Em Um piscar de olhos

ela me ...

- Eu já te disse que ela só te acompanhou por controle. - Chompu disse, caminhando até seu sofá e se sentando. - Mulher tem disso: Te dá asas só para ver até onde você pode voar, mas se ela ver que você voou demais ela corta suas penas.

- Não. A Charlotte não! - Engfa repetiu pela terceira vez, sentindo seus olhos começarem a piscar mais rápido do que o normal, algo que não aconteceria por raiva muito tempo.

- Vejo que se estressou. - Chompu disse surpresa, colocando uma almofada em suas pernas. - Como vai a recuperação, falando nisso? - Ela perguntou, se inclinando para pegar e acender o beck que deixara sobre a mesa de centro de sua casa.

- Bem. - Engfa disse, a olhado receosa. Onde estão os livros? - Perguntou olhando em volta.
- Primeiro experimente isso. - Chompu disse, puxando a fumaça antes de soltá-la no ar e esticar a mão para Engfa. - Vai acalmar você como nada.

- Não, obrigada. - Engfa disse e Chompu riu.

- Charlotte não deixaria, não é? - Engfa apenas a olhou seriamente sem dizer nada. - Vamos, prove! Você vai gostar e isso ainda dá um tesão imenso. Você vai querer correr para sua namorada após isso e ela vai amar o resultado, confie em mim.

Engfa olhou para a mão de Chompu confusa. Deveria?

[...]

- Charlotte, você não vai acreditar.. - Max disse animado assim que viu Charlotte chegar em casa.  - Arrumei um serviço na minha área que vai pagar o dobro do que eu deveria ganhar.
- Charlotte o olhou e sorriu, vendo o garoto correr e abraçá-la.

- Parabéns, cabeça de vento. Estou orgulhosa.
  - Charlotte disse e Max se separou do abraço, a olhando confuso.

- O que houve? - Ele perguntou franzindo o cenho.

- Nada. - O olhar dele a fez suspirar. - Só pensei que passaria o dia com a Engfa. - Charlotte confessou. - Passei a manhã inteira em uma livraria. Comprei a saga de livros preferida dela e ia fazer uma surpresa, mas ela tinha compromisso. - Max suspirou e Charlotte sorriu fraco. - Sou uma mimada, eu sei.

- Talvez um pouquinho. - Ele disse rindo.

Charlotte soltou um gritinho agudo quando sentiu seu corpo ser levantado por Max e ser jogado em suas costas.

- Adoro ser forte. - Ele disse rindo.

-Me solta! - Charlotte gritou rindo e ele negou.
  - Não. Vamos até a cozinha conversar lá.

- Te odeio! - Charlotte disse, dando alguns tapas nas costas dele.

- Não tem tamanho para odiar ninguém. - Ele zombou.

- Falou o "pinto pequeno". - Charlotte debochou e  caiu na risada.

- Olha aqui piveta.. mais respeito com ele. Ele tem sentimentos. - Max disse, colocando Charlotte sobre a bancada e passando os braços ao redor da cintura dela. - Agora me escute...

- Não! - Charlotte disse tapando os ouvidos. O olhar sério dele a fez deixar seus ombros caírem e finalmente ouvir.- Ela te ama. Não fez por mal.
  - Max disse e Charlotte assentiu.

- Eu sei. - Charlotte disse sorrindo fraco.

- Estou orgulhoso de você, sabia? Namorando, formada, sensata, três dias sem levar um tombo. - Charlotte riu e negou com a cabeça.

- Dois. - Ela disse e ela a fitou. - Escorregão no banheiro. - Ele riu e assentiu.

- Você sabe que posso ser idiota  por cento das vezes, mas eu nunca vou me esquecer o que fez por mim. - Ele disse. - Você me colocou aqui dentro sem nem me conhecer direito e ainda não me cobrava aluguel, tirando do seu bolso, porque sabia que as coisas estavam difíceis para mim.