Nunca me senti tão trouxa. Pelo menos, não que eu me lembre.
Eu sorrio pensando nele, sorrio vendo ele, sorrio quando falam dele, sorrio das vergonhas que a mãe e o tio dele falam, sorrio quando vejo que ele mandou mensagem, sorrio pro vento quando se trata dele.
Eu fico ansiosa por uma nova mensagem. Me sinto confortável quando estamos sozinhos conversando, os assuntos são sempre bobos, constrangedores, aleatórios e até esquisitos pra quem vê, mas são tão bons...
É fácil conversar com ele, e é bom.
Eu gosto de quando ele sorri, me contando a mesma história quinhentas vezes, e de como eu sempre rio como se fosse a primeira.
Eu gosto de como ele me trata com carinho, de como se preocupa comigo, de como a gente se diverte junto.
Eu gosto dele, mas ele ainda não sabe disso.
Na verdade talvez saiba. Eu acho que todo mundo já sabe. Eu nunca fui boa em esconder esse tipo de coisa, e pra falar a verdade eu não tô nem tentando esconder isso, porque eu quero levar adiante.
Eu me sinto tão trouxa e patética quanto um poema bobo que eu mesma escrevi.
Eu acho que estou caindo em uma armadilha, mas talvez eu seja trouxa o suficiente para encarar o abismo com olhos inocentes e pular como uma criança em uma piscina de bolinhas.
Eu tinha medo de pula-pula quando criança, essa foi minha melhor comparação.
(10 de Outubro de 2023)
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De: mim, para: mim (e qualquer um que queria ler)
No FicciónMeu nome é Heloiza Marques ou Átilla Oliver (pseudónimo de autora), sou uma garota de 16 anos atualmente (2023). De um tempo para cá muitas coisas aconteceram comigo, e tive vontade de escrevê-las, então decidi criar uma espécie de "autobiografia" p...