As fases da vida são difíceis e imprevisíveis, nem sempre crescer é bom e nem todas as decisões que você toma é melhor para você.
Nesta história vamos acompanhar a vida de jimin e jungkook de uma forma diferente. Os dois tem uma amizade desde peque...
Como descrever o Azul? Ele era calmo como as ondas da praia de Cape May, fofo como uma chinchila, Jungkook estava certo nessa parte, às vezes eu não conseguia acreditar que ele era meu, que fez parte de mim, que morou no meu corpo sem pagar aluguel durante nove meses. Às vezes eu acordava de madrugada apenas para saber se ele estava respirando, era magico ver o peito dele subindo e descendo de forma lenta, era tão sensível.
Eu havia tido alta do hospital, não teria mais ajuda das enfermeiras, de fato é o início da minha jornada como pai solteiro, no fundo, eu estava começado a gostar da cor Azul, durante toda a minha vida eu achava que a cor Azul representava a tristeza, e que pessoas que tinham ela como a sua cor preferida eram tristes por dentro, eu gostava do vermelho, sempre preferi cores quentes, mas quando parei para analisar a cor azul, não é assim tão triste, ele só é tranquilo, constante e leve e mesmo que eu não estivesse acostumado à calmaria isso passaria a fazer parte da minha vida a partir de agora, e isso não é uma decisão possível de voltar.
Quando eu desci do carro do meu pai, eu vi todo o meu jardim repleto de pessoas, vizinhos que me viram crescer, tudo estava decorado com balões azuis e luminárias de Natal, eu não sabia o que pensar, eu sequer estava entendendo o que estava acontecendo.
- BEM-VINDO DE VOLTA. - As pessoas gritaram, mas não tão alto a ponto de acordar o Azul.
- Eles não faziam ideia de que você ia ter um bebê, parece que você conseguiu ser bem discreto, entretanto, Jungkook contou aos pais dele e bom, aqui está, prepararam um chá de bebê para você e Azul, com muita comida. - Sussurrou minha mãe ao meu lado, devido aos pontos eu não conseguia andar mais rápido do que passos de formiga, mas aos poucos eu consegui abraçar todos e agradecer.
- Venha querido, deve estar querendo se sentar, preparamos uma tenda para você e azul até o sol abaixar. - Azul estava no colo do meu pai, recebendo o carinho de todos da minha rua. - Eu preparei a minha famosa torta de frutas vermelhas. - disse a senhora Jeon.
- Hum, tem certeza de que o Jungkook não vai roubar dessa vez? - Brinco e me sento no local que prepararam para mim.
- Oh, não, dessa vez ele me ajudou, mas só com a condição de eu fazer uma para ele levar quando as aulas começarem. - Contou e eu não pude deixar de rir. - Por que não nos contou querido? Nós teríamos lhe ajudado com o que precisasse. - Acariciou minhas costas.
- Não queria que o Jun soubesse, acho que eu estava tentando esconder mais de mim do que de vocês. - Respondi e então meu pai veio me entregar meu pacotinho azul.
- Ele é tão pequeno, tão lindo. - Ela tocava em suas mãozinhas coberta pelas luvas. - Você fez bem em ficar com ele querido, sinto que ele vai trazer a felicidade e a esperança para sua vida. - Olhou para mim com todo o carinho do mundo. - Respeite o tempo que lhe foi dado a você, ainda consigo ver você com uma família linda e realizando todos os sonhos que um dia teve. - Deixou um selar em meus cabelos, se eu realizaria todos os sonhos que um dia eu tive, então eu vou realizar meu sonho de ser um dinossauro? Assim, eu tinha esse sonho quando era criança.
- Demorei mais cheguei. - Jungkook entrou em meu campo de visão, um sorriso largo mostrando todos os seus dentinhos e os braços abertos. - eu li em um site que quando alguém da a luz devemos dar um presente de parto, eu não sei bem para que, mas geralmente o marido é que faz isso, mas como você não tem e duvido muito que alguém vá conseguir convencer você a entrar em uma igreja de véu e grinalda, então eu decidi fazer isso pelo meu melhor amigo e presenteá-lo com algo que não faça nem ele, nem azul esquecer de mim quando eu voltar para Londres. - Ele se senta onde a senhora Jeon estava sentada, eu nem mesmo notei quando ela saiu, Jungkook chegou e tudo pareceu desaparecer.
- O que tem para mim? Um carro? Sei lá talvez um Rolex? Já sei, você finalmente vai cortar o cabelo e eu vou escolher tudo? Nossa isso seria muito legal. - Sorrio e ele bagunça meu cabelo.
- Não, são pulseiras da amizade, continuam em fase de teste e nós somos a cobaia, nessa bolinha branca tem um botão aperta se sentir saudade ou se precisar de um amigo, porque não importa onde eu esteja ou o que eu esteja fazendo ela vai piscar azul e eu vou saber que você está pensando em mim. - Ele colocou uma pulseira toda branca com apenas uma bolinha branca no meio e em seguida me mostrou como funcionava.
- Isso é incrível, parece tão tecnológico. - Olho para a pulseira em meu braço.
- Sim, um amigo meu estuda isso na faculdade estava trabalhando nisso, ele queria alguém para testar a distância, o funcionamento e tudo mais, eu acho que não tem ninguém mais adequado que nós dois. - Sorriu para mim.
A festa de boas-vindas foi incrível, eu comi tanto que achei que ia explodir, e simplesmente cai dentro da torta da senhora Jeon, entretanto, assim que a comemoração acabou eu subi para o meu quarto com azul em meus braços, fiz todo o processo para deixá-lo dormindo e não enrolei para dormir também. Após passar o dia todo ouvindo pais e mães me dando dicas sobre bebês eu decidi que não jogaria fora a chance de dormir quando o meu filho está dormindo, de todas as dicas que recebi essa foi a principal. O azul estava seguro no berço, bem agasalhado, eu tomei apenas um banho, refiz o curativo e fui dormir como se não houvesse amanhã.
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