Capítulo 3 - Uma promessa de vingança

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Hermeas encontrou Malkiur sentado no chão de cabeça baixa e olhos fechados, encostado na pilastra, adormecido. O carregou para o canto da vila onde não havia habitantes passando pelas redondezas; só havia Jenny aguardando-a no local.

- O que aconteceu? - questionou. - Deram um soco na cara dele?

- Não sei, o encontrei assim.

Hermeas deu leves tapas na face de Malkiur. Ele acordou de pouco em pouco.

- O quê?... Onde... eu estou?

- Cara, você tomou um soco no rosto dessa gente? - questionou Jenny, quase a rir.

- Uns bandidos - tentou se lembrar - tentaram me roubar, eu acho. Quanto tempo fiquei apagado?

Abrindo os olhos, Malkiur viu Hermeas levantando-se em sua frente e Jenny parada atrás dela, com os braços cruzados. A feiticeira vestia uma armadura de aço; na ombreira direita, estava uma máscara antiga de aço com expressão de agonia, e ao redor da face havia cobras de concreto com olhos vermelhos. Os olhos da máscara pareciam ter chorado um líquido negro, pois havia linhas escuras que seguiam das olheiras até o maxilar. Usava manoplas de aço tão limpas que brilhavam na luz. Os cabelos de cima de Jenny estavam trançados para trás.

O símbolo vermelho de ❝T❞ invertido estava novamente desenhado em sua face.

- Não sabemos.

- E também não importa, não levaram nada seu pelo menos; o que é surpreendente. Hermeas, mostre a ele o que trouxe.

Hermeas estendeu a mão na direção do chão. Uma luz azul clara saiu de sua palma. Depois de um clarão, uma bolsa apareceu no solo. Jenny a abriu e rapidamente pegou uma espada dourada de dentro. A lâmina do objeto era de ouro e a guarda possuía uma pedra brilhante no meio. Logo, a feiticeira também retirou uma armadura completa de dentro da bolsa. A armadura era feita de ouro cintilante; sólida, mas passando uma sensação de leveza e agilidade quando vestida. O mais próximo do que um nobre usaria normalmente; criada especificamente para Malkiur.

O príncipe vestiu a armadura, sentindo-se pesado, por mais leve que a vestimenta fosse para guerreiros normais. Segurar a espada era como segurar uma rocha; Malkiur não tinha nenhuma aptidão física para batalhar, muito menos habilidades para isso.

Jenny pusera a mão no rosto, envergonhada por Malkiur. Retirou-a e respirou.

- Por sorte temos o Agwen. Serão três contra um de qualquer forma. Só temos que descer lá na água e acabar com isso logo.

- Queria que fosse três contra um.

- Quê? Como assim: queria?

- A magia Abissal, Jenny, cria monstros; monstros esses que pegam habilidades mágicas de outros estilos de magias. Nesse caso, teremos criaturas do abismo formadas a partir da água. Ou seja: estaremos lutando com mais seres.

- Qual a chance de vencermos?

- Sessenta por cento.

- O quão pior isso ainda pode ficar? - disse, retoricamente.

- Não queira saber das porcentagens disso - respondeu Hermeas. - Espera...

- O quê? - questionou Jenny olhando ao redor.

- Estou sentindo uma presença - olhou para baixo e suas pernas tremiam; não por medo, mas por um pequeno tremor.

Depois, um estrondo foi ouvido debaixo da ponta do píer, fazendo todo o local estremecer.

Honrado: Além dos CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora