Natal

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Vamos maratonar?  Esses vão Para aniversáriante do dia.😉

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Mamãe, eu posso pedir algo de presente de Natal? - Engfa perguntou, fazendo sua mãe lhe fitar.

- Querida, não posso comprar mais nada, já é quase meia noite. - Sua mãe informou enquanto comia.

- Não, mamãe. Não é nada que precise comprar.

- Então diga, querida.

- Posso mostrar meu quarto para a Char? O James está aqui hoje, ele pode me levar lá em cima. - Charlotte, que limpava o canto de sua boca com o guardanapo olhou surpresa para Engfa.

- Eu fiz certo em não comer nada durante o dia. Isso aqui está uma delícia. - Max mencionou, alheio às pessoas na mesa.

- Já terminaram de comer, uhm? Então sim, querida. Podem ir. - Ruth disse, chamando James no momento seguinte. - Charlotte, só se certifique de descerem antes da meia noite para abrirmos os presentes.

- Pode deixar comigo. - Ela disse, vendo James adentrar a cozinha e começar a empurrar a cadeira de Engfa até a escadaria da sala. A garota se levantou e viu Heitor sussurrar algo que a fez enrubescer:

- Tchuneves. - O rapaz sibilou sem que a mãe da garota pudesse ver. Ele ergueu seu corpo, simulando uma investida em alguém e logo tremeu os dedos no ar, como se estivesse masturbando uma mulher.

Charlotte ignorou a ação estúpida e indecente de seu amigo, até porque sabia que ele estava apenas brincando, e seguiu Engfa e James, pedindo licença antes de sair da cozinha. O homem embalou Engfa nos braços e a levou escada a cima, a colocando na cadeira de rodas que tinha no piso superior.

- Obrigada, deixa que daqui  eu consigo.
- Charlotte disse gentilmente, fazendo o homem assentir e voltar para a sua refeição.

- É na última porta, Charlotte. - Engfa explicou, apontando para o fim do corredor.

- Sim, senhora. - Charlotte brincou, rindo.

- É senhorita, Char. Eu não sou casada. Engfa disse e Charlotte riu, chegando ao fim do corredor.

Engfa empurrou com a mão a porta branca e os olhos de Charlotte se encantaram com o que viram. Haviam pequenas fadas de gesso para todos os lados. Sobre sua cama havia, as que se sustentavam por um pequeno fio de Nylon transparente, dando a sensação de que voavam. O tilintar dos metais pendurados que se esbarravam pelo vento que provinha da janela aberta soou como melodia para Charlotte. A sensação de que havia entrado no mundo do Peter Pan, no mundo dos sonhos, era bem real.

- O seu quarto é incrível. - Charlotte comentou completamente hipnotizada com tudo.

- Eu gosto muito de fadas. - Ela confessou, entrelaçando seus dedos com os de Charlotte quando a maior parou ao seu lado. - Você se parece com elas. - O pescoço de Charlotte, na mesma hora, se virou de encontro com Engfa, surpresa demais ao ouvir aquilo.

- Pareço? - Perguntou, vendo Engfa assentir e puxar seu braço. A maior entendeu o recado e se inclinou, colocando as duas mãos, uma de cada lado, no apoio braça da cadeira de rodas
de Engfa.

- Sim. - Engfa disse, levando sua mão aberta até o rosto de Charlotte e acariciando. - A sua pele é macia igual a delas parece ser. - Disse pondo toda a atenção de seus olhos nos traços de Charlotte.

- E você é fisicamente delicada e meiga igual elas.

- Uau. - Charlotte sentiu-se completamente lisonjeada.

- E sua voz é suave. - Disse suspirando.- E os seus olhos são cativantes. Você só não tem asinhas, mas eu acho que você cortou elas para enganar todo mundo. - Disse franzindo o cenho. - Sabe mais o que eu acho, Char?

Em Um piscar de olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora