hoje! Vamos lá, pelo menos tente!
– Ok, vou tentar. Não é garantido, mas vou tentar ficar de bom humor. – Se nada estragasse meu dia, talvez eu ficasse de bem com a vida.

O diretor finalmente subiu ao palco e assim que isso aconteceu, todos se calaram, um silêncio absoluto se formou no pátio inteiro. Ele ajeitou o microfone e começou seu discurso.

– Bom dia a todos. Sejam muito bem-vindos. Eu sou Kagaya Ubuyashiki, diretor do Colégio Kimetsu. Primeiramente, o nosso fundamento. O conhecimento, é a arma mais poderosa que você pode obter. Você pode ter tudo, dinheiro, poder, mas se não tiver conhecimento, nunca poderá vencer. Agora, vamos às regras.

Ah, isso de novo. Eu já decorei as regras antes mesmo de entrar no colégio. Há três principais, as regras que não podem ser quebradas de maneira alguma.

1ª: Não desrespeitar nenhum funcionário do colégio, seja ele um professor, coordenador, diretor ou um profissional de cozinha ou de limpeza.
2ª: Ser pontual. Com mais de três atrasos não é permitida a entrada do aluno.
3ª: Brigas entre quaisquer alunos não são toleradas.

A terceira regra é a mais difícil de seguir, para qualquer aluno. Todos desse colégio são extremamente competitivos. E também é difícil para mim seguí-la, mesmo por causa dos próprios estudantes. E de um certo garoto. Mas isso não vem ao caso no momento. O diretor continuou fazendo seu discurso desinteressante, falando vários nadas sobre educação e etc. Por mais fúteis que fossem as palavras dele, todos pareciam prestar muita atenção no que ele dizia. Depois de muito, mais muito tempo ouvindo o que o Sr. Ubuyashiki falava, ele finalmente terminou e nos deixou ir para nossas respectivas salas, enquanto fazia um tour pelo prédio com os alunos novos. Caminhei para minha sala de aula, a 3C, e quando entrei, me sentei em uma carteira bem na frente, esperando que algum professor chegasse para começar nosso dia de estudos. Porém, o que vi passando pela porta não foi um professor nem nada do tipo, mas uma surpresa nem um pouco agradável. Giyu Tomioka. Droga, o que raios ele estava fazendo ali?!

– O que trás você aqui, Tomioka?
– Minhas pernas. Brincadeira, te pergunto o mesmo, baixinha.
– Essa é a minha sala, vá embora, suma daqui.
– Pois é, essa é a minha sala também. Pelo visto vamos ter que compartilhar.

Ele vem e se senta na carteira atrás da minha. Não, não, não. Não pode ser. Estudar na mesma sala que Giyu Tomioka por um ano inteiro?! Por quê? Por que me colocaram na mesma sala que esse idiota?! Eu o odeio! Kanae realmente me disse que algo mudaria esse ano... só não sabia que seria para pior. Eu estou ferrada!

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𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚...

𝐇𝐚𝐭𝐞 𝐨𝐫 𝐋𝐨𝐯𝐞? - 𝐆𝐢𝐲𝐮𝐒𝐡𝐢𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora