CAPÍTULO 4

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Pov SN 2012, duas semanas depois

Beleza, fazem duas semanas que eu fugi da minha cidade, até agora tava tudo bem, porém surgiu um problema, acabou a comida e estamos quase no verão, ou seja, todos os monstros saíram de suas tocas e eu descobri recentemente que bem em baixo de um prédio do lado do mercado tem um ninho, ainda não identifiquei do que, mas não posso ficar aqui e descobrir na prática.

Como era primavera os monstros saiam pouco, agora no verão eles sairão aos montes, é a época mais difícil de sobreviver, com o passar de 2 anos, cada espécie de monstro foi encaixado a uma classe e recebeu um nome.

Existem 4 classes, os rastejantes: aqueles que andam sobre a terra e vivem a espreitas em cavernas e arbusto, e na maioria das vezes se locomovem rastejando. Os mergulhadores: eles ficam na água, alguns conseguem se locomover na terra, outros não. Os voadores: eles raramente são vistos, eles voam em bandos, só aparecem pra caçar, e quando caçam são animais normais, porém por serem grandes precisam de animais de grande porte, como as vacas, bois, porcos, capivaras, etc, é raro quando eles atacam humanos. E por último mas não menos importante os adentores: eles vivem de baixo da terra ou areia e se locomovem rápido, são os mais perigoso já que se camuflam no solo.

Nesse momento estou a caminho de uma nova cidade, em busca de comida, não posso me acomodar em um lugar por muito tempo, seria muito perigoso, estou atravessando a avenida quando vejo um libronn, um rastejador com aparência de louva-deus, assim que o vejo evito fazer barulho, mas acabo chutando uma latinha de refri vazia.

— Puta merda — sussurro pra mim mesma assim que ele olha pra mim.

Ele se rasteja até mim lentamente, quando está perto o suficiente ele começa a me cheirar, ele me olha nos olhos e logo passa reto, eu não via esse tipo de olhar fazia 2 anos, um olhar que tinha mais temer do que maldade.

Depois desse meu breve encontro com aquele rastejador, sigo meu caminho em busca da saída da cidade para encontrar mais civilização, estava indo pela sombra, já que era 12:56 e o sol estava bem encima da minha cabeça.

Meu objetivo principal é achar algum estabelecimento próximo, se não me engano a um na direção noroeste, pego minha bússola e vou para o noroeste.

*QUEBRA DE TEMPO*

O sol estava se pondo, já eram 18:45, olho mais adiante avistando um posto de gasolina, vou até o mesmo e adentro na loja do posto, enquanto passava as prateleiras procurando por algo de comer escuto um barulho de vidro caindo no chão, me viro rapidamente vendo 3 homens a minha frente.

Um dos homens era loiro, tinha olhos verdes e tá alto, chutaria 1,85, o outro era moreno, olhos castanhos e barba rala, deveria ter uns 1,80 de altura, o terceiro parecia ser o mais velho dos 3, ele era o mais baixo, parecia ter uns 1,75, tinha cabelos cinzas, como se estivesse na fase do começo dos cabelos brancos e tinha a barba rala também.

Quando o loiro tenta se aproximar rapidamente pego minha arma e aponto para o mesmo.

— Ei, ei, calma aí garota, abaixa essa arma — fala o loiro.

— Quem são vocês? — pergunto ainda apontando a arma para o loiro.

— Abaixa a sua arma, aí conversarmos — ele fala devagar.

— Primeiro quero que vocês tirem as armas da cintura e joguem longe, aí eu penso — falo me referindo aos 3 a minha frente.

— Tudo bem, gente larguem as armas — pedi o loiro aos seus parceiros enquanto tirava a arma da cintura e jogava longe, os 2 atrás logo fazem o mesmo.

— Podemos conversar agora? — agora quem pergunta é o moreno.

— Tá, mas mantenham distância — falo e eles permanecem no lugar.

— Tá bem, qual seu nome? — pergunta o loiro.

— Falem o de vocês primeiro — falo para o loiro.

— Eu sou Nick, Nick Lopez, aquele ali é o Marcel Linnins e seu irmão mais velho Roger Linnins — fala apontando para o moreno de depois para o de cabelo acinzentado.

— Eu sou SN, SN Lynes Jones — falo pra eles.

— Bem, prazer SN, nós estávamos aqui no posto quando você chegou, o que está fazendo aqui? — pergunta Nick pra mim.

— Eu fugi da minha cidade — falo o olhando.

— Qual era o tipo da sua cidade? — pergunta agora Marcel.

— Cidade de recrutamento — digo os fitando.

— Onde estão seus pais? — pergunta Roger.

— Eles morreram a 2 anos — falo agora encarando Roger.

— Sinto muito — fala Nick.

— Como conseguiu essa arma? — pergunta mais uma vez Roger.

— Orfanato 1 — falo simples.

— Tem quantos anos? — pergunta Marcel.

— 12 anos — falo.

— Eu te daria parabéns se fossem outras circunstâncias, poucas crianças entram pra elite — fala Marcel.

— Por que fugiu da sua cidade? — pergunta Nick.

— Odiava aquele lugar, as pessoas de lá me enojam — digo indiferente.

— Chega de perguntas pra mim, e vocês, tem quantos anos? De que cidades vieram e por que estão aqui? — pergunto pra eles.

— Eu tenho 27, o Marcel tem 24 e o Roger tem 34 — responde Nick.

— 34 e já tá com cabelo branco? — falo pra Roger.

— Genética — responde indiferente.

—  Tá, de que cidade vieram? — pergunto novamente.

— Cidade de civis — responde Marcel.

— Vocês tem alguma doença, incapacidade ou algo do tipo? — pergunto a eles.

— Não, é só que, em alguns casos você não precisa estar doente, você só vira última opção entende? — fala Marcel.

— Por que fugiram? — pergunto.

— As condições de uma cidade civil não são melhores, principalmente em segurança — fala Marcel.

— Muitas pessoas estavam morrendo na nossa cidade, decidimos nos tornar independentes e explorar o mundo, e ter a minina chance de sobrevivência — fala Roger.

— Até agora nós saímos bem nisso — completa Nick.

— Entrando — falo terminando de raciocinar.

— Olha, nós não vamos machucar você, se quiser pode ficar conosco até o amanhecer, já está anoitecendo — fala Nick calmo.

— Acho meio difícil vocês me machucarem, não confio em vocês, mas também não confio na noite, vou ficar aqui — falo pra eles.

— Tá bem, temos um pouco de comida, se quiser pode pegar em cima do balcão, e também tem garras de água no balcão, o chão não é tão confortável mas dá pra dormir, tem coberta ou precisa de alguma? — explica Marcel rapidamente e me faz uma pergunta.

— Tenho uma coberta, obrigada — falo a última palavra baixo, não costumo agradecer as pessoas, já que ninguém nunca faz nada por mim.

Vou até o balcão e como uma comida enlatada e algumas carnes ressecadas e bebo um pouco de água, depois de comer vou até uma pequena salinha do estabelecimento e deito pra poder dormir um pouco, não sei porquê, mas sinto que posso confiar neles.

An apocalypse and a love (Jemma and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora