Chapter 11

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Katherine Donovan

Analisei o anel que estava em minha mão e percebi que o objeto era feito de prata. Não sei porque eu ainda me surpreendo, vindo de uma caçadora, é claro que esse objeto poderia ser usado contra a Juliette, caso fosse preciso, mas tenho certeza que não será necessário.

— Prata? - Juliette perguntou enquanto encarava o anel.

— É sim. - Confirmei e logo em seguida guardei no bolso do uniforme. — Mas eu não vou precisar usar.

— Tem certeza? - Ela me olhou com atenção. — Eu posso tentar te machucar de novo.

— É, mas não vai. - Respondi de forma confiante, tentando demonstra que eu ainda confiava nela.

Apesar de tudo que aconteceu, o que Ben me falou sobre Juliette estar apaixonada por mim desde que nos conhecemos, ainda martelava em minha cabeça. Eu queria descobrir mais, saber mais sobre esse sentimento que ela tem por mim. E para isso, Juliette tinha que confiar em mim.

Como achei que o assunto tinha se encerrado ali, me virei para sair de lá, pensando que ela também me acompanharia, já que ainda temos algumas aulas antes de acabar o dia, mas senti sua mão tocar o meu braço assim que dei o primeiro passo para longe dela. 

Aquele toque me causou um arrepio, nem tinha percebido o quanto as mãos dela eram frias, talvez seja uma característica comum dos vampiros mas... As mãos de Elinor não eram frias, então porque as de Juliette estão frias?

— Eu quero que saiba... - Ela desfez o toque assim que viu meu olhar sobre sua mão. — Eu me arrependo de ter te machucado ontem, será que poderia me perdoar?

— Sabe... Tudo que eu descobri sobre os vampiros, me fizeram acreditar que eu jamais deveria confiar em um. - Comentei e percebi um olhar triste da vampira. — Mas...

Na mesma hora, Juliette me olhou de forma curiosa e esperançosa, me fazendo soltar um pequeno sorriso no canto dos lábios. 

— O que mais me dói é ter que ficar longe de você. - Dei de ombros, aceitando que perdoá-la era o melhor caminho a seguir. 

— Obrigada, obrigada! - Juliette deu um pequeno grito de felicidade.

Quando menos esperei, fui surpreendida por um abraço da garota, Juliette tinha pulado em cima de mim, me puxando para um abraço apertado. Suas mãos, que antes estavam frias, agora estão quentes, a mudança rápida de temperatura me impressionou, tenho que perguntar sobre isso depois. 

Passei meus braços ao redor da cintura dela, retribuindo aquele abraço, fiquei feliz em ver que ela estava feliz. Apesar de sempre criticar personagens que sempre acabam perdoando aquele que as fez mal, parece que estou fazendo a mesma coisa, mas não é certo comparar Juliette com um deles, ela me parece tão... Inofensiva.

— Temos que ir para a aula agora. - Falei enquanto Juliette ainda estava abraçada em mim.

Após me responder com um som anasalado, separamos aquele abraço e andamos para fora daquele telhado. Ao chegarmos dentro da escola, analisamos todo o corredor e percebemos que não tinha ninguém lá, nem mesmo o diretor. Todos estavam em suas salas de aula, o que vai ser bom para a gente.

— Está vazio? - Juliette me perguntou, pois eu quem estava olhando para os corredores.

— Sim, podemos ir agora. - Falei e virei o corredor.

Eu estava verificando cada corredor antes de entrarmos nele, tudo parecia estar tranquilo, mas no meio do caminho acabei me separando com o diretor da escola virando o corredor bem na nossa frente.

Um tipo diferente de monstro - Juliette FairmontOnde histórias criam vida. Descubra agora