🍻Prólogo - O Número 1🍻

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💙Jeon Jungkook💙

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💙Jeon Jungkook💙

O número 1 sempre foi o meu número favorito, não só pelo fato desse ser o dia do meu aniversário, mas porque ele sempre vinha primeiro, acima dele só o zero e o zero não é nada.

No dia 1/09/1992, (sim eu sou preguicoso e não irei escrever por extenso como manda a gramática). O nove deveria ser o número da sorte por aparecer mais, entretendo, eu não sou o maconheiro nessa história, logo não posso marolar mais do que isso.

Eu nasci às 14:15, Um menino lindo e sortudo que nasceu na parte da tarde, bem no centro de Busan, eu não era rico, só tinha sorte. Busan era linda, foi o que minha mãe me contou já que meu pai recebeu uma proposta para nos mudarmos para New Jersey, eu tinha meses, que bebê de meses lembraria de como era sua antiga casa?

Minha mãe trabalhava como gerente em um escritório, eu nunca me interessei, só achava legal como as crianças imaginavam minha mãe trabalhando, era como se ela fosse secretária do presidente.

[...]

Crescer em Cape May era como naqueles filmes em que o protagonista já começa falando que nada acontece e o quão morta era a cidade, Cape May era linda, mas previsível, todo mundo se conhecia, qualquer morador novo já chegava sendo interrogado.

Quando os Park's chegaram, todo mundo já sabia de tudo, de onde vieram e o porquê, a fofoca começou na igreja. O senhor Park era alegre e cumprimentava todos, seu inglês era bem ruim, mas sua mulher parecia sempre pronta para salvá-lo de falar besteira, a senhora Park era doce e amada por todas as mulheres da cidade.

Agora Park Jimin, eu ouvi na igreja de que ele era mudo, também ouvi que ele era autista, eu nem sabia o que era essa palavra na época, mas as senhoras falavam com tanta pena que achei que era um tipo de câncer, o menino ia morrer a qualquer momento e por isso não falava com ninguém. Durante os anos eu descartei ess ideia, principalmente quando perguntei a minha mãe se autista era um tipo de câncer, já havia passado anos e o menino não tinha ficado careca e nem batido as botas, pelo contrário, matou a avó primeiro.

Mamãe me explicou e eu percebi que além de burras aquelas velhas da igreja eram exatamente os demônios que o padre orava para expulsar, pelo que parecia aqueles demônios eram espiões.

Quando a senhora Park mais velha se tornou extinta, todo mundo ficou triste, eu não, mas mamãe falava isso direto, então eu acreditei que eu estava triste também, só não sabia. Talvez minha tristeza tivesse camuflada pelo resfriado que peguei, o negócio ficou brabo, verde era a cor mais quente nesse caso, toda vez que ele saía de mim o meu nariz parecia ferver.

Minha mãe passou a noite preparando a sua famosa torta, e não me deixou comer nem um pedaço, eu iria me vingar e comeria toda ela só de vingança, mas quando chegamos na casa dos Park's foi que meu mundo caiu.

A toalhinha que minha mãe deixou comigo para eu assoar o nariz havia sumido e ela havia brigado comigo porque eu não havia penteado o cabelo, mas eu penteei, tentei fazer o penteado da banda de haevy metal que encontrei nas coisas do meu pai. Eu fiquei triste e magoado, mas também estava explodindo de raiva, principalmente quando eu vi o Park chinchila correr para debaixo da mesa com a minha torta.

[...]

- Essa torta é minha. - falei, eu queria chorar, mas papai falava que chorar era fraqueza, então teria que me contentar com os soluços.

- Ei, esse é o meu esconderijo, procure o seu. - Ele disse, com certeza julgando até o meu passado, estava com os olhos semicerrados, parecia que estava de olhos fechados, ele era bem gordinho, tudo estava inchado ali.

- Você roubou minha torta. - Desculpe papai, eu era um fraco, em segundos estava chorando como um bebê, aquele garoto me dava medo, mas eu queria a minha torta. A chinchila gordinha tapou minha boca tão forte que achei que era um tapa, mas logo depois retirou olhando para mim com nojo.

- Você é nojento, super choque. - Sua mão estava cheia do catarro verde que minha toalhinha deveria limpar e isso era nojento, que doido coloca a mão na meleca de outra pessoa? Bom, eu não sei, mas não respondi por mim quando ele o limpou em minha roupa de igreja.

- Não faça isso, eu tenho nojo. - Avisei antes de todo o meu almoço subir e eu vomitar dentro da bendita torta, naquele momento era como se o mundo tivesse acabado, tudo ficou cinza e eu vi que nem para ser um bom vilão eu conseguia.

Não foi nada legal quando a torta vomitada voou em meu rosto, não é uma cena bonita de descrever, mas eu parecia mais uma cachoeira embaixo da mesa, uma cascata de chocolate, mas sem ser de chocolate. Aquele Park não tinha câncer, mas eu desejei que tivesse quando fez aquilo.

Mamãe me Arrastou debaixo da mesa quando todos ouviram o meu choro alto, e me bateu até eu chegar em casa, todas as crianças que estavam ali riram de mim, me chamaram de vários nomes ruins como: pistola de vômito; Buliguloso, e de coelho fedido, o ladrão de torta.

Eu não tinha muitos amigos, mas eu definitivamente gostava mais de quando me chamavam de xingling, eu só tinha cinco anos, mas desejava que quem tivesse câncer fosse eu.

Foi naquele dia que conheci Park Jimin, não que eu não soubesse quem ele era antes, mas percebi que ele não tinha doença nenhuma, ele só era uma péssima pessoa e por isso sempre ficava sozinho, talvez ele fosse possuído, acho que quando se é uma criança possuída as pessoas têm a obrigação de perdoar todos os atos né?

Quando eu fiquei melhor do meu resfriado, mamãe me levou para a igreja e lá eu decidi me confessar, contei ao padre que estava com raiva do Jimin.

- Padre devemos perdoar os erros de pessoas possuídas? - perguntei tentando não cair da cadeira.

- Porque meu filho, há alguém assim em sua família? - perguntou o bom senhor.

- Não padre, o filho dos Park's, ele é mal, deve estar possuído, ele não fala com ninguém e sempre está sozinho, e ainda rouba as tortas e deixa todos acharem que fui eu. Padre, será que é possível retirar o demônio do Park se eu o botar para dormir? Eu vi um vídeo muito legal na locadora e o cara colocou o outro para dormir descendo de bicicleta em uma rampa e passando por cima do amigo, acho que consigo fazer isso. - disse, talvez assim ele deixasse realmente de ser um menino mal.

- Sem bicicletas, acho que Park não está possuído meu caro, acho que está com medo, por que não tenta ser o seu amigo? Assim pode ajudar ele a se livrar do mal caso há e talvez ele possa dizer que foi ele que pegou a torta. Fazer o bem para o outro para que o outro faça o bem para você. - Conversar com o padre foi libertador, eu entendi que poderia consertar aquela criança quebrada que parecia uma chinchila que engoliu outra chinchila, talvez assim Park Jimin se tornasse um bom garoto.

Bom, ele se tornou, após fazer a gente ser piada do colégio, de pararmos na diretoria três vezes e de ter matado a minha chinchila que ganhei de aniversário.

Entre Brindes E Corações - Jk+Jm= Jikook MPREGOnde histórias criam vida. Descubra agora