As fases da vida são difíceis e imprevisíveis, nem sempre crescer é bom e nem todas as decisões que você toma é melhor para você.
Nesta história vamos acompanhar a vida de jimin e jungkook de uma forma diferente. Os dois tem uma amizade desde peque...
Ter Jungkook por perto de novo me fez esquecer como era ter ele longe, desde que azul veio para casa em meu colo, que meu amigo sequer me deixou sozinho um minuto, antigamente dormíamos juntos o tempo todo, fazíamos maratonas e comíamos besteiras, mas hoje em dia, estávamos dividindo a mesma cama porque ele se recusava a me deixar sozinho a noite.
Acordei como todos os dias e amamentei meu pequeno, depois da técnica de cólicas, ele não sofria mais, agora dormia muito bem, quase sempre. Sentado em minha cadeira de amamentação eu observava os detalhes do meu filho, a calmaria do quarto e como todo o caos que eu sentia antes dele nascer parecia ter sumido, durante minha gravidez eu sempre me questionava por que não senti o mesmo que era contado nos livros que li, a verdade é que é um acontecimento individual e para mim foi assim.
A noite estava linda, pelas frestas da cortina era possível ver a luz da lua bem na nossa direção, por ser uma cidade pequena e perto da praia tínhamos sempre a bela vista de um céu estrelado, mas nada em Cape May era mais bonito do que ver Jungkook dormir, nossa essa fala foi bem psicopata, Senhor. Quer dizer, eu não conseguia olhar para ele e não sentir meu coração esquentar, ele me arrancava os melhores sorrisos e sempre me mostrava o melhor de mim, seria difícil deixá-lo ir.
Mesmo tão grande e mais velho eu ainda conseguia ver o garotinho assustado que conheci, os olhos eram os mesmos, ele carregava a pureza, a doçura e o carinho no olhar, ele é a melhor pessoa que eu poderia conhecer e por isso, eu teria que colocá-lo em um táxi mais tarde e garantir que ele viva, que estude e se divirta, que cometa erros e se apaixone, Jungkook merece viver. O que eu sinto não faz diferença agora, azul é o meu futuro, meu presente e agora o azul é minha vida e por mais que eu saiba o quão disposto Jungkook está para azul ser a dele também eu sei que não vai ser possível, a vida dele está em Londres, não em Cape May.
Deitei-me em seu lado novamente o abraçando e sendo correspondido quase que imediatamente, eu odiava despedidas, é por isso que sempre fazíamos tudo juntos.
[...]
Acordei mais cedo e fui até a casa da senhora Jeon, com a chegada do azul nós não conseguimos comemorar os 19 anos dele, eu não consegui comprar um presente, mas eu não poderia deixá-lo ir sem garantir que ele não me esquecesse. Ela me passou a receita de sua torta, me deu todas as dicas e eu segui exatamente como ela me disse, não era tão bom de cozinha quanto eu gostaria, mas eu acreditava que quando você coloca seu amor nas coisas, tudo dá certo.
Eu havia acabado de colocar a torta no forno, preparei uma linda mesa de café da manhã, comprei tudo que ele gostava, havia pedido para Taehyung fazer um favor para mim antes de vim para cá, ele estava na faculdade também e passou parte das férias em um acampamento científico, ele passaria aqui em casa para conhecer o azul.
Tomei um banho e coloquei uma das minhas roupas que faziam meses que eu não usava, eu finalmente estava voltando ao normal. Eu estava lá embaixo quando ouvi o choro do azul, havia deixado a porta aberta para que eu conseguisse ouvir, quando ele acordasse.
Minha mãe havia ido para igreja e meu pai saiu cedo para o trabalho, era apenas nós em casa, eu olhei a torta e me certifique de desligar o fogo antes de subir as escadas.
- Nem precisa subir mais, nossa, aqui está com um cheiro muito bom. - Ele passou a mão no cabelo e desceu as escadas com azul no colo. - Ele não gosta de banho mesmo, cruzes, puxou ao pai. - brincou e eu revirei os olhos.
- Ele não acordou agora? - indaguei.
- Oh não, ele só resmungou quando acordou, aproveita para dar um último banho nele antes, mas acho que ele prefere você, o moleque me mijou todo, sabe, acho que ele estava mirando na minha cara. - Olhei para os dois e não consegui segurar a minha risada, isso era a cara do azul.
- Acho que ele está vingando sua mãe, não era ela que falava que você fazia isso o tempo todo? - vou para a sala e pego o bebê conforto do azul para que pudéssemos tomar café, coloco ele bem quietinho e deixo que Jungkook se sente.
- Bom... - coloco as luvas terminam e retiro a torta do forno. - Eu espero que não seja só o cheiro que esteja bom. - Coloco na mesa. - Não tivemos tempo nem energia para comemorar seu aniversário de 19 anos como merece, então antes de ir viver aventuras em Londres eu queria fazer algo para você, para agradecer por largar suas férias muito doidas e ficar com a gente. - Ele se levanta e abre os braços para me abraçar, eu não sou doido de negar os abraços de Jungkook.
- Eu vou sentir sua falta, não há ninguém como você em Londres. - Deixou um selar em minha cabeça.
- Acho bom que não tenha mesmo, você não pode esquecer de mim, me promete? - olho para ele. - Promete de dedinho que não vai me esquecer? - estico meu dedinho e ele segura sem pensar duas vezes.
- É impossível esquecer Park Jimin. - Deixa um selar em minha testa. - Agora eu quero só ver se você conseguiu acertar a receita da minha mãe. - Voltou a se sentar e então comemos juntos, como a família que sempre fomos e sempre vamos ser.
[...]
Taehyung chegou bem na hora, eu já estava preocupado com o fato de Jungkook ir sem levar meu presente consigo, mas assim que o táxi chegou o meu amigo chegou também.
- Eu demorei desculpa, mas está aqui. - Me entregou o embrulho, Jungkook estava um pouco mais afastado, sua família também estava ali, Senhora Jeon com azul no colo.
- Chegou bem na hora certa. Jun esse é meu amigo Taehyung e Taehyung esse é meu melhor amigo Jungkook. - Apresento os dois que apenas se cumprimentaram a distância. - Eu tenho mais uma coisinha para você. - Vou até ele.
- Mais surpresas? Nossa, acho que ganhei na loteria. - Riu ajeitando meu cabelo.
- Você me deixou algo para que eu possa lembrar de você, eu não pensei em algo tecnológico como você, mas queria que lembrasse da gente e que sempre terá um lugar para voltar, mas não tenha tanta pressa, vamos te esperar. - Entrego o embrulho para ele e abre com delicadeza.
- Quando tirou isso? - olhou para mim, seus olhos estavam brilhando.
- Minha mãe tirou, eu também não reparei muito, mas quero que leve com você. - Ele me abraça e com a foto em mãos. - Não me esqueça tá? Mande mensagens, ligue, envie fotos e cartas. - Não consegui resistir as lágrimas. - Aproveite cada momento e crie memórias, não fique se matando de estudar e se divirta um pouco, e por favor, não seja preso. - Ele coloca suas mãos em minhas bochechas com o rosto molhado de lágrimas.
- Não mude nunca ok. Você ainda será a melhor coisa que aconteceu comigo. - Me abraçou novamente, dessa vez mais forte. - Eu amo você Park chinchila.
- Eu também amo você coelho.
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