Entre Brindes E Corações - Jk+Jm= Jikook MPREG

💙Meu Mundo Azul💙

❤️Park Jimin❤️

Julho 2011

Tem meses que eu não dormia tanto, essa era a parte boa de uma anestesia geral, eles poderiam fazer o que quisessem que eu não iria nem sentir, bom, não sentiria na hora. Quando o efeito anestésico passou e eu finalmente me libertei do meu sono de belo adormecido, eu pude sentir as dores de volta, não chegava perto das dores das contrações, mas essas ainda eram desconfortáveis.

A primeira coisa que vi no quarto foi Jungkook, ele estava tão perto que eu conseguia sentir seu hálito, o mesmo tinha seus olhos fechados, estava totalmente apoiado em mim, eu sequer consegui notar antes o quanto ele deveria estar cansado e como ele assumiu uma responsabilidade que de fato não era sua, olhando ele ali tão perto eu conseguia me lembrar do que eu luto tanto para esconder, e que me dói só de pensar que agora definitivamente não terá mais um nós.

Jungkook tinha um jeito único, ele era doce e responsável, talvez o melhor homem que eu já havia conhecido, sua integridade era de se admirar e sua amizade sempre foi suficiente para mim, descobrir o que eu sentia por ele há meses atrás me ajudou a perceber cada vez mais coisas nele, e com isso me machucar cada vez mais, Jennie não estava mais na área, mas agora eu tinha o Azul, e eu não poderia ser egoísta e prendê-lo em minha prisão.

- Você acordou. - Estava perdido em meus pensamentos quando ouvi seu tom de voz baixo, ele se arrumou e coçou os olhos.

- Deve estar cansado, eu estou bem, não se preocupe comigo, volte a dormir. - Seguro sua mão passando tranquilidade para ele.

- Não, ainda está de tarde, estava esperando eles trazerem o Azul, a senhora Park quis ficar com ele e ver os procedimentos. - Apertou minha mão e retirou os cabelos da minha testa. - Como se sente? Está com dor? - perguntou.

- Me sinto bem, a anestesia passou, então eu sinto algumas dores onde foi cortado. Como ele é? - olho para ele.

- Lindo, como você, seus olhos, suas bochechas e bom, tão pequeno quanto você também. - Reviro os olhos e ele ri. - Muito cabelo, isso ele tem de sobra, aparentemente ele está bem, gritou feito homem. Agora você tem uma chinchila só para você. - Ele riu e então encostou sua cabeça na minha. - Estou orgulhoso do você Jimin, da sua força, fez um bom trabalho. - Ele estava quase deitado ao meu lado, nossas mãos estavam unidas.

- Eu tenho medo, sabe, medo de não ser bom para o Azul, não quero falhar em mais nada. - Respiro fundo sentindo minha sutura doer.

- Você sempre foi mais esperto e inteligente do que eu, para a pessoa que conseguia se safar de todas as encrencas isso será moleza, não há ninguém no mundo mais forte que você, além disso, nós estaremos juntos. - Olhou para mim. - Até no inferno. - Encaro seus olhos, em seguida meu olhar desce por sua boca, era tentador estar tão perto dele e não o beijar. Não sabia o quanto eu queria isso, mas eu não podia, não quando o conheço como a palma da minha mão.

A porta de abriu fazendo com que nos afastássemos e então eu olhei na porta do quarto o pequeno garotinho enrolado em uma manta que minha mãe fez, estava nos braços de uma enfermeira.

- Papai estou limpo e cheiroso para conhecer você. - disse a enfermeira levando ele até mim, de forma simples ela ajeitou meus braços e pôs meu pequeno. - Ele é um lindo menino, apesar de pequeno, tudo está normal, ainda abaixo do peso, mas nada que deve se preocupar, ele poderá pegar peso com o leite e caso na primeira semana não tenha atingido, o pediatra pode passar uma fórmula. Nasceu com 36,7 centímetros e 2,453kg. - Ela me atualizou.

Durante toda a minha gravidez eu tive dificuldades de criar uma conexão de pai e filho com o Azul, eu não conseguia conversar com ele através da barriga, eu não conseguia sentir o amor, a situação só me deixava cada vez pior, entretanto, olhar para ele em meus braços é completamente diferente, meu coração bateu em um ritmo diferente, e algumas lágrimas escorreram.

- Oi, meu pequeno azul, Esse será seu novo mundo agora, seremos apenas nós, suas tias, seus avós... - olho para Jungkook. - E o tio Kookie, não deixe ele te ensinar a como pentear o cabelo, ele ainda não aprendeu. - Sussurro, o garotinho estava dormindo tão calmo, o peito subindo e descendo, Jeon estava certo, eu tinha minha própria chinchila agora e essa pode tomar banho.

- Deixarei os papais a sós. - A enfermeira sorriu e saiu logo em seguida.

- Obrigada, obrigada por voltar, por ficar comigo na cirurgia e por estar aqui agora, cuidou dele quando eu não podia. - Lanço um olhar carinhoso para Jungkook.

- Eu não sei... sabe, será que eu posso ser o padrinho? A menos que tenha outra pessoa em mente, eu não me incomodaria com isso, para mim estaria tudo b... - Balanço a cabeça em negativo fazendo ele parar.

- Não tem ninguém melhor para esse papel, você ama meu filho, e eu amo você, ficarei muito feliz em ter você como o padrinho do Azul, além disso, você vai ser médico e ficar rico, logo meu filho vai se dar bem, ainda mais se ele for o único, será o herdeiro. - Brinco e é a vez dele de revirar os olhos para mim e segurar as mãos de Azul que estavam cobertas por luvas, eram tão grandes, as roupas pareciam querer engoli-lo.

- Aliais o nome dele será mesmo azul? Porque eu acho que... - parou, estava receoso em me dizer o que de fato ele achava.

- Não, ele é meu bebê azul e deixou todo o meu mundo azul, mas pensa comigo... Azul Park, ou pior, Park Azul, não será bom para a pré-escola, eu não quero ele sendo zoado como você, não tem como eu nascer novamente e protegê-lo como fiz contigo. - Brinco. - Meu pequeno azul se chamará Jungmin, é tão especial quanto.