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Assobiava de olhos fechados enquanto caminhava despreocupado; pássaros cantavam ao seu redor em um belo coral e a estrada de terra já mudava-se para um caminho rochoso. Por não estar vendo, colidiu com algo firme a sua frente; Malkiur recuou pedindo desculpas e abrindo os olhos.
Um guarda, de braços cruzados, estava o olhando de cima. Sério, com um olhar que já dizia tudo para o príncipe. Ao lado dele, outro guarda aproximava-se. Desembainhou a espada e a pusera em frente a Malkiur, o pedindo para se afastasse de seu colega.
- Guerreiro, o que quer por aqui? Os portões do reino estão fechados por tempo indeterminado. Recue e volte de onde veio.
- Preciso falar com a rainha, tenho alguns assuntos de níveis catastróficos que ela precisa ter conhecimento.
- Quais seriam esses assuntos?
Hermeas pusera-se atrás de uma árvore próxima; o resto dos guerreiros acompanharam a deusa.
O príncipe cerrou o olhar e encarou-o de cima para baixo e debochou:
- Por acaso, você é a rainha? - o outro guarda arregalou os olhos. - Estou aqui para falar com ela e não com os seus escravos de batalha.
A lâmina da autoridade estabilizou-se, rapidamente, abaixo do queixo do príncipe.
- Me dê um motivo para não degolar você, aqui e agora! - firme e irritado, o guarda exclamava com fervor.
Novum Hyacintho Initio!
Enfatizou Malkiur em seus pensamentos. Uma aura azul o contornava e uma energia azulada emanava-se da barriga do guarda mais quieto.
Atrás das árvores, Sofia perguntou, ansiosa e preocupada, se poderiam intervir. Hermeas, interessada em qual seria o próximo passo de Malkiur, ordenou que esperassem.
Caiu em risadas, o guarda que permanecia calado com uma postura intimidadora, estava caindo na gargalhada. Seu colega questionou-se o que estava acontecendo, virando-se confuso.
A espada abaixou-se e Malkiur sorriu levemente.
- O que você fez com ele? - exclamou.
- Não sei, pergunta pra ele - sorriu e riu.
Ao passar por tantas risadas, o guarda começou a sentir dores entre os risos; colocava a mão sobre a barriga, empurrando-a contra a armadura. Dizia que algo fazia cocegas no seu intestino; sentiu algo alisando seu fígado; logo, essa coisa apertou-o. Ele gritou, repentinamente.
- Tem alguma... alguma coisa... dentro de mim - resmungou.
- Diga, forasteiro, o que fez com ele? - gritou, temendo ser o próximo.
Malkiur permaneceu em silêncio por um tempo. A situação do guarda estava piorando.
- Eai, o que vai ser, hein? - confiante, pusera as mãos na cintura.
- Tudo bem, deixarei você passar!
O que estava no intestino do guarda parou de o machucar; ofegante, deitou-se no chão, salivando com a boca aberta. O outro, ficou em choque, não entendeu o que aconteceu. Observando seu amigo ao chão, o guarda banhou-se com tamanho desespero e medo que mal conseguia olhar para o príncipe.
- Pode... passar - desistiu e engoliu seco.
- Pessoal, podem sair dai de trás! - exclamou aos guerreiros. Pegou a chave do bolso do guarda paralisado e prosseguiu reino adentro. - Caminho liberado! - alertou, levantando a mão para o alto, chamando-os.
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Honrado: Além dos Céus
FantasiDesvincilhou-se de uma vida pacífica após uma tragédia o mostrar que o mundo era cruel. Em busca do próprio caminho, o príncipe Gautar, vagou pelos confins do mundo para entender-se e compreender todo sofrimento que rondou seu passado. Auxiliou os c...