Capítulo 6 - Inocente iluminação

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A luz do luar brilhava sobre Jenny, enquanto seu corpo contorcia-se ao chão. O deus, que sentiu gratidão na batalha contra Agwen, não conseguiu sentir a mesma gratidão lutando contra a feiticeira; apenas pena e compaixão; como se lutasse contra uma criança; uma criança que queria provar que era mais forte que uma divindade.

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No chão, a feiticeira agonizava freneticamente. O Deus da Ordem virou-se para o que acreditava ser sua irmã, a encarando com um olhar sério. Porém, a entidade na corpo da deusa, respondeu-o com um olhar ameaçador.

- Irá se meter, Hermeas?

- Não sou sua irmã, deus.

- O que está dizendo? Eu sinto sua presença divina.

- A presença que sente é mais que divina, tente se esforçar um pouco mais para entender...

Oldrem entrou em posição de combate.

- É cósmica... É uma presença cósmica... - cerrou os olhos - Me desafie, aberração!

- Acho que alguém bem mais interessado quer lutar contra você - apontou para de trás do deus. - Olha só, ela vem com uma espada por de trás. Me parece desonroso atáca-lo assim; principalmente, estando desarmado como está.

Sofia estava levantada, com sua katana em mãos e com um olhar selvagem, desafiador e determinado para matar o deus. Oldrem, sem pensar, virou-se para ela e, rapidamente, estalou os dedos no ar, sussurrando: Nullun Locus.

O espaço entre eles foi apagado e Sofia foi puxada para cima do deus. Oldrem tentou aplicar um ataque com os dois dedos em direção do peito dela, entretanto, antes do impacto, ela segurou seus dedos e os dobrou para o lado, aplicando, em seguida, um soco em cheio no meio de seu rosto. Pelo impulso aplicado em Sofia, o golpe o fez ser lançado para o outro lado da rua.

Sofia considerou agir logo; correr e atacar o deus com toda sua fúria. Mas recordou-se de sua imprudência de antes, subestimando a divindade e sendo prepotente em combate. Ela relembrou das palavras de Malkiur, respirou fundo e apertou sua katana, firmando-a. Esperando o deus levantar-se.

Ela olhou para cima e viu três katanas caindo do céu, refletindo com as lâminas, a luz do luar em seus olhos. Oldrem, de imediato, levantou-se rapidamente e rolou para o lado; as katanas fincaram-se no solo. Ele havia fingido desmaio, pois esperava uma ação imprudente de Sofia. Impressionado, cutucou o lado direito da cabeça com o dedo indicador, dizendo, indiretamente, que Sofia foi inteligente naquela ação.

Concentrada, virou sua espada para a direita, refletindo a imagem do deus e da rua. Logo, apareceu ao lado de Oldrem, o surpreendendo e aplicando a ele um corte atrás da orelha, estendendo-se para baixo do maxilar. O deus se desestabilizou, caindo para a direita, em direção as três katanas que estavam cravadas no chão. Para não cair, apoiou-se sobre o cabo de duas das espadas; segurou-as e as tirou do chão; virou-se em cento e oitenta graus para a direita, bloqueando um ataque vertical vindo de Sofia com ambas as katanas colocadas na horizontal. Depois, começaram a impor forças para fazer o outro ceder. Oldrem estava bem calmo; olhar sério e focado no objetivo. Sofia estava expressiva, demonstrando sua persistência; mas com o passar do tempo, a raiva em querer vencer o empate, se tornava mais aparente.

Ela olhava nos olhos de Oldrem com as veias pulsantes e salivando um pouco pela boca. Mas, ao perceber a calma do deus, Sofia recordou-se da calma de Malkiur em combate. Ela relacionou ambas; lambeu seus lábios e posicionou as sobrancelhas ligeiramente inclinadas para baixo. De uma face de raiva, uma face focada e séria nasceu. Sofia estava tão calma quanto Oldrem.

Honrado: Além dos CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora