CAPÍTULO 16

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Pov SN

Acordo com o sol entrando pela janela do quarto, eu tinha me esquecido de fechar as cortinas, me levanto da cama resmungando baixo, vou até a janela e fecho a cortina. Quando ia me deitar novamente lembro que tinha que estar no celeiro as 7:00.

Olho meu relógio de pulso, ele tinha sido presente do Nick pra mim quando eu fiz meus 15 anos, vejo a hora, são 6:51, pego uma toalha na cômoda e minha roupa, vou pro banheiro, escovo meus dentes, tiro minha roupa e tomo um banho gelado de 5 minutos, como o relógio que Nick me deu é a prova de água não me importei em molhar ele. Saio do box do chuveiro, me seco, visto minha roupa, arrumo o cabelo e saio do banheiro. Olho o quarto e vejo que Jenna e Emma ainda estão dormindo.

Vou até minha cômoda, pego minha bússola, canivete, minha pistola e minha besta. Vou até a porta da cabana com a toalha em mãos, abro a porta, vou para fora e fecho a mesma, vou até o varal que tem na parte de fora de todas as cabanas e penduro minha toalha.

Olho o relógio novamente, 7:00 horas em ponto, começo a correr até o celeiro, chego no mesmo vendo Otto e mais uns 3 homens pegando os cavalos.

— Até que em fim, pensei que não viria — fala ele me entregando uma cela.

— São 7:02, eu atrasei 2 minutos — falei.

— Tudo bem, escolha um cavalo e coloque a cela nele, o cavalo que escolher será seu — fala Otto apontando para os cavalos em seus estábulos.

— Eu posso dar um nome para ele? — pergunto.

— Pode — fala Otto arrumando a cela em seu cavalo, o cavalo dele era marrom bem claro, meio caramelo, tipo café com leite.

Vou até os estábulos, observo alguns cavalos, mais um me chamou a atenção, ele era todo preto, seu pelo era liso, ele era grande e forte, e sua crina era grande.

— Aí garota, eu escolheria outro cavalo se fosse você, esse aí não deixa ninguém nem chegar perto — fala um dos homens da equipe de caça, ele era loiro, mas tinha cabelo raspado e olhos verdes, era bem magro e devia ter uns 1,70 de altura.

— Stuart, deixa a garota escolher qual cavalo ela quiser — fala Otto para o homem que aparentemente se chama Stuart.

Olho novamente para o cavalo, atravesso o porta de seu estábulo, quando tento me aproximar o mesmo bufa e se afasta, tento me aproximar novamente, mas ele tenta me dar um coice, ando para trás rapidamente saindo do estábulo e caindo.

— Tá tudo bem? Pode escolher outro cavalo — fala Otto me ajudando a levantar.

— Tá tudo bem, eu consigo — falo me aproximando mais uma vez.


Me aproximo mais uma vez do cavalo que apenas me olhava, olhei em seus olhos, eram escuros como uma obsidiana, eles tinham um brilho, mas esse brilho estava ofuscado, pelo medo.

— Esse cavalo, qual história dele? — pergunto ainda dentro do estábulo.

— Ele tinha um dono, esse dono se chamava Foggs, ele era meu amigo, numa expedição há 8 anos atrás, o encontramos, estava debaixo de entulhos extremamente machucado e com medo, Foggs foi o único que conseguiu se aproximar do mesmo. Há 5 anos atrás saíamos em uma caça, Foggs tinha uma irmã, ele também ia as caças e expedições, mas nessa caça em particular fomos a uma cidade, mas nessa cidade havia um ninho de monstro rastejantes, a irmã de Foggs ficou presa em um prédio cheio de monstro, Foggs foi atrás da irmã, e não voltou nenhum dos 2. Desde então o cavalo não deixa ninguém se aproximar dele — explica Otto calmamente.

— Certo, olha só carinha, tá tudo bem, não vou machucar você, sei que deve sentir falta da única pessoa que você confiava, sei que não sou o tal Foggs, mas eu prometo que você vai ficar bem, tudo vai ficar bem, tá bem — falo me aproximando lentamente do cavalo, que não se afasta, logo consigo fazer carinho na sua cabeça, então ele se aproxima de mim, me permitindo fazer carinho em sua mandíbula.

— Incrível — Otto sussurra, mas eu consigo ouvir.

— Vou te chamar de... Pé de pano, eu sei que é muito ruim, mas é em homenagem ao cavalo do Pica-Pau — falo sorrindo enquanto fazia carinho em sua crina.

Coloco a cela no pé de pano ainda dentro do estábulo e o trago para fora, assim que saio do estábulo, os homens da equipe de caça pegam seus cavalos e os guiam para fora do celeiro. Assim que saimos do celeiro eles montam em seus cavalos.

— O que foi? — pergunta Otto me vendo parada do lado do cavalo.

— Eu percebi que... Eu não sei a andar a cavalo — falo abaixando a cabeça.

— Tá falando sério? — pergunta Otto me olhando incrédulo.

— Sério, eu nunca andei a cavalo, mau os via, quem dirá andar em 1 — falo.

— Tudo bem, não tem problema, eu te ensino — fala Otto descendo de seu cavalo.

— Primeiro passo é aprender a montar — fala deixando seu cavalo com Stuart e vindo até mim.

— Tá, é uma pergunta idiota, mas como que monta? — pergunto o olhando.

— Tá vendo esse... Tipo um pedal, ele é o apoio pra você subir no cavalo, você pisa nele pra se apoiar e com sua mão agarra a corda de condução do cavalo, mas tem que ter cuidado pra cela não virar — explica Otto.


— A cela pode virar? — pergunto o olhando preocupada.

— Pode, mas não se preocupa... Olha, você já andou de bicicleta? — pergunta, eu apenas concordo com a cabeça.


— Então imagina que você tá montando numa bicicleta mais alta — fala Otto.


— Esse conselho foi péssimo — falo rindo de nervoso.

— Só respira fundo, vai dar certo, confia — fala Otto, respiro fundo e faço o que ele mandou, pé no apoio e mão na corda, logo subo no pé de pano.

— Eu consegui... AI MEUS DEUS — solto um grito assim que o cavalo anda um pouco pra frente.

— Tá bem, agora presta atenção na condução, pra você fazer o cavalo andar você pode dá um cheirinho de leve nele ou da uma batidinha com corda, se você vira a corda pra direita ele vai pra direita e vice versa, se você quiser parar basta puxar um pouco a corda pra trás, e se você quiser correr é só você bater com as cordas um pouco forte, mas uma força controlada, entendeu? — explica Otto pra mim.

— Acho que sim — falo um pouco nervosa.

— Então da uma andada com ele — fala Otto se afastando um pouco.

— Uma andada? Tá bom — falo dando leves batidinhas no pé de pano, logo ele começa a correr rápido.

— AI MEU DEUS.... EU VOU MORRER.... PUTA QUE PARIU.... PARA... PÉ DE PANO — grito enquanto pé de pano corria descontrolado, puxo as cordas pra trás e pé de pano finalmente para.

— Aí meu deus, eu te odeio, eu te odeio cavalo, seu sem coração — falo com a mão no peito.

— Tudo bem aí? — pergunta Otto se aproximando.

— Olha só... Tirando o fato de eu ter quase infartado, tá tudo bem — falo pro mesmo que concorda com a cabeça.

— Acho que você precisa de uns dias pra se acostumar a andar de cavalo, quando se acostumar você participa das caças e talvez expedições — fala Otto, apenas concordo descendo do pé de pano.










An apocalypse and a love (Jemma and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora