❤️Park Jimin❤️
Dezembro 2010
Durante a primeira semana em que decidi que seria pai, eu me permiti ficar de luto pela vida que terei que abdicar, eu não saia do quarto, muito mal levantava da cama para comer e tomar banho, eu não estava deprimido, eu só queria um tempo sem dramas adolescentes para tentar planejar alguma coisa e assim organizar a minha vida que se tornou um completo caos, era um saco lidar com isso sozinho mas tecnicamente eu não estava tão sozinho quando tinha perto de mim alguém que sabia exatamente o que eu estava passando.
Taehyung me esperou do lado de fora da sala como meu acompanhante, ele imaginou que eu precisaria de algum apoio agora que todas as minhas emoções estão uma bagunça, eu chorei durante duas horas deitado em seu colo em um banco de praça, depois tomamos sorvete e ele me deixou em casa, ele era a única pessoa que sabia disso, a única pessoa que eu mandava mensagem e me sentia tranquilo ao receber de volta.
Faltando duas semanas para o Natal eu consegui deixar que a ficha caísse, me sentia mais animado porque eu queria entender que um bebê não acabaria com a minha vida, eu tinha uma solução.
- Não fique triste, sua carta vai chegar. - Jungkook estava indo para a faculdade, ele estava indo para outro país, nunca havíamos ficado tão distantes um do outro, doía, eu queria estar entrando no mesmo táxi que ele para descobrirmos juntos um novo país, mas não agora, eu tinha que queimar as pontas soltas.
- Eu sei, eles seriam uns babacas por tentar me separar de você. - Sorrio e olho em seus olhos. - Não faça todas as loucuras em duas semanas, me espere, quero vivê-las com você. - Aperto suas bochechas. - Te vejo no Natal coelho. - Me despeço.
- Vou te esperar, voltarei para lhe buscar no Natal. - Riu e então passou seus braços ao meu redor, me apertando, eu conseguia ouvir o barulho de seus coração e me acalmava, Jungkook era dono dos melhores abraços, principalmente quando eu estava precisando. - Não fuja. - Riu e deixou um beijo em minha testa.
- Não irei a lugar algum. - Sussurrei e o vi entrar no táxi, as mãos do meu pai em meu ombro me alertaram que eu parecia muito pior do que eu queria demonstrar, e que eu precisava entrar, biscoitos e uma xícara de café poderiam me fazer sentir melhor.
- Eu sinto muito por você não ter sido aceito. - Meu pai me abraçou assim que se sentou ao meu lado no sofá, um dos meus portos seguros.
- Eu fui aceito pai, minha carta chegou a algumas semanas. - Olho para a xícara de café em minha mão.
- E por que não entrou naquele táxi? Não tem juntado tanto dinheiro para isso? - minha mãe se sentou do meu outro lado com sua xícara na mão, os dois me olhavam desacreditados.
- Porque eu... eu estou grávido, eu vou ser pai. - Um silêncio ensurdecedor tomou conta de toda a sala, eu vi meu pai se afastar e andar de um lado para o outro, estava pensando em como não explodir.
- Como isso foi acontecer? Sempre falamos para se proteger? Quem é o pai? - minha mãe por outro lado estava me enchendo de perguntas.
- Acho que você sabe como se fazem os bebês mãe, mas eu juro que me preveni, só não o suficiente pelo que parece. - Permaneço com a cabeça abaixada. - Não importa quem seja o pai, será apenas eu. - Quando decidi ficar com bebê eu senti que deveria comunicar o Yoongi sobre isso, ele ia ser pai, mas acho que nunca me senti tão rejeitado quando naquele dia nublado em que chamei ele para conversar, um dos motivos para me ajudar a ficar mais algum tempo na cama. Ele estava se mudando para Boston, iria para Harvard, e me acusou de ter engravidado para dar o golpe da barriga, logo eu.
- Jimin, o Jungkook sabe? Não ele não deve saber. - Meu pai, após dar mil passos, conseguiu se acalmar e se sentou em minha frente.
- Não, mas eu vou dar um jeito, eu posso ir para Londres pai, lá também tem crianças e babás e creches, posso estudar, trabalhar e pagar alguém para ficar com o bebê quando eu não puder, eu consigo mãe. - Olho para os dois rostos preocupados.
- Você está me dizendo que você vai morar em um apartamento baixa renda com o Jungkook cursando medicina, uma criança recém-nascida? E confiá-la na mão de estranhos? Jimin pense com a gente, não seria bom para nenhum de vocês dois, Jungkook não lhe deixaria desamparado, ele acabaria sendo outro pai para essa criança, e no fim os dois fracassariam. - Minha mãe falou, sincera e duramente aquelas palavras me atingiram com força, passei dias tentando achar uma solução para isso, mas acho que estava destinado a viver e morrer em Cape May.
- Não precisa ser assim, você pode tentar ano que vem, quando o bebê nascer você fica com a gente, podemos te ajudar no início e quando você se sentir pronto para enfrentar todo esse desafio você pode ir, o bebê estará maior e isso não será tão ruim quanto você parir em Londres. Deus deu o poder de gerar uma vida, vai lhe dar a força para os momentos em que precisar. - Me abraçou. - E estaremos aqui passando por isso juntos, como uma família. - Meu pai sempre foi muito mais calmo que minha mãe, era um pai coruja, eu era o primogênito, tinha alguma vantagem nisso.
Eu conseguia ver o nervosismo nos dois, mas não vi decepção, não tive o olhar de decepção de nenhum deles, o que me motivou a seguir o conselho do meu pai, eu não precisava ir agora, era jovem, só terminaria a faculdade um pouco depois do normal, mas não precisaria desistir. As inscrições são feitas a cada semestre, eu poderia tentar para o segundo semestre do próximo ano, já conseguiria cuidar de uma criança sozinho a essa altura.
Eu conseguiria ser um bom pai, um bom filho, irmão e principalmente conseguiria ser bom para mim.
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Entre Brindes E Corações - Jk+Jm= Jikook MPREG
FanfictionAs fases da vida são difíceis e imprevisíveis, nem sempre crescer é bom e nem todas as decisões que você toma é melhor para você. Nesta história vamos acompanhar a vida de jimin e jungkook de uma forma diferente. Os dois tem uma amizade desde peque...