Sentimentos Fortes

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Na sede da Bonten os membros oficiais estavam reunidos na mesa, bebendo uísque e jogando poker, exceto Kokonoi, que estava em uma mesa de bilhar competindo contra Draken e Shinichiro.

Assim que Sanzu e S/N chegaram na sede, cumprimentaram todos, e como de costume, Sanzu se sentou na mesa dos oficiais, deixando S/N acomodada em seu colo.

—O casal mais lindo do mundo está aqui. — disse Ran sorrindo.

—Eu não acredito que o Sanzu é tão possessivo a ponto de fazer você usar coleira. — disse Takeomi.

—Isso tudo é inveja por não ter uma gatinha usando uma chocker com o seu nome? — disse Sanzu em tom provocativo. —Que pena Take.

Takeomi se levantou da cadeira e ergueu a mão, S/N segurou o pulso dele e disse:

—Se você encostar um dedo no meu Sanzu Haruchiyo, você vai conhecer o Robson e a Gertrudes!

Sanzu e Takeomi franziram a testa.

—Quem são esses? — disse Takeomi.

—É o tijolo que o Ran me deu e o cabo de vassoura. — disse S/N ainda segurando o pulso dele firmemente. —Se você não quer levar uma danificada na cabeça pelo Robson, e não quer ter o seu traseiro danificado pela Gertrudes, eu sugiro que você não encoste um dedo no Sanzu.

Todos em volta ficaram surpresos, assim como os irmãos Haitani que aplaudiram e Ran disse:

—Não me arrependo nem um pouco por ter te presenteado com o Robson. — ele disse rindo.

—Eu uso ele em ocasiões especiais Ran. — disse S/N sorrindo.

Assim que ela soltou o pulso do Takeomi, ele revirou os olhos e disse:

—Vou pegar uma bebida. — ele disse e olhou para ela sério.

—Amor, que história é essa de que o Ran te deu um tijolo?! — perguntou Sanzu.

S/N sorriu e disse:

—Eu falo ou você fala Ran?

O Haitani mais velho apoiou os cotovelos na mesa e disse:

—S/N me disse uma vez que temia caso o Kisaki ou outro homem fizesse algo para ela, então eu dei o tijolo para ela. — ele disse e piscou para S/N. —Não sei se ela já usou ele alguma vez, más Robson é um artefato de proteção.

—Fala sério Ran, você está transformando a minha mulher em uma delinquente violenta também. — disse Sanzu rindo.

—Cara, ela faz parte da família Bonten.disse Rindou. —Nosso dever é cuidar dela também.

—Rinrin tem razão. Respeitamos muito a S/N, a Bonten ao contrário do que muitos podem pensar, não é um local onde se desrespeita as mulheres e sim um local onde a protegemos.

S/N sorriu ao ouvir aquilo, Sanzu também.

—Se eu não estiver por perto, protejam a minha garota. — disse Sanzu dando um beijo no ombro de S/N.

Os irmãos Haitani piscaram para Sanzu e depois sorriram.

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No bar, Kakucho se encontrava sozinho, bebendo seu uísque misturado com vodka, estava brincando com o seu canivete que ele rodava sob o balcão.

Teve sua atenção desviada quando Inui se sentou ao lado dele e disse:

—Tá na seca ainda Kaku?

—Eu tô bem sozinho. — ele disse e sorriu. —Eu acho que é melhor assim, afinal não preciso me preocupar em ter que pedir mil desculpas após uma briga ou dar presentes no dia dos namorados.

—Sinto que não é isso que o seu coração sente e quer Kaku. — disse Inui e sorriu. —Você ainda gosta da Akashi mais nova né?

—Que besteira. Eu nunca gostei dela.

Kakucho sabia que estava mentindo para si mesmo, de fato ele ainda amava muito a Senju, a Akashi mais nova que ele queria muito em seus braços, más sabia que se antes isso já não era possível, agora muito menos, pois ela era casada com Wakasa.

—Cara, fala a verdade, você ainda tem sentimentos por ela. Está na sua cara isso. — disse Inui olhando para ele.

—Fica entre nós dois aqui Seishu. — disse Kakucho e olhou para ele. —Eu ainda gosto da Senju, ainda guardo sentimentos por ela e me sinto arrependido demais por eu ter feito ela e Wakasa brigaram por causa que eu queria ter ela nos meus braços. — ele disse e olhou o seu reflexo no canivete. —Senju é muito mais feliz com o Wakasa, e eu fico feliz por isso. Acho que ela jamais seria feliz comigo.

—Porque você acha isso?

—Wakasa tem a aparência perfeita, parece que ele foi desenhado assim, já eu... tenho um olho de cada cor e possuo essa cicatriz horrível na minha cara. Senju merece uma pessoa perfeita e sem defeitos, ela é delicada como uma boneca, merece um homem do mesmo jeito para fazer par com ela. — ele disse e se levantou do banquinho. —Quero que Senju seja feliz, mesmo sendo sem mim.

Inui tentou dizer algo más Kakucho saiu da sede e foi até o estacionamento, montou em sua moto e se olhou no reflexo do retrovisor, ele não gostava da sua aparência, tinha a impressão de que o motivo de ele estar sozinho era por causa dela.

Ligou a moto e deixou a sede, sem se despedir e sem falar com ninguém, seguiu rumo a um caminho da qual ele fazia algumas vezes.

Quando chegou no local, estacionou a moto e olhou em volta e pulou o muro baixinho, e se aproximou de uma janela aberta coberta por uma persiana, ele abriu um pouco entre as frestas da persiana e ali viu ela, a Akashi mais nova que bailava ao lado do Wakasa enquanto a música "A Thousand Years" da Christina Perri tocava.

Senju sorria enquanto dançava com Wakasa, Kakucho sentiu uma lágrima escorrer em seu rosto, ele amava demais aquela garota, e doía muito ver ela nos braços de outro homem.

No final da música, Wakasa a pegou no colo e a girou e por fim fez algo que Kakucho sempre queria fazer más nunca seria possível, beija-la.

Hitto se afastou da janela e voltou chorando até a sua moto, deu partida e seguiu rumo até a sua casa.

"Por que você está chorando seu idiota? Ela nunca vai ser sua! Ela está feliz nos braços do Imaushi!"

As lágrimas quentes ficavam frias por causa do vento, e Kakucho secou elas com a mão esquerda e seguiu caminho até a sua casa.

Nunca teve a oportunidade de ter Senju, por mais que ele tentasse.

Meu Haruchiyo (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora